A onipresença do McDonald’s no mundo faz dos produtos da franquia um verdadeiro balizador da situação econômica de cada local.

Foi pensando nisso que a Economist começou a avaliar, a cada seis meses, a valorização de diferentes moedas, a partir do valor cobrado pelo Big Mac, o sanduíche mais famoso do mundo.

Como se trata de um sanduíche padrão, que não sai do cardápio e que é feito com os mesmos ingredientes em todos os países, ele deveria, em tese, custar o mesmo valor sempre que convertido para o dólar. Na prática, porém, é um pouco diferente.

É nesse momento que se escancara as diferenças do poder de compra de cada moeda. A essa evidência clara de diferenciação das economias foi dado o nome de Índice Big Mac.

Ao comparar o preço do sanduíche em diferentes países, consegue-se ter uma ideia da valorização das moedas locais.

De modo geral, quanto mais barato o produto estiver, mais desvalorizada a moeda está em comparação ao dólar.

Para se ter uma ideia, no último levantamento divulgado, no ano passado, o real estava 13,7% desvalorizado em relação à moeda dos Estados Unidos.

Números do Índice Big Mac

Valor do Big Mac cotado em dólar, nos diferentes países, revela a situação da moeda local – Foto: Reprodução

O lanche custava, em média, R$ 22,90 no Brasil. Em junho do ano passado, quando os dados foram coletados, isso equivalia a US$ 4,81 no câmbio, enquanto nos Estados Unidos, o valor do Big Mac era de US4 5,58.

Para atingir esse valor do sanduíche por aqui, o dólar deveria estar a R$ 4,10, pelo menos. Acontece que, na época, a moeda norte-americana era cotada a R$ 4,76.

Nos últimos quatro anos, essa desvalorização do real frente ao dólar vem sendo constatada pelo Índice Big Mac.

Nos demais países

O levantamento mostrou, também, a situação em outros países. Na Argentina, o Big Mac custava em torno de 1.650 pesos, à época.

Para avaliar o contexto peculiar dos hermanos, a Economist usou como parâmetro a cotação oficial, que indicava 275,2 pesos para cada dólar. Nesse comparativo, a análise indicou que a moeda Argentina estava sobrevalorizada.

Na prática, porém, o que define a realidade cambial do país é a cotação paralela. Nela, cada dólar equivalia a 503 pesos, indicando uma desvalorização de 41,2% frente a moeda dos Estados Unidos.

Entre os países que se saíram bem no Índice Big Mac, com moeda acima do dólar, estão: Suíça, Noruega, Uruguai, zona do Euro, Suécia e Dinamarca.

Do outro lado da balança, com moeda desvalorizado, estão: Israel, Chile, Brasil, República Tcheca, Singapura, Colômbia, Emirados Árabes, Polônia, Austrália, Líbano, Nova Zelândia, Arábia Saudita, México, Canadá, Reino Unido, Costa Rica e Sri Lanka.

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As pessoas sempre estão criando métodos e estudos muito interessantes para que análises mais precisas sejam feitas. Com base nessa ideia, foi por isso que foi criado o Índice Big Mac.

Essa forma de medida compara o poder de compra de diferentes países. Ele informou, por exemplo, que o dólar deveria custar R$ 4,27 no Brasil e, com isso, é comprovado que a moeda brasileira tem uma desvalorização de 17,2% em relação à dos Estados Unidos.

Mas, afinal, o que de fato é o Índice Big Mac? Para que ele serve, exatamente? Como podemos utilizá-lo? Se você tem essas dúvidas, não se preocupe, pois vamos te explicar tudo agora mesmo. Sem mais delongas, acompanhe a leitura para conhecer o que é o famoso Índice Big Mac.

Índice Big Mac: o que é e por que foi criado?

Por incrível que pareça, se você bateu o olho nesse nome e se lembrou do famoso lanche do McDonald’s, saiba que tem tudo a ver.

Isso porque, em 1986, os editores da revista The Economist criaram essa medida para comparar o poder de compra das moedas de diversos países, e tudo isso usando como parâmetro o lanche Big Mac.

A ideia usada para sustentar o Índice Big Mac é que, como esse é um lanche-padrão, ou seja, tem os mesmos ingredientes em vários países, deve ser vendido pelo mesmo preço, no caso de as taxas de câmbio estarem corretas. No entanto, sabemos que não é isso o que acontece.

Dessa forma, se o valor do lanche for mais alto em um determinado país, isso traz a sugestão de que a moeda deste local está supervalorizada em relação ao dólar americano.

Por outro lado, se o lanche for mais barato, isso indica que a moeda está subvalorizada. E esse é exatamente o caso do Brasil, como citamos no início desta matéria.

Entretanto, apesar de essa ser uma forma interessante para entender um pouco mais sobre a relação entre esse lanche e as moedas dos países, o Índice Big Mac deve ser usado com cuidado.

Isso porque os custos de produção do Big Mac variam de um país para outro, conforme as diferenças de oferta e demanda. Há todo um caminho por trás, tais como: matéria-prima, leis, custos, impostos, entre outros fatores.

Outro ponto importante a se levantar é que o Índice Big Mac não leva em consideração a flutuação cambial. Portanto, nem sempre pode acertar os valores em cheio. Sendo assim, use-o, mas não como uma verdade absoluta.

Qual é o Big Mac mais caro do mundo?

O.K., mesmo abordando todas essas informações, sabemos que ainda surgem algumas dúvidas sobre esse índice. Com toda certeza, a mais comum é: qual é o Big Mac mais caro do mundo?

De acordo com as pesquisas da empresa HelloSafe Brasil, o Big Mac mais caro do mundo foi encontrado na Suíça, custando o equivalente a R$ 37,41. Já o mais barato é o do Egito, que custa apenas R$ 9,27.

Enquanto isso, o Brasil se encontra na posição de número 60 no ranking dos países que vendem o Big Mac mais caro ao redor do mundo.

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