A busca por melhorias na eficiência e desempenho dos chips de computador nunca para. Agora, a indústria está concentrando esforços em um componente fundamental.

As conexões permitem que os chips se comuniquem entre si. Tradicionalmente, essas conexões eram realizadas por meio de cabos de cobre. Agora, empresas como a Intel e a Ayar Labs estão explorando o potencial revolucionário da fibra óptica.

Desafio da eficiência energética e escala de computação

À medida que a demanda por capacidade computacional para tarefas de inteligência artificial (IA) continua a crescer, os fabricantes de chips estão revendo seus métodos.

A transferência de dados por fótons, em vez de elétrons através de fios de cobre, está surgindo como uma solução promissora. Essa abordagem promete ser mais eficiente em termos de energia e oferecer maior escalabilidade de computação.

A fibra óptica já provou seu valor em escalas maiores, como na conexão de continentes por meio de cabos submarinos e em data centers para interconectar racks de servidores.

No entanto, o desafio tem sido levar essa tecnologia para o nível dos chips de computador individuais. O cobre, apesar de ser ineficiente em longas distâncias, tem funcionado bem em distâncias curtas.

O papel da Intel e da Ayar Labs na revolução óptica

Amit Nagra, vice-presidente e gerente geral da divisão de produtos Intel Silicon Photonics, destaca a importância dessa transição:

“Isso está aproximando a óptica do mecanismo de computação. Estamos investindo muito e ativamente.”

A Ayar Labs, por exemplo, desenvolve um pequeno “chiplet” que fica ao lado de um chip e converte seu sinal elétrico em óptico. Essa abordagem promete um aumento significativo na taxa de transmissão de dados, uma redução drástica na latência e uma eficiência energética impressionante.

Apesar do potencial da óptica, alguns desafios persistem. A confiabilidade em ambientes com temperaturas extremas é uma preocupação, especialmente para os lasers que alimentam os sinais ópticos.

Imagem: Wallpaper Flare/Reprodução

A colocação adequada dos lasers é crítica, especialmente em data centers onde o calor pode ser um problema. A capacidade de fabricação também é um desafio contínuo para garantir que essa tecnologia possa ser produzida em escala.

O futuro da comunicação de chips

A transição para a comunicação óptica entre chips representa uma mudança significativa no cenário da computação. À medida que a demanda por desempenho computacional continua a crescer, a eficiência energética e a escalabilidade tornam-se cada vez mais cruciais.

A mudança de conexões de cobre para óptica nos chips de computador representa um avanço promissor na busca por eficiência energética e escalabilidade.

A indústria de chips está se adaptando à crescente demanda por poder de processamento, especialmente no campo da inteligência artificial.

Conforme os chips habilitados para óptica se tornam uma realidade, podemos esperar um aumento significativo no desempenho e na eficiência dos dispositivos de computação. Isso impulsiona a inovação e a capacidade de lidar com desafios computacionais cada vez mais complexos.

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A Mineração de Criptomoedas tem ganhado uma força absurda no mercado mundial e a Intel decidiu investir ainda mais para atender e otimizar as necessidades das pessoas envolvidas nesta “engrenagem”.

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Para atender à grande comunidade de mineradores de Bitcoins, a empresa anunciou um novo chip dedicado à mineração de criptomoedas e outros aplicativos de blockchain, seu lançamento será feito ainda este ano. Em nota online, a Intel informou que o chip tentará suprir as crescentes preocupações em volta da enorme energia necessária para a manutenção dos processos de mineração de criptomoedas. Por isso, afirmam que o novo chip é um “acelerador de blockchain”, com eficiência energética projetada para potencializar as tarefas de maneira eficaz utilizando muito menos energia do que as tecnologias predominantes.

“Nossos clientes estão pedindo soluções escaláveis ​​e sustentáveis, e é por isso que estamos concentrando nossos esforços em realizar todo o potencial do blockchain desenvolvendo as tecnologias de computação mais eficientes em escala”, complementou Raja M. Koduri, vice-presidente sênior e general gerente do grupo Accelerated Computing Systems and Graphics (AXG) da Intel Corporation.

A Intel garante um ótimo desenvolvimento ao novo chip arquitetado “em um pequeno pedaço de silício”, do qual, fornecerá um desempenho 1000x melhor por watt do que as GPUs convencionais para mineração baseada em SHA-256. O primeiro lote de produção já possui compradores, a Block Inc, liderada por Jack Dorsey, será a primeira compradora do chip Intel, além da mineradora de Bitcoin GRIID Infrastructures.

Como o produto é novo, surgiu há necessidade de um suporte para essa nova tecnologia e, para isso, a Intel também disponibilizou um novo Grupo de Computação Personalizada em sua unidade de negócios AXG. A equipe estenderá o foco na criação de plataformas de silício personalizadas para o trabalho dos clientes.

A Intel complementou no anúncio que quer alavancar as tecnologias de computação em escala zetta para fornecer soluções com eficiência energética em um futuro próximo.

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