O universo vampiresco teve início com o livro de Bram Stoker, com sua maior obra Drácula.

O livro, publicado em 1897, apresentava um vampiro apoiado na ideia mitológica, quase documental. Drácula era um ser grotesco, sem alma, que ansiava por formar outros iguais a ele próprio.

Já em 1976, a norte-americana Anne Rice, apresentou ao mundo a sua concepção do tema. Com um protagonista que apesar de sombrio exibia características bem humanas, como afeto, tristeza e principalmente a culpa. Esses seres, ainda tinham um resquício de humanidade, e com isso Rice trouxe uma nova abordagem ao tema.

As Crônicas Vampirescas, nome que designou a série iniciada em Entrevista com o vampiro, é composta de 12 livros principais e um crossover de 2 volumes de uma narrativa com bruxas e vampiros.

Em 94, o primeiro livro da série foi adaptado para o cinema. Estrelado por Tom Cruise e Brad Pitt, o longa teve um estremo sucesso. A obra foi dirigida por Neil Jordan, e roteirizada pela própria Anne. Rice, que a princípio rejeito os atores escolhidos para dar vida a trama, passou a amar o resultado.

A adaptação levantou polêmicas

Pensar em repetir o sucesso do filme em uma série de TV, foi uma decisão ousada, pois era difícil acreditar que o remake poderia ter o mesmo sucesso que o original teve.

O primeiro trailer da série surgiu como um aviso de que a AMC pretendia entregar algo diferente do que os telespectadores imaginavam.

Nas primeiras imagens disponibilizadas, nos deparamos com Jacob Andersen, interpretando Louis, o que deu início a uma discussão sobre a escolha do ator.

O público parecia inseguro com a ideia de ter um ator negro representando um personagem branco, o que levou a uma polêmica, pois a escravidão ainda era a realidade da época em que a trama estava ambientada.

Com a decisão sobre a escolha de Jacob para o papel, os roteiristas precisaram se reorganizar e pensar em qual seria a melhor abordagem a tomar.

Entrevista com o vampiro de cara nova

Apesar de manter a trama central – pelo menos em essência – a série traz algumas alterações de cenário, e apresenta os personagens principais mais vorazes e desleixados.

Os diálogos e a linguagem homoerótica e repleta de psicologia permaneceram.

O desafio da série é atiçar e manter o equilíbrio do público, sem renunciar à essência da escrita de Rice. É conseguir balancear perfeitamente o original com o novo sem se perder no meio do caminho.

A série, que ainda está nos primeiros episódios, conseguiu atrair o público, resta saber se conseguirá manter essa atenção.

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