A proposta de atualização da carteira de identidade nacional (CIN) sofreu reviravoltas em suas diretrizes, contrariando o plano original anunciado em maio pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Inicialmente, a intenção era unificar os campos de “nome”, sem diferenciação entre “nome social” e “nome de registro”, além da exclusão do campo “sexo”.

Contudo, o governo optou por manter o documento como está, desagradando organizações representativas da comunidade LGBTQIA+, que alegam um retrocesso nos direitos individuais.

Recuada preocupa associações LGBTQIA+

A decisão de manter a distinção entre “nome de registro” e “nome social” e a inclusão do campo “sexo” no novo RG foi anunciada após uma mudança de direção do MGI, em relação ao que havia sido planejado anteriormente.

O grupo de trabalho formado para a revisão, com a presença do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, havia acordado pela unificação dos campos “nome” e a exclusão de “sexo”.

Diante dessa alteração, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) manifestou preocupação com possíveis violações de direitos humanos decorrentes da decisão.

Bruna Benevides, secretária política da Antra, expressou que a manutenção do “sexo” e dos dois campos de nome não protege nem garante a cidadania de pessoas trans, pelo contrário, pode ser fonte de violência.

Bruna Benevides, da Antra, expressa preocupação com a cidadania para a comunidade trans – Imagem: Antra/Reprodução.

Segundo Benevides, tal determinação pode resultar em represálias diversas, desde humilhações até violências físicas desproporcionais.

Ela destaca o contexto do Brasil, um país com o maior número de assassinatos de pessoas trans no mundo, enfatizando a importância de medidas que protejam e garantam os direitos da comunidade.

A Antra já havia realizado uma pesquisa em 2022 sobre a retificação do campo “sexo” por pessoas trans.

Os resultados revelaram que 65% delas não puderam corrigir o documento, principalmente devido aos altos custos, excesso de burocracia e à transfobia institucional nos cartórios.

Para Benevides, em vez de debater a inclusão do campo “sexo” no RG, o Estado deveria focar em tornar mais efetivo o processo de retificação para as pessoas trans, algo que tem sido negligenciado pelas autoridades.

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Encontrar filmes que representem a diversidade e as histórias da comunidade LGBT+ tem sido um desafio constante para muitos telespectadores.

A falta de representatividade nas plataformas convencionais muitas vezes resulta em uma exclusão palpável.

Contudo, essa busca tornou-se mais fácil com o lançamento da LGBTFLIX, uma plataforma de streaming gratuita que acaba de desembarcar no Brasil.

Streaming gratuito com catálogo LGBT

Inaugurada em 2020 e recentemente reformulada para aprimorar a experiência do usuário, a LGBTFLIX é uma iniciativa da organização VoteLGBT+.

Atualmente, a plataforma conta com um catálogo de 60 títulos, e a promessa é de um acréscimo constante, uma vez que os próprios cineastas disponibilizam suas obras na programação.

Danilo Feno, coordenador de comunicação do VoteLGBT+, destaca o compromisso da organização em criar um espaço inclusivo para contar histórias LGBT+ e celebrar a diversidade de talentos presentes na comunidade.

Imagem: Watchmen Productions/Reprodução

A LGBTFLIX surge como um instrumento significativo na promoção de filmes que abordam as experiências da comunidade LGBT+. Oferece acesso gratuito a uma variedade de conteúdos que refletem as ricas vivências desse grupo.

A proposta da plataforma vai além de simplesmente fornecer entretenimento.

A LGBTFLIX visa preencher uma lacuna no mercado audiovisual, onde produções que retratam a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero muitas vezes são sub-representadas.

Ao destacar o trabalho de cineastas que exploram as nuances e complexidades da comunidade LGBT+, a plataforma torna-se uma fonte valiosa de narrativas autênticas.

O novo layout da LGBTFLIX foi projetado para melhorar a navegação, facilitar a descoberta de novos títulos e proporcionar uma experiência mais agradável para os usuários.

Com uma proposta inclusiva e focada em representatividade, a plataforma se destaca como uma alternativa crucial para aqueles que buscam conteúdo que reflita suas próprias vivências e identidades.

A chegada da LGBTFLIX ao Brasil representa um passo importante na democratização do acesso a histórias LGBT+ autênticas e impactantes.

Além disso, destaca-se a importância de plataformas que não apenas oferecem entretenimento, mas também atuam como agentes de mudança, desafiando as normas da indústria e ampliando a visibilidade de narrativas que, por muito tempo, foram marginalizadas.

Ao proporcionar um espaço dedicado a filmes LGBT+, a LGBTFLIX não só oferece uma alternativa para os telespectadores, como também reforça a necessidade de uma representação mais ampla e inclusiva nas mídias.

Com o comprometimento do VoteLGBT+ e o apoio contínuo dos cineastas, a plataforma promete ser um catalisador para uma mudança duradoura no cenário do entretenimento no Brasil e além.

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Em menos de dois meses, a série com temática de vampiros, Primeira Morte, lançada no dia 10 de julho, foi cancelada pela Netflix. A produção, de apenas 8 episódios, teve cancelamento confirmado pela Deadline, revista voltada para o entretenimento hollywoodiano.

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A série contava uma história de amor entre duas garotas rivais, e não terá continuidade no streaming devido ao baixíssimo índice de sucesso que a trama teve.

Apesar de um curto período de tempo, Primeira Morte conquistou o Ranking das 10 séries mais assistidas no Brasil e em vários outros países pelo mundo, a criação de Victoria Elizabeth (V. E.) Schwab, logo em seguida de seu lançamento, teve uma grande queda no número de visualizações e repercussão, ocasionando na desistência por parte da produtora.

O enredo, que aborda o amor LGBTQIAP+ com drama familiar e ficção sobrenatural, será mantido no catálogo do streaming e pode ser assistido mediante à assinatura a partir de 25,90.

Confira a sinopse de Primeira Morte

“A primeira vez a gente nunca esquece. A jovem vampira Juliette (Sarah Catherine Hook) decide qual será sua primeira vítima: Calliope (Imani Lewis,), uma garota nova na cidade. Mas para a surpresa de Juliette, Calliope é uma caçadora de vampiros, e ambas percebem que nenhuma delas será uma presa fácil. Matar poderá ser difícil, mas se apaixonar será muito fácil.”

Elenco central: Sarah Catherine Hook, Imani Lewis, Elizabeth Mitchell, Will Swenson, Jason R. Moore, Gracie Dzienny.

Tempo: 1 temporada com 8 episódios até 55 min.

Gênero: Fantasia Sobrenatural, Drama.

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