Recentemente, a golpista russa chamada Anna Sorokin teve a oportunidade de pagar sua fiança, que estava avaliada em US$ 10 mil (cerca de R$ 51,9 mil). Ela foi solta no dia 7 de outubro de 2021, nos Estados Unidos. A jovem mulher enganou a elite de Nova York afirmando ser uma herdeira de família alemã.

Depois de aparecer na série da plataforma de streaming da Netflix, chamada “Inventando Anna”, a história de Anna Sorokin acabou se tornando bem conhecida entre os brasileiros. A produção em questão tem como roteirista Shonda Rhimes e é estrelada pela atriz Julia Garner, a mesma atriz que foi vencedora de três prêmios Emmy por “Ozark”.

No que diz respeito ao julgamento, no momento da decisão um juiz de imigração decretou a libertação condicional de Anna, mediante pagamento de fiança. No entanto, a golpista ainda estará sobre prisão domiciliar e fará uso de um  monitoramento eletrônico.

Além disso, há grandes chances de Anna ser deportada dos EUA, e ela se encontra proibida de acessar todas as redes sociais. Para aqueles que desconhecem a vida de Anna, ela nasceu na Rússia, mas quando tinha 16 anos foi para o país da Alemanha. Depois de um determinado tempo ela decidiu que iria para a cidade de Nova York.

Foi então que ela passou a assumir a identidade de uma mulher rica, que era uma herdeira chamada Anna Delvey. Assim, ela passou a viver uma vida de luxo, enganando a alta sociedade de Nova York.

Ela tinha a oportunidade de viajar sem precisar pagar nada, frequentava restaurantes caros junto a pessoas famosas dos Estados Unidos e se hospedava em hotéis luxuosos. Tudo isso acontecia às custas de amigos, pois, ela alegava que em pouco tempo retornaria os valores.

Porém, foi no ano de 2017 que seus golpes foram descobertos. Naquele período, Anna tinha acesso a empréstimos apresentando alguns extratos bancários falsos e estava quase conseguindo juntar cerca de US$ 22 milhões, o equivalente a R$ 114,5 milhões,

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Anna Sorokin, também nomeada de Anna Delvey, que foi o foco da série Inventando Anna da Netflix, elogiou o trabalho da atriz Julia Garner. Em uma entrevista, realizada diretamente da prisão, Sorokin falou um pouco sobre seu encontro com a atriz.

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“Ela foi muito legal. Ela veio me visitar e foi uma garota muito doce”, comentou.

Ao ser questionada sobre o sotaque de Garner, a entrevistada apoiou a encenação da atriz, alegando que o momento interpretado na série era seu retrato dos anos entre 2015 a 2017, nesse período ela comentou que falava diariamente francês, alemão e inglês, mas agora que já se passaram quatro anos nos EUA e seu sotaque sofreu alterações.

O Artigo “How Anna Delvey Tricked New York’s Party People”(Como Anna Delvey enganou os festeiros de Nova York, em tradução livre), do The Cut, escrito por Jessica Pressler, serviu como base para a produção girar em torno de uma jornalista que investiga o caso de Anna Delvey.

Anna Delvey é o lado falso de Sorokin, e para estar na alta sociedade de Nova York e manter as aparências e o estilo de vida de alto nível, ela planeja conseguir fundos de bancos para criar uma fundação, e caso desse certo, permitiria que ela pagasse tudo de volta.

Entretanto, Sorokin foi presa em 2017 por acusações de furto, sendo julgada no ano de 2019, e decretada culpada de oito acusações e absolvida em duas. Sorokin foi condenada a 12 anos de prisão.

O elenco possui a participação de Anna Chlumsky (Veep), Katie Lowes (Scandal), Laverne Cox (Orange Is the New Black), Alexis Floyd (The Bold Type), Arian Moayed (Succession), Anders Holm (The Mindy Project), Anna Deavere Smith (Nurse Jackie), Jeff Perry (Grey’s Anatomy) e Terry Kinney (Billions).

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Inventando Anna é uma série criada por Shonda Rhimes baseada na história real de uma estelionatária que se passava por uma herdeira milionária alemã. A produção está no topo da Netflix, desde que foi lançada há semanas atrás, além de agradar o seu público.

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Mas uma das amigas enganadas por Anna, Rachel Deoloache William, não está nada feliz com a série, pois afirma que não foi consultada pela equipe sobre a produção, que usa seu nome verdadeiro na personagem que a representa. Rachel, que é jornalista no Vanity Fair, deu muita visibilidade ao caso, com um artigo publicado em 2018 e um livro sobre sua amizade com Anna alguns anos depois. O livro se chama My Friend Anna: The True Story of a Fake Heiress e vai ser adaptado pela HBO.

Rachel passou a criticar a série desde que ela foi anunciada, pois, segundo ela, a produção vangloria “uma criminosa sociopata narcisista”. Em sua primeira entrevista para a Vanity Fair, disse: “Acho que promover toda essa narrativa e homenagear uma criminosa, sociopata, narcisista é errado… Você vê o programa, mas não presta atenção ao que está sendo comercializado”.

Ela ainda critica a representação dela na produção, que foi interpretada por Katie Lowes: “Uma fã nata cuja adoração cega por Anna quase destruiu seu emprego, seu crédito e sua vida. Mas enquanto seu relacionamento com Anna é seu maior arrependimento, a mulher que ela se torna graças a ela pode ser a maior criação de Anna.”, e ainda acrescenta: “Dizer que uma mulher é criação de outra pessoa é contrário a uma narrativa feminista. Eu vi e fiquei tipo, ‘Sério? Onde você vai chegar com isso?’ então eu senti um certo desconforto, mas ninguém pensa que alguém vai ser imprudente com os fatos, principalmente quando o personagem leva meu nome”.

A jornalista diz que já esperava uma dramatização da história e que a experiência a deixaria desconfortável, mas não espera que seria tão chocante sua descrição. E ainda lamenta ser resumida a uma criação de Anna, descartando toda sua criação e méritos anteriores ao trauma de conviver com a estelionatária.

A série mostra a história de Anna, que se passou por uma herdeira chamada Anna Delvey, para viver uma vida de luxo às custas de golpes. Ela passou a transitar entre a alta sociedade de Nova York devido suas amizades que acreditavam na história que contava. Fazia viagens caras, ia a festas luxuosas, morava em hotéis caríssimos, tudo com dinheiro que conseguia com suas amigas ricas ou de empréstimos que fazia.

Foi assim que ela conheceu Rachel, com quem viajou em 2017 e afirmou que seu cartão não estava passando, fazendo a jornalista arcar com um curso de US$ 62.000,00 que nunca foi devolvido.
Anna foi presa por seus crimes e, embora tenha sido solta por bom comportamento, teve de voltar a prisão por estar nos Estados Unidos com o visto vencido.

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Estamos entrando em uma tendência de séries que contam histórias verdadeiras de crimes elaborados, em que os golpistas enganam e manipulam a todos para tirar qualquer vantagem.

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Um exemplo disso, é a série popular da Netflix ,“O golpista do Tinder” , que conta a história de Simon Leviev, homem que, com uma identidade falsa, cativava mulheres pelo aplicativo de relacionamento, além de fazer com que elas sustentem sua imagem e seus luxos.

“Inventando Anna” é a mais nova queridinha neste tema. Série em que o golpe da vez é se passar por uma herdeira milionária e assumir a personalidade de uma digital influencer. Assim, Anna Sorkin pega empréstimos e vive a vida de uma socialite em Nova York.

Outra série dentro dessa proposta é a “Imposters”, assim como Simon Leviev, a personagem principal, Maddie, usa da sedução para aplicar as trapaças. Nesse caso, a personagem conquista, se casa e, por fim, desaparece com o dinheiro e os bens valiosos de suas vítimas. A reviravolta vem quando três delas se juntam e prometem conseguir de volta o que lhes foi roubado.

Quando se trata de personagens principais criminosos, a prisão, geralmente, caracteriza o final da história, mas e se ela fosse só o começo? Essa é a premissa de “White Collar”. Protagonizada por Neal Caffrey, a série conta a história de um golpista muito perspicaz que, por um deslize, foi pego e acabou preso, porém, visando sua saída antecipada, se propõe a ajudar a resolver crimes do lado de fora da prisão, mostrando que a visão de um criminoso especialista no assunto, pode ser imprescindível para solucionar crimes.

Muitas vezes, esse tipo de conteúdo gera diferentes emoções em seus telespectadores, uma muito recorrente é a sensação de se ver “torcendo” pelo vilão, principalmente quando além de carisma, o golpista tem uma motivação maior. Como é o caso de “Lupin”.

A série francesa conta a história do personagem Assane, que quando garoto viu seu pai ser acusado injustamente de roubar um colar de diamantes que pertencia à família Pellegrini, busca ansiosamente por vingança, após o falecimento do seu pai. A produção original da Netflix contém questões raciais importantes para reflexão.

Esse tema, em questão, é uma grande proposta para o momento, principalmente por gerar nos espectadores emoções diferentes e que podem surpreender a todos.

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