Em meio à tragédia de um terremoto de magnitude 6,8 que abalou o leste do Marrocos na semana passada, uma série de luzes misteriosas no céu chamaram a atenção de observadores e cientistas.

Os relatos dessas luzes peculiares surgiram antes do terrível terremoto que resultou em cerca de 2.900 mortes e deixou outras 5.500 pessoas feridas, de acordo com a Reuters.

Vídeos compartilhados nas redes sociais capturaram flashes brilhantes cruzando o céu momentos antes do terremoto. Embora a autenticidade desses vídeos ainda não tenha sido confirmada de forma independente, especialistas sugerem que esses eventos podem estar relacionados a um fenômeno conhecido como “luzes de terremoto”.

Solucionando o mistério

As “luzes de terremoto” são um enigma que tem desconcertado cientistas há séculos. São relatos de flashes brilhantes, que variam em intensidade e duração, vistos frequentemente antes ou durante terremotos.

Embora em muitas ocasiões esses relatos tenham sido tratados com ceticismo devido à falta de evidências conclusivas, mais recentemente, com o advento das câmeras de segurança e smartphones, uma onda de imagens e vídeos sugerem que essas luzes não são apenas uma mera lenda urbana.

Friedemann Freund, geofísico do Instituto SETI, analisou 65 relatórios de possíveis “luzes de terremoto” desde o ano 1600. Suas análises levaram à teoria de que esses flashes podem ser uma forma complexa de eletricidade estática gerada pelo atrito quando as placas tectônicas se movem.

Acerca disso, Freund explicou ao The Washington Post que:

“À medida que as placas tectônicas se esfregam, esse atrito poderia criar corrente suficiente para produzir uma descarga elétrica, o que explicaria o flash brilhante.”

No entanto, o Serviço Geológico dos EUA (USGS) adota uma abordagem cautelosa em relação a essa teoria. Eles afirmam que os geofísicos têm opiniões divergentes sobre a relação entre esses relatos e eventos de terremoto.

“Alguns duvidam que qualquer um dos relatórios constitua uma evidência sólida de ‘luzes de terremoto’, enquanto outros pensam que pelo menos alguns relatórios correspondem plausivelmente a esses fenômenos.”

Outras explicações possíveis para os flashes incluem a agitação inicial causada pelos tremores, que poderiam perturbar as linhas de energia, criando arcos de eletricidade.

O enigma das “luzes de terremoto” continua a intrigar a comunidade científica e a verdadeira causa por trás desses eventos permanece envolta em mistério.

À medida que a tecnologia avança e mais evidências são coletadas, a esperança é que esses eventos possam ajudar na detecção precoce de terremotos, proporcionando uma camada adicional de segurança para as comunidades em risco.

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Chegou o Natal e este é o momento em que as famílias decoram suas casas para a chegada do Papai do Noel. Porém, uma das maiores dores de cabeça na hora de decorar é desenrolar as luzes de Natal. E se você tem o hábito de encher sua casa com essas delicadas luzinhas, sabe muito bem do que estamos falando.

Independentemente do modo como você as guardou no último Natal, elas sempre dão um jeito de embolar. Parece que criam vida!

Foi pensando nisso que, em 2007, a revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) realizou uma pesquisa para tentar explicar como esse tipo de situação acontece e quais são as causas desse problema, trazendo até uma explicação científica para o fato.

Ficou curioso? Confira a seguir a explicação para tal acontecimento desagradável, porém que é possível resolver.

Por que as luzes de Natal estão sempre embolando?

Para responder a esta questão, foi realizado um experimento no qual os pesquisadores colocaram fios de barbante dentro de uma caixa e a sacudiram, assim como é feito com a roupa dentro da máquina de lavar.

Essa ação foi repetida cerca de 3.400 vezes a fim de observar como os barbantes se comportariam. Inicialmente, foi possível perceber que os barbantes começaram a se embolar segundos após a caixa começar a ser girada.

Durante todo o experimento feito pelos pesquisadores, pasme: mais de 120 tipos diferentes de nós foram se formando.

“Não demorou muito para os nós se formarem – talvez cerca de 10 segundos. Ficamos surpresos com isso”, afirma um dos autores da pesquisa, Douglas Smith.

“Nós imediatamente começamos a ver esses nós complicados se formando. Foi tudo muito rápido.”

Também pôde ser observado que o comprimento dos barbantes era um fator determinante para a formação dos nós. Quanto maior o barbante, mais chance havia de ele se embolar.

Outro fator importante foi o material utilizado, já que as cordas mais flexíveis causavam mais nós do que as cordas mais rígidas.

Porém, o fator mais importante e decisivo de todos esses era se a ponta das cordas estava solta ou não. Com as cordas soltas, há mais chances de elas se embolarem e formarem mais nós.

“As pontas são realmente o que fazem um nó se formar”, afirma o autor principal da pesquisa, Dorian Raymer.

Então, o que fazer para evitar esses nós?

Uma boa dica para evitar estes nós é enrolar as luzes em um pedaço de papelão antes de guardá-las.

“Certifique-se, ainda, de colar as pontas das luzes no papelão”, alerta Raymer. “Dessa forma, você os imobiliza e eles não ficam soltos e se agitam.”

Boa dica, não?

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