Em um cenário marcado por mudanças climáticas mais evidentes, especialistas identificaram uma região com cerca de 6 mil km² no centro-norte da Bahia que pode se tornar um deserto.

A necessidade de ações efetivas para conter tais transformações e proteger nossos recursos naturais torna-se evidente, diante do risco iminente de essa região se tornar um deserto.

1ª região árida encontrada no Brasil

Cidade de Macururé se destaca com o aumento da aridez – Imagem: Prefeitura de Macururé/Reprodução

Uma análise do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que a área, em cidades como Abaré, Chorrochó, Juazeiro, Macururé e Rodelas, enfrenta um desequilíbrio crônico entre oferta e demanda de água, caracterizando-se por uma aridez persistente.

O estudo explica que a seca é um fenômeno gradual que acumula impactos ao longo de um extenso período, persistindo por anos, mesmo após o fim de uma estiagem prolongada devido à deficiência de chuva.

Especialistas consultados alertam para as consequências alarmantes dessa expansão, colocando em risco não apenas a disponibilidade hídrica, mas também as atividades agrícolas e pecuárias no país.

Principais conclusões do estudo

Mapa do Brasil exibe a Região Árida – Imagem: G1/Reprodução

Aridez generalizada

A alta aridez é uma realidade que abrange todo o país, exceto o Sul, sendo impulsionada pelo aquecimento global e o consequente aumento da evaporação.

Esse fenômeno se manifesta como uma ameaça real, secando o clima em diversas partes do Brasil.

Expansão acentuada do semiárido

No caso específico do semiárido, tais regiões estão se expandindo de forma acentuada, com uma taxa média superior a 75 mil km².

O contínuo avanço desse cenário impõe desafios significativos para a sustentabilidade ambiental e as atividades econômicas em áreas impactadas.

A descoberta inédita levanta preocupações sobre o potencial aceleramento de processos de desertificação em décadas futuras, não apenas nessa região, mas também em outras partes do país, como o Centro-Oeste.

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A indústria cervejeira, conhecida por sua significativa pegada ambiental, inventa algo que jamais imaginou antes: cerveja em pó.

A empresa alemã Klosterbrauerei Neuzelle desenvolveu a primeira cerveja em pó do mundo como alternativa para reduzir impactos ambientais associados à produção e distribuição de cerveja, uma vez que até 90% de sua composição é água.

A inovação, financiada pela BMW e pelo Ministério Federal de Assuntos Econômicos da Alemanha, promete economizar custos, recursos e reduzir as emissões de CO2 na indústria.

A cerveja mais seca do mundo

Chamada de “cerveja mais seca” pela Klosterbrauerei Neuzelle, o produto é o resultado de dois anos de pesquisa dedicada à criação de uma alternativa sustentável para a indústria cervejeira.

A novidade, que contém álcool e é gaseificada, representa um avanço significativo no desenvolvimento de bebidas em pó.

A empresa acredita que tal inovação pode revolucionar a forma como a cerveja é produzida, entregue e consumida em todo o mundo.

Empresa apresenta a primeira cerveja completa em pó do mundo – Imagem: Klosterbrauerei Neuzelle/Reprodução

O preparo da cerveja em pó consiste em misturar o pó com água, mexer e a cerveja está pronta.

Essa forma de produção reduz significativamente os custos de entrega e envio, uma vez que os pacotes representam apenas cerca de 10% do conteúdo de uma garrafa convencional.

A Klosterbrauerei Neuzelle destaca que, na Alemanha, a inovação pode poupar entre 3% e 5% das emissões de CO2.

Globalmente, isso representa uma redução significativa nas emissões de CO2 associadas à produção e transporte de cerveja.

Desafios e futuro da cerveja em pó

Apesar dos benefícios ambientais, o produto não é uma solução universal. A importação de garrafas de vidro e a produção de cerveja em pó não seriam viáveis em todos os casos, especialmente em mercados locais, onde as cervejarias pequenas e médias continuariam a produzir de maneira convencional.

A iniciativa destaca a necessidade de repensar a produção de cerveja à luz da sustentabilidade e do impacto ambiental, enquanto explora novas tecnologias de embalagem para reduzir as emissões.

A cerveja em pó, ainda em fase de testes, aponta para uma possível transformação na forma como apreciamos e consumimos uma das bebidas mais antigas e populares do mundo.

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Às vezes, viraliza na internet algum trecho ou episódio da famosa série de comédia ‘Os Simpsons’, isso por que muitos acreditam que a série tem o “poder” de prever o futuro, como já foi mostrado algumas vezes.

Apesar de parecer uma grande brincadeira, a animação conseguiu acertar alguns eventos que aconteceram na realidade, por exemplo, a infeliz derrota do Brasil para a Alemanha na Copa de 2014 ou até a roupa que a cantora Lady Gaga utilizaria em uma edição do SuperBowl.

Tudo isso pode parecer bem bizarro, mas os fatos não param por aí. Outra obra audiovisual também conseguiu prever de forma impressionante eventos com a humanidade, assim como ‘Os Simpsons’.

Estamos falando da famosa animação ‘Wall-E’. Lançado em 2008, o filme foi dirigido por Andrew Stanton e produzido pela Pixar (Disney).

A obra logo fez bastante sucesso, e hoje pode ser assistida a qualquer momento na plataforma de streaming da Disney+.

Segundo um artigo da Bloomberg, ao examinarmos minuciosamente a sociedade imaginada por Andrew Stanton em 2008, é fascinante e até um pouco assustador perceber a precisão com que tudo foi feito.

Confira abaixo algumas das “previsões” efetuadas pela animação.

‘Wall-E’ previu nossos erros?

As mensagens do filme sobre sustentabilidade e impacto humano no planeta são mais relevantes do que nunca – Foto: Reprodução/Disney+

Inicialmente, é importante recordar que a principal função de Wall-E era compactar o lixo em cubos, que eram posteriormente usados para criar enormes construções.

Nos dias de hoje, as coisas não estão muito diferentes, o planeta encontra-se saturado de resíduos, e os países que recebem lixo de outras nações estão à beira do colapso.

Apenas nos Estados Unidos, cada cidadão produz 735 quilos de resíduos por ano. Se extrapolássemos esse número para toda a população mundial, poderíamos ser denominados como o planeta do lixo.

Em ‘Wall-E’, os humanos, os principais produtores de lixo, aparecem completamente hipnotizados por telas de dispositivos que utilizam para realizar todas as suas interações sociais.

Em entrevista à Bloomberg, Andrew Stanton afirmou que “não gostaria de ter acertado tantas coisas neste filme”.

O diretor contou que foi inspirado por ninguém menos que Steve Jobs, que se tornou CEO da Pixar.

Stanton teve a oportunidade de ver o iPhone um ano antes de seu lançamento, uma experiência que o marcou profundamente.

No filme, a Terra está em ruínas devido a mudanças climáticas que a tornaram inabitável. Os humanos se tornaram turistas espaciais, deslocando-se em veículos autônomos, um conceito que agora é uma realidade.

Também é alarmante a epidemia de obesidade entre esses humanos, que se alimentam principalmente de shakes e não praticam nenhuma atividade física.

Todas as ações são planejadas para manter as pessoas entretidas, com telas bloqueando sua visão, enquanto consomem produtos da Buy’N’Large, a empresa que domina tudo.

Hoje, o planeta enfrenta as consequências da crise climática, os celulares consomem horas e horas do nosso dia a dia, e os shakes substituem refeições.

O enredo do filme começa quando ‘Wall-E’ descobre uma planta e busca um ambiente saudável para ela. Na vida real, o desmatamento é uma preocupação crescente.

‘Wall-E’ viaja em uma nave espacial chamada Axiom. A SpaceX, a empresa de Elon Musk, realizou a primeira missão espacial com turistas a bordo da ‘Axiom Mission 1’.

De Elon Musk, o foco passa para Jeff Bezos, já que a empresa que domina tudo no filme, a Buy’N’Large, foi inspirada na Amazon.

Contudo, é importante notar que, em 2008, quando ‘Wall-E’ foi lançado, a Amazon não era a gigante que é hoje.

Em tal contexto, a Buy’N’Large é proprietária da espaçonave Axiom, da mesma forma que Jeff Bezos é dono da Blue Origin, empresa que, assim como a SpaceX, oferece viagens para turistas espaciais.

O que muitos consideraram uma obra-prima infantil da Pixar revelou-se, na verdade, um roteiro para um apocalipse causado pelos humanos.

No entanto, ainda há tempo para corrigir (em parte) as coisas, mesmo que não possamos contar com a ajuda de ‘Wall-E’. Ou será que podemos?

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Você alguma vez na vida já viu neve vermelha? Eu sei que a pergunta parece estranha, mas ela realmente existe em alguns lugares do mundo e é conhecida como “neve de melancia”.

Tal expressão descreve um fenômeno em que a neve no solo adquire tonalidades vermelhas e rosadas.

O evento, também chamado de “sangue glacial”, é causado pelo florescimento de algas cor-de-rosa denominadas Chlamydomonas nivalis.

Além da clorofila, essa alga possui um pigmento carotenoide vermelho. Diferentemente da maioria das algas de água doce, a Chlamydomonas nivalis é clorofílica, ou seja, prospera em ambientes frios, desenvolvendo-se em águas geladas.

Crescente ameaça aos glaciares

O fenômeno da “neve melancia” e seus efeitos na redução das geleiras são observados globalmente.

O Capitão John Ross foi o primeiro a descrevê-lo no Ártico em 1818, durante a liderança de quatro navios ingleses enviados para a primeira expedição à Passagem do Noroeste no Círculo Polar Ártico.

Neve cor-de-rosa em alta altitude na Passagem de Montanha do Parque Nacional das North Cascades, Washington, EUA – Foto: Reprodução/Tempo.com

Mais recentemente, segundo um estudo, foi constatado que o evento se estende por 5% da área total das geleiras no noroeste da América do Norte.

Essa parte abrange as montanhas da Colúmbia Britânica, Idaho, estado de Washington, Alberta, Alasca e Montana.

Descobriu-se que, em alguns glaciares individuais, até 65% de sua superfície estava coberta por algas cor-de-rosa durante uma única estação.

Os pesquisadores estimam que esse fenômeno tenha causado um derretimento equivalente a uma média de 3 centímetros de água na superfície do glaciar.

Segundo Lynne Quarmby, professora de biologia molecular e bioquímica da Universidade Simon Fraser, o gelo derrete ao absorver cores escuras.

Quando a geleira fica cor-de-rosa, torna-se mais suscetível ao derretimento, pois as algas coloridas absorvem a luz solar em vez de refleti-la, aquecendo o gelo ao redor.

As algas estudadas crescem na neve que cobre lagos, rochas e glaciares congelados. Como suas células necessitam de água líquida para crescer, o rápido derretimento estimula um maior crescimento, escurecimento e absorção da energia solar.

Utilizando milhares de imagens de satélite captadas entre 2019 e 2022, os pesquisadores descobriram esse acontecimento.

Dos 8.700 glaciares examinados neste estudo, 4.552 apresentaram a presença de algas Chlamydomonas nivalis.

Comparado aos impactos das mudanças climáticas e do aquecimento global, o efeito das algas sobre as geleiras e a camada de neve é considerado ligeiro.

Os glaciares estão derretendo rapidamente devido às mudanças climáticas, o que leva ao desaparecimento total das algas.

A “neve de melancia” não se limita apenas ao Ártico, ela também pode ser encontrada na Nova Zelândia, nos Alpes, no Monte Olimpo e na Antártida.

À medida que os glaciares diminuem, o efeito de fusão das algas da “neve de melancia” remanescente pode causar ainda mais danos à neve e ao gelo.

De acordo com o ecologista Scott Hotaling, da Universidade do Estado de Utah, conforme a camada de neve diminui, a proliferação de algas se torna mais concentrada e restrita.

Confira abaixo um vídeo sobre a “neve de melancia”.

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A inteligência artificial, embora proporcione avanços notáveis, também deixa sua marca negativa no meio ambiente, particularmente em relação ao consumo de água.

Empresas líderes no setor, ao revelarem aumentos alarmantes no uso de recursos hídricos em suas operações, acendem um alerta para a agravante crise hídrica mundial.

Recentemente, um estudo conduzido por Shaolei Ren, pesquisador da Universidade da Califórnia, em Riverside, trouxe à tona dados alarmantes sobre o consumo de água na execução de modelos de inteligência artificial generativa.

De acordo com a pesquisa, o ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, consome, em média, meio litro de água a cada 10 a 50 solicitações.

Diante dos milhões de usuários mensais dessa ferramenta, a pegada hídrica emerge como um desafio significativo para o uso responsável da água em um futuro próximo.

Ainda que a OpenAI não tenha comentado sobre os resultados, a questão permanece como uma preocupação central.

Quais são os vilões dessa problemática?

Imagem: Shutterstock/EngEng

No centro dessa problemática estão os data centers, notórios por demandarem grandes volumes de água para manter seus servidores operacionais.

A Microsoft, em seu último relatório de sustentabilidade ambiental, revelou um aumento de mais de um terço em seu consumo de água, ultrapassando 1,7 bilhão de galões em 2022.

O Google, por sua vez, consumiu 5,6 bilhões de galões, representando um aumento de 21% em relação ao ano anterior. Ambas as empresas asseguram estar comprometidas com a redução de sua pegada hídrica até o final da década.

Somya Joshi, chefe da divisão de agendas globais, clima e sistemas do Instituto Ambiental de Estocolmo, destaca o paradoxo envolvendo a eficiência da tecnologia e o aumento exponencial no uso de água.

O resfriamento necessário para servidores pesados e modelos de linguagem amplia a demanda hídrica, criando um desafio adicional.

A Microsoft, consciente dessa problemática, investe em pesquisas para medir o impacto ambiental da inteligência artificial, buscando tornar seu sistema mais eficiente.

A empresa enfatiza que a inteligência artificial pode ser uma ferramenta poderosa para avançar em soluções sustentáveis.

À medida que a Meta planeja hoje construir um data center com um consumo projetado de 665 milhões de litros de água por ano, por exemplo, surge a necessidade urgente de repensar e reformular a relação entre inteligência artificial e recursos hídricos.

O desafio reside em equilibrar os benefícios da IA com a responsabilidade ambiental, incentivando inovações que minimizem o impacto no consumo de água e, dessa forma, contribuam para um futuro mais sustentável.

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Você já imaginou um mundo sem papel higiênico? Pois é, a revolução da higiene pessoal está à espreita, e o nosso fiel companheiro do banheiro, o papel higiênico, está agora com seus dias contados.

Mas, calma! Algumas alternativas inovadoras e eco-friendly estão prestes a mudar a forma como cuidamos da nossa higiene diária. Adeus, papel macio e perfumado, olá a um mundo totalmente novo.

Imagem: Canva Pro/Reprodução

Quando bate a emergência fisiológica, não tem jeito, precisamos do papel higiênico. Então, o que faremos sem ele?

Algumas alternativas, as quais veremos a seguir, estão surgindo no mercado e podem não ser surpreendentes para algumas pessoas.

Ainda assim, vale a pensa destacar três delas a fim de garantir que você esteja sempre prevenido(a).

Quais são as alternativas ao papel higiênico?

1. Bidê, o famoso ‘chuveirinho’

A princípio, pode parecer peculiar, mas o bidê, um dispositivo que utiliza água para a higiene pessoal, e o chuveiro manual, amplamente encontrado em muitos banheiros, se apresentam como soluções eficazes.

Isso porque, em casos em que não há papel higiênico disponível, ambos proporcionam meios eficazes para manter a limpeza pessoal.

2. Tecidos laváveis

Antes da introdução do papel higiênico, era comum o uso de tecidos reutilizáveis para a higiene pessoal.

Além de serem uma alternativa mais amigável ao meio ambiente, esses tecidos são convenientes para transportar em bolsas, assegurando uma solução de reserva sempre à disposição.

3. Esponjas de material biodegradável

Por fim, é possível recorrer a esponjas suaves e ecologicamente corretas em situações de urgência, apresentando-se como alternativas viáveis ao papel higiênico para a manutenção da higiene pessoal.

Benefícios da mudança

Apesar de diferente, as alternativas ao papel higiênico pode ser benéfica para nossa saúde. Conforme sugerido por profissionais de saúde, a lavagem das áreas íntimas após o uso do banheiro é tida como uma prática mais higiênica do que o uso de papel higiênico.

O papel higiênico ao longo dos anos…

O papel higiênico tem uma história fascinante de evolução ao longo do tempo. Inicialmente, as pessoas usavam materiais como folhas, tecidos e até mesmo água para higiene pessoal.

Em meados do século XIX, o papel higiênico começou a ser produzido em rolos, mas era áspero e pouco eficaz.

No entanto, ao longo do século XX, o papel higiênico passou por melhorias significativas, tornando-se mais suave, absorvente e confortável de usar.

Atualmente, o mercado oferece uma variedade de opções, incluindo versões eco-friendly e tecnologicamente avançadas, representando a constante modernização desse produto essencial de higiene.

Agora resta saber se toda essa história será, de fato, finalizada e o papel higiênico, item essencial, sumirá do mundo ou se essa é só mais uma história de pescador.

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Um feito surpreendente na área da herpetologia, o estudo de anfíbios e répteis, está causando agitação no mundo científico e entre os entusiastas da vida selvagem na América do Sul.

Cientistas fizeram uma descoberta extraordinária ao encontrarem uma cobra que emite vocalizações, algo que até então era considerado inédito na região. Vamos observar os detalhes dessa notável descoberta, que está transformando nossa compreensão das serpentes sul-americanas.

A equipe de pesquisadores bolsistas dos Programas de Pós-Graduação em Ecologia, Genética, Conservação e Biologia Evolutiva do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) estava em uma trilha noturna na região do município de Presidente Figueiredo, no Amazonas, em 2021.

Seu objetivo era registrar os hábitos noturnos de uma serpente conhecida como papa-lesma, da espécie Dipsas catesbyi, também chamada jararaquinha-dormideira. Essas serpentes são pequenas e inofensivas, geralmente encontradas em hortas, com um comprimento médio de até 40 cm.

Uma descoberta científica surpreendente

Enquanto manuseavam a serpente, algo extraordinário aconteceu. Ela emitiu uma vocalização que se assemelhava a um pequeno grito. Inicialmente, os pesquisadores pensaram que o som vinha de outro animal nas proximidades.

No entanto, ao revisar o registro em vídeo, ficou claro que a serpente era a responsável pela vocalização. Esse evento extraordinário tornou-se a primeira evidência documentada de uma serpente sul-americana emitindo vocalizações, revolucionando o mundo da herpetologia na região.

Até então, as cobras sul-americanas eram conhecidas por produzir apenas sibilos, usados como mecanismo de defesa.

Essa descoberta, porém, desafia essa compreensão tradicional. Igor Yuri, fundador do Projeto Suaçuboia e um dos cientistas envolvidos na pesquisa, expressou seu espanto com a descoberta.

“Descobrir que uma cobra vocaliza é virar a herpetologia [estudo de anfíbios e répteis] na América do Sul de cabeça pra baixo!”, explicou Igor Yuri. “A melhor parte é ver as pessoas achando fofo uma cobra, com todos os seus estigmas sociais, sendo bonitinha. Acho que, além do valor científico gigante dessa descoberta, o retorno por meio da educação ambiental é maravilhoso”, salientou.

Ele também enfatizou a importância do valor científico da descoberta e seu potencial para promover a conscientização ambiental.

Além de seu impacto científico, a descoberta da cobra que emite vocalizações está gerando entusiasmo na esfera da educação ambiental.

Celeste, é você?

A notícia de uma serpente “fofinha”, que supera os estigmas sociais associados a esses répteis, está cativando o público. Isso demonstra o poder da ciência em quebrar estereótipos e promover a compreensão e o respeito pela vida selvagem.

A descoberta também destaca a necessidade de educação ambiental contínua e do respeito aos órgãos competentes para lidar com animais silvestres.

A cobra que emite vocalizações na América do Sul é uma prova de como a natureza ainda consegue nos surpreender.

Como sempre, a conservação da vida selvagem e o respeito pelas espécies devem permanecer no centro de nossas preocupações, enquanto continuamos a conhecer e aprender com o incrível mundo natural que nos cerca.

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À medida em que as alterações climáticas se intensificam e ameaçam o equilíbrio do nosso planeta, cientistas de todo o mundo estão em alerta. Um recente estudo, liderado pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, atualizou os nove limites planetários.

Eles são uma forma de escala para o controle global do meio ambiente que, atualmente, está marcando seis desses limites na zona vermelha. Esta pesquisa, que monitora a capacidade da Terra de sustentar a vida humana, discorre sobre a urgência de ações objetivas para evitar uma crise global.

Vários limites planetários já foram ultrapassados

Imagem: ColinCramm/Shutterstock/Reprodução

De acordo com o estudo, a Terra está sob pressão insustentável em seis dos nove limites planetários. Entre esses problemas estão as alterações climáticas, o desflorestamento, a perda de biodiversidade e o esgotamento da água doce.

Duas outras complicações que vêm surgindo são a acidificação dos oceanos e a concentração de partículas poluentes na atmosfera. Estas estão à beira do limite e gerando preocupação aos cientistas.

Um dos pontos cruciais destacados no estudo é o conceito de Apropriação Humana da Produção Primária Líquida (HANPP), que mede o impacto humano na biodiversidade.

A redução da HANPP está ligada ao aumento da concentração de CO2, uma consequência da utilização de biomassa vegetal para a produção de alimentos, forragem e outros fins.

Fonte: Richardson et al./Reprodução

Um dos possíveis caminhos a seguir

O modelo de limites planetários segue o exemplo das metas condicionais no Acordo de Paris, que define um limite de aquecimento global em 1,5ºC.

Johan Rockström, um dos criadores do conceito, aponta que a ciência dos limites planetários deve se transformar em um guia para ação, principalmente para as indústrias, que são as grandes poluentes e responsáveis por exceder todos os limites.

O uso massivo de água para resfriamento de data centers, destruição de biomas ocasionada por queimadas e outras práticas predatórias e até mesmo a tão falada emissão de CO2 na atmosfera, todas são práticas que a indústria insiste em manter para aumentar seus lucros.

Por isso, os esforços que precisam ser tomados a partir do conhecimento dos limites da Terra precisam ser gerais e não apenas para proteger nosso planeta, como também para recuperar e reconstruir o ambiente.

A boa notícia é que, segundo o estudo, todos os limites críticos podem ser recuperados para o espaço operacional seguro.

A professora da Universidade de Copenhague, Katherine Richardson, aponta que a solução é simples: limitar em grande escala os resíduos lançados em ambientes abertos e regular a retirada de matérias-primas vivas e não vivas.

Vamos tomar as medidas necessárias?

A Terra enfrenta desafios sem precedentes que ameaçam a vida humana e a biodiversidade. O estudo sobre os limites planetários destaca a urgência de ações concretas para evitar uma catástrofe global.

Ao considerar esses limites e adotar medidas que promovam o cuidado com nosso mundo, podemos almejar um futuro sustentável e duradouro para todos os habitantes do nosso planeta.

A ciência nos fornece um guia, mas a ação de todos será o que definirá o destino do nosso planeta e nosso lar. O momento de cuidar da Terra é sempre o presente, para não haver mais crises como estas no futuro. Então, vamos agir?

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Arnold Schwarzenegger, o icônico ator e ex-governador da Califórnia, tem se mostrado um forte defensor do meio ambiente. Durante seu mandato como governador, ele implementou diversas medidas para proteger o planeta, incluindo a criação da agência California Air Resources Board (CARB), que regulamentou a poluição do ar no estado e contribuiu para a redução dos níveis de poluição.

Além disso, Schwarzenegger investiu pesadamente em energia renovável, com programas como o California Solar Initiative, que subsidiava a instalação de painéis solares em residências e empresas.

Sua dedicação ao combate às mudanças climáticas culminou com a assinatura da lei California Global Warming Solutions Act, que estabeleceu metas ambiciosas para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.

Após deixar o cargo de governador, Arnold continuou seu ativismo ambiental por meio da Fundação Schwarzenegger para o Clima, uma organização sem fins lucrativos voltada para o enfrentamento da mudança climática.

Manifesto de resistência à indústria do petróleo

Neste ano de 2023, o renomado herói de ação está intensificando seus esforços para combater a Emergência Climática. Sua abordagem é audaciosa: instaurar uma série de processos legais contra as principais empresas de petróleo, inclusive a nossa Petrobras.

Foto: Shutterstock/Reprodução

Essa iniciativa surge no contexto da onda de calor que afetou o Hemisfério Norte em julho de 2023, intensificando ainda mais as discussões sobre o aquecimento global.

Schwarzenegger argumenta que as indústrias petrolíferas devem ser consideradas responsáveis por suas contribuições para as mudanças climáticas e pelos impactos devastadores que essas transformações têm gerado em escala global.

O plano do ator não é menos polêmico do que sua carreira no cinema. Ele sugere que os automóveis deveriam vir com avisos de saúde, assim como os maços de cigarro, alertando sobre os riscos e danos causados pelo uso intensivo de combustíveis fósseis.

Diante disso, muitos podem questionar a viabilidade e eficácia dessa estratégia, mas a verdade é que a onda de calor e os eventos climáticos extremos têm levado a um aumento de processos contra a indústria de petróleo em diversas partes do mundo.

Assim, enquanto a discussão sobre a responsabilidade dessas empresas no aquecimento global e suas consequências está ganhando cada vez mais força, alguns podem considerar a proposta de Schwarzenegger como algo ousado e talvez até utópico. No entanto, o fato é que ela traz à tona um debate importante sobre a necessidade de se enfrentar as questões climáticas de forma urgente e abrangente.

Resta-nos agora saber se esse plano será efetivo em alcançar suas metas ou se será apenas mais um capítulo na história do ativismo de Schwarzenegger. Independentemente disso, a ação do ator serve como um lembrete de que a luta contra as mudanças climáticas é uma tarefa de todos e exige ações corajosas e determinadas para proteger o planeta.

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A natureza do planeta Terra é extremamente diversa e periodicamente apresenta diferentes espécies além das já catalogadas pelos pesquisadores e cientistas.

Recentemente, foi localizado um animal bem peculiar nos Estados Unidos, em Los Angeles. Uma característica específica dessa criatura chamou atenção dos estudiosos por ser um pouco assustadora. Confira detalhes sobre o animal com mais de 450 patas.

Descoberta na biodiversidade

O fato foi documentado na região de Los Angeles, Califórnia, após a divulgação realizada através de um artigo científico publicado na revista ZooKeys. Os pesquisadores identificaram o animal com mais de 450 patas e detalharam as principais características da espécie e suas imagens.

Embora a presença de tantas pernas possa parecer algo assustador, na realidade, o animal é conhecido como “Piolho-de-cobra”, sendo muito comum no Brasil, inclusive. Eles pertencem à espécie classificada como milípede, a qual engloba mais de 12 mil tipos ao redor do mundo.

Para contabilizar todos os membros inferiores do animal, é necessário o uso de um microscópio, pois trata-se de um ser extremamente pequeno. Após a avaliação dos participantes da pesquisa, foram contabilizadas aproximadamente 486 patas e, além disso, na região da cabeça, o animal possuía diversos dentes.

Outra curiosidade sobre esse novo membro da espécie de milípedes é o fato de que ele possui iluminação própria, permitindo que seja visto no escuro.

Fonte: Revista ZooKeys

Após a descoberta, eles nomearam o ser como “milípe-fio” de Los Angeles. Essa é a primeira descoberta para a ciência em uma região urbana. Normalmente, esses animais únicos e desconhecidos são encontrados apenas em locais preservados e sem o contato humano.

Embora exista uma alteração do sistema ecológico em cidades e locais habitados, esse fato foi utilizado como uma justificativa de diversos pesquisadores para reforçar a necessidade do cuidado com a fauna e a flora dos ambientes urbanos. Afinal, os grandes centros também podem reservar importantes descobertas científicas.

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