A mitologia grega é, talvez, o conjunto de lendas mais completo e fascinante já produzido por um povo.

A influência dessas histórias pode ser vista até nos dias de hoje, lembrando que grande parte da cultura ocidental possui raízes greco-romanas, o que acaba sendo percebido até mesmo nos nomes das crianças.

Por exemplo, segundo pesquisas recentes, um grande número de recém-nascidos nos EUA está sendo nomeado em homenagem a deuses e heróis da Antiguidade.

Em razão de sua grande popularidade, as lendas gregas oferecem um material prolífico para quem busca um nome diferente para dar aos seus filhos.

11 nomes que indicam baseados na mitologia grega

Segundo um levantamento, existem algumas alternativas mais populares do que outras na hora de nomear meninos e meninas nos EUA.

Entre as opções mais usadas, podemos encontrar referências a poderosas divindades e figuras heroicas que marcaram a mitologia grega. Vejamos alguns:

1. Ártemis: a divindade da caça e protetora da natureza selvagem, sua versão romana era Diana.
2. Atena: a deusa da sabedoria, das artes e da guerra, conhecida por ter nascido da cabeça do próprio Zeus.
3. Circe: filha de Hélios, deus do sol, uma feiticeira especializada em poções e magias de transmutação.
4. Gaia: significando “terra” em grego antigo, é a titã primordial do planeta Terra, a personificação do nosso próprio mundo.
5. Hera: a rainha dos deuses olímpicos, deusa do casamento, da família, das mulheres e do parto, esposa fiel de Zeus.
6. Perséfone: deusa do submundo e da primavera, esposa de Hades o senhor que reina sobre os mortos.
7. Ájax: um grande guerreiro da Guerra de Tróia, filho do rei Télamon de Salamina e da rainha Péribea.
8. Apolo: o deus do Sol, da luz, da música, da poesia e da medicina.
9. Atlas: um titã poderoso que lutou contra Zeus durante a Titanomaquia, a guerra entre deuses e titãs. Ao perder foi forçado a carregar a abóbada celeste para a eternidade em seus ombros.
10. Leônidas: significa ‘homem leão’, e foi o nome do famoso rei espartano que enfrentou milhares de persas somente com 300 homens, um número questionado por muitos historiadores.
11. Zeus: o rei supremo das divindades gregas, filho da titã Rhea e do grande Chronos, conhecido também como um deus do tempo que governada o universo antes da rebelião do filho.

Mas engana-se quem pensa que o carinho pela mitologia grega se restringe apenas aos nomes das crianças.

A própria cultura pop atual constantemente se aproveita dos elementos presentes nessas tradições para criar filmes, séries, animações e jogos de videogame.

Um dos maiores exemplos deste tipo de produção é o seriado ‘Hércules’, um grande sucesso no final dos anos 90 e no começo dos anos 2000.

Na obra, o semideus filho de Zeus é interpretado pelo ator norte-americano Kevin Sorbo e vive diversas aventuras ao lado de seu amigo humano Iolaus.

O sucesso da produção foi tão grande que ele acabou gerando até mesmo um spin-off chamado ‘Xena, a Princesa Guerreira‘, cuja protagonista era interpretada pela atriz Lucy Lawless.

Inclusive, Hércules e Xena já fizeram algumas aparições juntos, em crossovers simplesmente épicos para a televisão daquela época.

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No final de 2022, o Disney+ confirmou que o talentoso Lin-Manuel Miranda assumirá o papel de Hermes, o deus mensageiro, na aguardada série ‘Percy Jackson e os Olimpianos’.

Com a estreia marcada para o dia 20 de dezembro, a produção promete transportar os espectadores para o fascinante universo da mitologia grega.

Mas quem é Hermes, afinal, esse deus que ganhará vida nas telinhas?

Lin-Manuel Miranda assume o papel de Hermes – Imagem: Instagram, Canva Pro/Reprodução

A origem de Hermes na mitologia grega

Hermes era uma figura central na mitologia grega, sendo venerado como o deus do comércio, da riqueza, da sorte, dos ladrões, da viagem e dos rebanhos, entre outros atributos.

Historicamente, Hermes era adorado pelos gregos antigos, havendo evidências de seu culto já entre os micênicos no período pré-homérico. Acredita-se que tenha surgido na região da Arcádia e sido absorvido pelos micênicos.

Como mensageiro do Monte Olimpo, Hermes desempenhava um papel crucial na comunicação entre os deuses e estava envolvido em diversos mitos, guiando até mesmo os mortos ao submundo.

A mitologia grega nos conta que Hermes era filho de Zeus e da ninfa Maia, tendo nascido no monte Cilene, na Grécia.

Desde suas primeiras horas de vida, demonstrou suas habilidades ao roubar o gado de seu irmão Apolo e ao criar a famosa lira com cascos de tartaruga.

Estátua de Hermes – Imagem: Canva Pro/Reprodução

Um dos mitos mais intrigantes envolve Hermes e sua intervenção na história de Io, a princesa de Argos que foi transformada em vaca por Zeus para enganar sua esposa Hera.

Hermes foi encarregado de matar Argos para libertar Io, usando sua astúcia para distrair o gigante com música antes de decapitá-lo.

Além de suas habilidades furtivas, Hermes teve uma vida amorosa movimentada, envolvendo-se com deidades como Afrodite, Dríope e Polímela.

Participou ativamente na Guerra de Troia, auxiliando os aqueus e desempenhou um papel fundamental na jornada de Odisseu narrada na ‘Odisseia’ de Homero.

Hermes era cultuado em toda a Grécia, com templos e santuários em sua homenagem, especialmente no Peloponeso e em cidades próximas da Arcádia, como Corinto e Argos.

Os romanos também o reverenciavam, chamando-o de Mercúrio.

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Arqueólogos recentemente fizeram uma descoberta surpreendente na Campânia, Itália, revelando uma tumba incrivelmente bem preservada com mais de 2 mil anos de idade.

Esta tumba, conhecida como a “Tumba de Cérbero“, é adornada com uma série de afrescos representando figuras e cenas da mitologia grega, incluindo uma pintura notável do guardião do submundo, Cérbero.

A descoberta da Tumba de Cérbero foi anunciada em 6 de outubro pela Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles.

Imagem: Soprintendenza Archeologia, Belle Arti e Paesaggio para a Área Metropolitana de Napoli/Reprodução

A tumba foi encontrada em terras agrícolas no município de Giugliano, como parte de um programa de obras conduzido pela empresa de abastecimento de água italiana Acqua Campania S.p.A.

O primeiro especialista a adentrar a tumba, após a remoção das telhas, foi o Superintendente de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem, Mariano Nuzzo. Ele descreveu a emoção de fazer parte de uma descoberta tão significativa como algo indescritível.

“O território de Giugliano, após anos de esquecimento, está finalmente revelando vestígios significativos de seu glorioso passado, a serem preservados e protegidos, graças a um esforço conjunto”, declarou o Superintendente.”

A origem do nome ‘Tumba de Cérbero’

A pintura do cão mitológico na tumba levou à denominação convencional do mausoléu como a “Tumba de Cérbero”, conforme indicado pela Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem.

Além da representação de Cérbero, a tumba também apresenta outras cenas da mitologia grega, incluindo Ictiocentauros, criaturas que combinam características de homens, peixes e cavalos, segurando um clípeo, que é um escudo antigo usado por guerreiros gregos e romanos.

Imagem: Soprintendenza Archeologia, Belle Arti e Paesaggio para a Área Metropolitana de Napoli/Reprodução

Acompanhando essas figuras, encontram-se dois erotes, que são os filhos alados de Afrodite, a deusa da beleza, e estão associados ao amor e às relações sexuais.

Dentro da tumba, encontra-se um leito funerário que abriga os restos mortais de um indivíduo, além de um rico acervo de objetos funerários. A câmara também contém um altar com vasos ritualísticos, revelando detalhes sobre os rituais funerários da época.

Cenas mitológicas nas paredes

O interior da tumba surpreende com suas paredes e teto adornados por afrescos que representam cenas mitológicas. A pintura mais destacada é a de Cérbero, o cão de três cabeças que protege o reino de Hades, o deus dos mortos.

Na pintura, Cérbero está entre um homem nu, provavelmente o herói Hércules, e Hermes, o deus mensageiro. A cena sugere o último dos doze trabalhos de Hércules, que era capturar o temido cão monstruoso.

Imagem: Soprintendenza Archeologia, Belle Arti e Paesaggio per l’Area Metropolitana di Napoli/Reprodução

Uma escavação preliminar na área revelou sepulturas com diferentes ritos, incluindo enterros e incinerações. Isso sugere que os arredores da tumba foram utilizados para fins funerários ao longo de pelo menos quatro séculos, desde a era republicana até a imperial romana.

As investigações e atividades de documentação continuam em andamento, com arqueólogos e historiadores ansiosos para explorar mais a fundo os segredos que esta tumba extraordinária pode revelar sobre a história e mitologia da região.

Imagem: Soprintendenza Archeologia, Belle Arti e Paesaggio per l’Area Metropolitana di Napoli/Reprodução

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A mitologia grega é um assunto abordado em muitos jogos, filmes e séries, principalmente quando se trata da influência sobre a cultura contemporânea.

Outra forma de conhecer mais sobre essa história é por meio dos livros. Por isso, destacamos cinco dos principais livros sobre mitologia grega a seguir, para você ler e deixar a deusa da sabedoria, Atenas, bem satisfeita!

Além disso, a depender do assunto no qual queira se aprofundar, cada livro tem um valor específico. Confira:

1. ‘O Livro de Ouro da Mitologia’ – R$ 29

Thomas Bulfinch escreveu esse exemplar voltado para o público mais adulto, porém sem deixar de usar uma linguagem mais simplificada. A publicação foi realizada pela editora HarperCollins, em 2017. O autor estadunidense fala sobre os heróis e deuses da antiga Grécia.

2. ‘Mitos Gregos’ – R$ 56

Esse é um livro de linguagem um pouco mais simples. Além de belas animações com um estilo moderno desenvolvidas por Pep Montesserrat, o autor apresenta os personagens de forma humanizada.

Erick Akimmel é um autor norte-americano e a editora do livro no Brasil é a WMF Martins Fontes. A sua comercialização acontece por meio do site da Amazon, no qual a sua classificação está com 4,8 estrelas.

3. ‘Mitologia: Contos Imortais de Deuses e Heróis’ – R$ 36

A historiadora Edith Hamilton aborda em seu livro as histórias romanas e nórdicas como elementos centrais da cultura ocidental. É uma produção que acolhe múltiplas idades, pois consegue associar acontecimentos históricos a uma leitura agradável.

4. ‘As 14 Pérolas da Mitologia Grega’ – R$ 29

O autor brasileiro Ilan Brenman apresenta a influência dos contos antigos e o impacto na sociedade atual com a escrita voltada para as crianças entre 8 e 11 anos. O livro foi publicado em 2014, pela editora Escarlate, e pode ser encontrado na Amazon.

5. ‘Origem da Mitologia’ – R$ 82

Enfim, esse livro tem um conteúdo mais aprofundado sobre os mitos gregos. Isso porque funciona como uma enciclopédia com setecentos personagens. Ele foi escrito pela professora e pesquisadora de histórias gregas da Universidade de Delaware, Annette Giesecke.

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Quando falamos em tecnologia de robôs e Inteligência Artificial (IA), logo, associamos ao futuro. Porém, algumas histórias antigas da Grécia comentavam sobre esse assunto. Ou seja, há cerca de 3 mil anos já existiam traços da Inteligência Artificial na mitologia grega.

Os mitos gregos já apontavam consequências de robôs à humanidade

Os mitos gregos de máquinas semelhantes a humanos podem nos ensinar sobre os riscos da criação de robôs e da inteligência artificial. Quem compartilha esse fato é o portal The Next Web!

De acordo com eles, os mitos estão no livro da historiadora Adrienne Mayor, chamado “Deuses e Robôs: Mitos, Máquinas e Sonhos Antigos de Tecnologia”. A autora afirma que essas histórias são “um testemunho da persistência em pensar e falar sobre o que é ser humano e o que significa simular a vida”.

O portal analisou três dos contos presentes no livro, confira a seguir:

Donzelas Douradas

Quem construiu esse “robô” foi Hefesto, Deus do fogo. A sua principal função era antecipar as necessidades de quem a criou. Essas Donzelas Douradas tinham a sua forma física parecida com mulheres e também possuíam consciência e comunicação através da fala.

A ideia de ferramentas que antecipam a necessidade do dono também era levantada por Aristóteles. Esses pensamentos se assemelham muito aos objetivos atuais para o desenvolvimento de tecnologias, reduzir o trabalho dos humanos usando robôs.

Talos

Também feito por Hefesto, esse gigante robô de bronze foi um presente para Minos, filho de Zeus. Minos, rei de Creta, utilizava o robô para proteger a ilha. Quando algum navio se aproximava, Talos arremessava pedras evitando que eles chegassem à costa.

Ele também podia queimar inimigos ao aquecer o corpo. Uma grande lição é reforçada nessa história, a tecnologia pode ser utilizada para manter o controle sobre alguma população por tiranos. O mesmo se espera do futuro para o uso da IA.

Pandora

Zeus ordenou a Hefesto que criasse Pandora após prometeu roubar o fogo dos deuses e entregar aos humanos para que eles pudessem usar tecnologia. Assim, a criação era uma forma de punição, um mal disfarçado de dádiva. Ela foi enviada à Terra e liberou todos os tipos de mal que permeiam a humanidade. A principal questão que essa história destaca é se a humanidade não está sofrendo um complexo de Deus.

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Recentemente, um esqueleto foi encontrado em um profundo subsolo da Grécia, mais especificamente na cidade de Kozani, região norte. No entanto, houve alguns elementos que surpreenderam os pesquisadores durante sua análise.

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De acordo com as informações divulgadas, o esqueleto trata-se do corpo de uma mulher, a qual foi morta a mais de 2.100 anos a.C, e ela esta sob uma “cama de sereia”, que foi esculpida em bronze.

No entanto, a característica mais intrigante, encontrada pelos pesquisadores, foram folhas de louro douradas, as quais provavelmente faziam parte de uma coroa de flores, conforme alegou Areti Chondrogianni-Metoki, diretor do Ephorate of Antiquities of Kozani.

Além das folhas, fios de ouro também foram encontrados junto ao esqueleto, em especial, na parte das mãos, incluindo quatro potes de barro. De acordo com as características encontradas, estima-se que a mulher provinha de uma família bastarda.

Os restos mortais estão sendo analisados em laboratório para tentar descobrir mais sobre as características da origem da mulher, além de descobrir sua idade e quais seriam as possíveis causas do seu óbito.

Tudo indica que o local, em que o corpo foi encontrado, pertencia a um santuário dedicado a Apolo e, conforme a mitologia grega afirma, as sereias eram vistas como seres demoníacos, os quais eram capazes de atrair qualquer um, no momento em que eram expostos aos seus cantos hipnotizadores.

Poder que levou muitos marinheiros a naufragarem durante seus percursos em alto mar, porém, não há nenhuma constatação evidente e científica de que os esqueletos pertencem a uma sereia, de fato. Porém, as narrativas do passado continuarão influenciando nas busca por respostas.

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