Muito se tem falado nos últimos meses sobre a Missão Artemis, que pretende novamente levar o ser humano para a Lua. No entanto, engana-se quem pensa que a Nasa está focada apenas na Lua, pois os objetivos da empresa são muito maiores.

Isso porque ela pretende levar a humanidade para pisar no solo marciano, e mais do que isso, para viver lá por um período. Mas, como já é de se esperar, para que seja possível sobreviver no planeta marciano por tanto tempo, são necessários diversos testes e simulações.

Em razão disso, na última terça-feita (11) a Nasa revelou imagens da mais nova simulação que está para entrar em operação. Essa simulação foi nomeada como “Mars Dune Alpha” e trata-se de uma instalação criada a partir de uma impressora 3D.

Essa casa contém quatro quartos e uma academia, além de um chão forrado com areia vermelha. Tudo isso faz parte do programa intitulado Crew Health and Performance Exploration Analog (Chapea).

Qual o objetivo do programa Chapea?

Toda essa instalação foi construída para que quatro pessoas pudessem experimentar como seria a vida em Marte. Para os cientistas envolvidos, essa espécie de BBB marciano servirá para que consigam dados sobre o desempenho de pessoas comuns em resolver problemas como a falta de água e a falha nos aparelhos.

Além disso, os cientistas logicamente precisam compreender como será a resistência psicológica dessas pessoas em um ambiente confinado e de estresse constante. Tudo isso serão métricas para que a Nasa saiba o que deverá ou não mandar para Marte em uma eventual missão.

Afinal, há um limite do que pode ser levado nos foguetes junto aos seus tripulantes. Quanto à casa, tem 160 metros quadrados e foi construída no Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas.

Dentre suas instalações, como citamos, ela tem quatro quartos para os voluntários da pesquisa e uma “academia”, que contém uma esteira que simula a gravidade de Marte. Há também uma fazenda vertical localizada dentro de uma estufa, o que permitirá aos voluntários cultivar alimentos.

Além de, por fim, uma estação meteorológica, a qual servirá como um simulador de questões atmosféricas marcianas. Até a publicação desta matéria, a identidade dos voluntários não foi divulgada pela Nasa.

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Há aproximadamente 54 anos, a humanidade deu o primeiro passo no solo lunar, com o astronauta Neil Armstrong. Desde 29 de julho de 1969, apesar de muitas descobertas sobre a Lua e outros mistérios do Universo, a humanidade nunca mais visitou pessoalmente o satélite natural.

No entanto, a Nasa, que foi a empresa espacial responsável pela primeira missão lunar, pretende mais uma vez realizar esse feito.

Programada para pousar na Lua em 2025, a missão Artemis 3 será a primeira a realizar esse feito desde a Apollo 11. Logicamente, se estamos falando da Artemis 3, significa que houve outras duas viagens. Essas outras duas viagens foram feitas como uma forma de “teste” para garantir o sucesso da Artemis 3.

Sendo assim, apenas a Artemis 2 será tripulada, enquanto a primeira serviu para atestar a segurança dos passageiros. Mas se o título dessa matéria é sobre a “armadura” de nossos heróis, então vamos falar sobre os trajes espaciais desenvolvidos especialmente para a missão.

AxEMU, o novo traje espacial da Artemis 3

É muito comum que a Nasa desenvolva seus próprios trajes espaciais, mas, por estar condicionando seus esforços para o sucesso da missão, uma empresa foi contratada para a confecção.

Sendo uma das poucas empresas privadas a confeccionar trajes espaciais para a Nasa, a Axiom ficou com a importante tarefa de proteger os astronautas que pisarão na Lua após mais de meio século.

Logicamente, a logística de proteção, de articulação e o aprimoramento das tecnologias do traje foram feitos pela empresa. No entanto, o design foi feito em colaboração com a figurinista Esther Marquis, responsável pelo figurino da série “For All Mankind” do Apple TV+.

Por sua vez, a série trata da exploração espacial, mais especificamente da colonização da Lua. Porém, nessa linha do tempo alternativa, não foi a Nasa que chegou à Lua primeiro, e sim a União Soviética, o que não pôs um fim à corrida espacial.

Portanto, vemos durante duas temporadas as tentativas da Nasa para aprimorar a sua tripulação e viagens espaciais.

Retornando aos trajes da Axiom, o novo modelo recebeu nome de Axiom Extravehicular Mobility Unit (AxEMU). Logo acima, é possível conferir o traje divulgado pela empresa, bem como um vídeo, que trazemos a seguir, mostrando-o e a sua confecção.

De acordo com a empresa, o traje incorpora muitos dos detalhes já utilizados nos trajes da Nasa. Contudo, utiliza o feedback dos astronautas para atualizar detalhes e tecnologias, tal como a limitação de mobilidade.

Conforme é possível ver, o primeiro pensamento que vem à mente é o fato de o traje ser preto. Contudo, essa coloração é apenas para a divulgação do produto, sua coloração real é branca.

Para quem não compreende o porquê da mudança, saiba que a cor branca reflete mais radiação (em outras palavras, calor), e a cor preta absorve muito mais.

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