No mundo movimentado de hoje, a cafeína tornou-se uma aliada comum para muitos, oferecendo um impulso energético instantâneo.

Entretanto, uma recente pesquisa têm lançado luz sobre um possível impacto negativo: seu efeito no aprendizado cerebral.

Enquanto a cafeína é amplamente consumida para aumentar a concentração e a energia, descobertas científicas indicam um relacionamento complexo entre o consumo de cafeína e a capacidade do cérebro de absorver e reter informações.

Estudo revela risco em consumir cafeína

Imagem: Engin Akyurt/Pixabay

Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa e Neuromodulação do Hospital Butler, nos Estados Unidos, trouxe à tona descobertas intrigantes sobre os efeitos do consumo excessivo de cafeína no cérebro humano.

Ao analisar 20 voluntários, divididos entre consumidores regulares de cafeína (com ingestão diária variando de uma a cinco doses) e aqueles que raramente consumiam estimulantes contendo cafeína, os pesquisadores observaram diferenças significativas na atividade cerebral relacionada à aprendizagem.

Durante o estudo, os participantes foram submetidos a uma técnica de estimulação magnética cerebral chamada EMTr, que simula a atividade cerebral associada à aprendizagem de novas informações.

O mapeamento das imagens cerebrais revelou que os indivíduos com consumo mais elevado de cafeína exibiam menor atividade na área do cérebro ligada à aprendizagem e à retenção de memórias.

A pesquisa desafia a crença popular de que a cafeína pode melhorar o foco e a atenção, sugerindo que o seu consumo em excesso pode prejudicar a capacidade do cérebro de processar e armazenar informações.

A hipótese dos pesquisadores é que a cafeína, ao bloquear a adenosina – uma substância que auxilia o reconhecimento do sono –, pode afetar um processo crucial chamado potenciação de longo prazo, que permite a comunicação entre células neuronais.

Embora o estudo enfatize a necessidade de pesquisas adicionais devido ao seu tamanho amostral limitado, destaca a importância de compreender os potenciais efeitos adversos do consumo excessivo de cafeína na cognição humana e na capacidade de aprendizagem do cérebro.

“Estes dados preliminares destacam a necessidade de testar diretamente os efeitos da cafeína em estudos prospectivos bem fundamentados, porque, em teoria, sugerem que o uso crónico de cafeína pode limitar a aprendizagem ou a plasticidade”, escreveram no artigo publicado.

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Você já teve a estranha sensação de já ter vivido determinado momento? Conhecido como déjà-vu, essa experiência é integrante, mas totalmente comum. No entanto, ela desperta a curiosidade de todos.

Muitas são as teorias que visam explicar esse fenômeno, desde lapsos na percepção até conexões com vidas passadas. No entanto, o verdadeira motivo permanece um enigma, apesar de os pesquisadores já terem uma boa noção dos motivos que nos levam a ter déjà-vu.

Foto: Canva PRO

Entenda melhor o déjà-vu

O termo déjà-vu foi determinado pelo filósofo francês Émile Boirac em 1876. Na época, ele explicava esse acontecimento como um “fenômeno psicológico no qual uma situação aparentemente nova parece estranhamente familiar”.

Para ele, o déjà-vu é quase como ver uma reprise da própria vida, mesmo que a pessoa não tenha, de fato, vivido aquele momento antes. Apesar de curioso, trata-se de algo bastante comum: estima-se que de 60% a 80% das pessoas já tenham tido esses flashes de momentos já vividos.

Muitas teorias tentam explicar o fenômeno

Para inúmeros especialistas, a sensação de déjà-vu acontece a partir dos centros de memória do nosso cérebro. No entanto, o motivo que leva a isso ainda é desconhecido. As teorias, no entanto, são muitas.

Para alguns, trata-se de algo espiritual, que tem um significado muito mais profundo do que imaginamos. Já para outros essa é uma forma de a nossa mente pregar peças em nós mesmos.

Uma teoria bastante conhecida é a do psicólogo Alan Brown. Para ele, nossa mente passa por uma espécie de processamento duplo.

Na ideia dele, o déjà-vu acontece quando dois processos cognitivos de nossa mente se dessincroniza por um tempo. Por exemplo: ver uma imagem e se lembrar dela ao mesmo tempo pode dar a sensação de já ter passado por aquele momento, mas nada mais é do que uma duplicação que a sua própria mente criou.

Existe ainda a teoria neurológica que aponta que o déjà-vu ocorre a partir de um breve problema no córtex temporal, que é a parte do nosso cérebro responsável por relembrar situações passadas.

Essa pequena pane faz com que a gente crie uma sensação de falsa memória, ou seja, lembramos de algo que simplesmente não aconteceu.

Outra teoria que faz sentido é a mnêmica. Nela, o déjà-vu acontece quando uma situação presente se sobressai a algo que aconteceu. Como nosso cérebro armazena apenas pedaços de informação e não ela completa, tudo se mistura e, como consequência, vem a sensação de algo pelo que já passou.

Por fim, há quem acredite que o déjà-vu nada mais é do que uma distração momentânea que acontece assim que nosso cérebro registra um evento ocorrido.

Ou seja, quando retomamos nossa atenção e esse acontecimento é processado, passamos por um processo de familiaridade com ele, que dá a sensação de já ter vivido aquilo antes.

Viu só? As teorias são muitas, mas, na prática, ainda não é possível concluir exatamente o que nos leva a ter déjà-vu. Qual é o seu palpite?

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