A Globo está apreensiva com o possível retorno do horário de verão no Brasil em 2024. A emissora não tem poder de alterar essa decisão e teme que isso prejudique seus próximos lançamentos.

Uma das produções mais esperadas, a novela ‘Garota do Momento’, está prevista para estrear em novembro, substituindo ‘No Rancho Fundo’.

Historicamente, estreias durante o horário de verão enfrentam dificuldades na emissora para obter audiência, e alterar datas é inviável dado o cronograma fixo.

Horário de verão ainda sob análise do governo, mas pode voltar em 2024 – Imagem: reprodução

Impacto na programação da Globo

A empresa também se preocupa com a programação nas regiões Norte e Nordeste, que podem não adotar o horário de verão, como era até 2019.

Nessas áreas, a exibição atrasada de conteúdos pode afetar negativamente a audiência, especialmente das novelas.

Transmissões gravadas, exceto para o Jornal Nacional e o futebol ao vivo, são uma solução temporária, mas longe do ideal. A emissora se esforça para proporcionar uma experiência coesa ao público de todas as regiões.

Benefícios esperados no comércio e restaurantes

Por outro lado, setores como comércio e restaurantes veem o retorno do horário de verão de forma positiva. A expectativa é que a mudança impulsione a economia ao manter maior movimento de pessoas durante as horas de luz natural.

Dessa maneira, o comércio pode ter um aumento nas vendas, e os bares e restaurantes são capazes de ter um acréscimo de até 15%, segundo Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Já Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), reforça que a alteração no horário pode gerar um ciclo econômico virtuoso, beneficiando diversos setores.

Ajustes em bancos e serviços públicos

Os bancos também precisarão adequar seus horários de atendimento, abrindo e fechando mais cedo nas regiões que adotarem o novo horário. Isso visa alinhar as operações bancárias e evitar inconsistências nos sistemas nacionais.

Serviços públicos, como prefeituras e departamentos de trânsito, são outras instituições que devem ajustar seus horários, garantindo que o funcionamento esteja adequado à nova realidade.

Impacto nas escolas

Nas escolas, o horário de verão consegue promover atividades externas e ao ar livre, aprimorando o aprendizado prático dos estudantes.

A exposição à luz natural favorece a concentração e disposição, refletindo em melhores resultados acadêmicos.

Instituições de ensino terão um papel crucial na adaptação da comunidade escolar, garantindo uma transição suave e benéfica para alunos e colaboradores.

Decisão ainda em aberto

Em coletiva realizada na quarta-feira (2), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comunicou que a proposta pode ser adotada, caso não ocorra melhora na área hidrelétrica.

Silveira destacou a importância do horário de verão para sustentabilidade energética, citando o Canadá como exemplo positivo.

Além disso, ele tranquilizou a população, afirmando que não há previsão de crise energética para este ano, com a normalização das chuvas em 2024, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

*Com informações do portal FDR.

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Sentiu falta dele? O famoso horário de verão está de volta às conversas do governo. A ideia é tentar reduzir os problemas no setor de energia, que está passando por uma grave crise hídrica. O Ministério de Minas e Energia está estudando a possibilidade de trazer de volta a medida. Portanto, a expectativa é que a mudança ajude a aliviar o sistema elétrico, especialmente nos horários em que o consumo dispara, como no começo da noite.

Apesar disso, a proposta gera opiniões bem divididas. Há quem acredite que o horário de verão ajuda a economizar energia e ainda movimenta a economia, enquanto outros consideram que a medida não faz mais tanto sentido, principalmente por causa das mudanças no padrão de consumo e dos avanços tecnológicos.

Horário de verão pode aliviar o consumo de energia

Quem defende o horário de verão aposta que ele poderia ajudar a evitar um pico de consumo no início da noite. Nessa hora, a energia solar já não está mais em funcionamento, e as pessoas chegam em casa, ligam o ar-condicionado, a TV, o chuveiro e o ventilador, tudo ao mesmo tempo. Logo, isso acaba forçando o uso de usinas termelétricas, que são caras e poluentes. Com o horário de verão, esse pico seria deslocado, dando uma folga para o sistema elétrico.

Mas nem todo mundo está convencido de que essa ideia é tão boa assim. Há quem diga que o horário de verão não gera uma economia de energia tão significativa quanto parece, já que o problema maior está no uso do ar-condicionado e não nas luzes. Assim, com o aumento do calor, mais pessoas usam esses aparelhos, o que acaba por anular a economia com iluminação.

Foto: Shutterstock

Impactos econômicos da mudança

Além do papo sobre a energia, há a questão econômica. Quem é a favor do horário de verão lembra que ele pode dar um gás no comércio e no turismo, já que as tardes ficam mais longas e as pessoas acabam aproveitando mais o dia. Dessa maneira, isso ajuda a movimentar bares, restaurantes e eventos ao ar livre, por exemplo.

Por outro lado, há uma turma que reclama que o impacto positivo não é mais tão grande assim. Hoje em dia, o consumo de energia é bem diferente, e os aparelhos eletrônicos que usamos com mais frequência não dependem tanto da luz do sol.

E claro, há sempre quem goste e quem odeie. Há pessoas que adoram os dias mais longos e aproveitam para sair depois do trabalho. No entanto, muita gente também reclama da dificuldade de se adaptar ao novo horário, sentindo cansaço nas primeiras semanas da mudança.

Decisão política vai definir se o horário de verão volta

No fim das contas, a volta do horário de verão vai depender de uma decisão política. O governo precisa analisar se vale a pena trazer a medida de volta, especialmente em tempos de crise hídrica.

O ministro Alexandre Silveira e o vice-presidente Geraldo Alckmin já falaram sobre o tema, sugerindo que o horário de verão poderia ser uma boa solução para economizar energia. No entanto, nada está decidido ainda, e a medida continua dividindo opiniões entre especialistas e o público.

Enquanto isso, a discussão continua. Será que o horário de verão volta? Ou vamos seguir sem adiantar os relógios?

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Um grupo de médicos especializados em sono está, novamente, apelando para que o horário de verão (DST) seja abolido, argumentando que a prática prejudica a saúde e a segurança pessoal e pública.

De acordo com a Associação Americana de Medicina do Sono (AASM), a mudança de horário biológico causada pelo horário de verão aumenta os riscos para a saúde física, bem-estar mental e segurança pública.

Eles afirmam que a escolha ideal para a saúde e segurança seria manter o horário padrão durante todo o ano.

Evidências que não podem ser ignoradas

A AASM vem pedindo há anos que os Estados Unidos acabem com o horário de verão e adotem o horário padrão de forma permanente, eliminando a necessidade de ajustes anuais nos relógios.

Em 2020, o grupo emitiu seu primeiro apelo público para abolir o horário de verão, citando evidências de riscos aumentados de acidentes de trânsito, eventos cardiovasculares e distúrbios de humor após a mudança anual para o horário de verão.

Imagem: Shutterstock/reprodução

No entanto, o debate sobre o destino do horário de verão continua. Uma proposta de lei, denominada “Lei de Proteção ao Sol”, foi aprovada por unanimidade no Senado em 2022, visando tornar o horário de verão permanente, em vez de manter o horário padrão. Isso gerou discordâncias entre especialistas médicos e políticos.

A AASM argumenta que o esforço para manter o horário de verão permanente ignora os riscos potenciais à saúde que poderiam ser evitados ao adotar o horário padrão o ano todo.

O debate persiste, e não está claro qual direção será tomada. Enquanto isso, a população continua enfrentando os desafios do “retrocesso” anual, que traz consigo a escuridão mais precoce.

A questão do horário de verão pode não estar no topo das prioridades, mas permanece em discussão, enquanto a sociedade lida com os efeitos da mudança nos relógios a cada ano.

A saúde e a segurança são as principais preocupações dos médicos do sono, enquanto políticos também consideram fatores econômicos e de energia na tomada de decisão.

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Estamos acostumados a ouvir reclamações e questionamentos acerca do horário de verão. Embora não tenha sido criado no Brasil, o país adotou por muitos anos a prática de adiantar os relógios em uma hora no início dessa estação. Mas nem todas as regiões foram contempladas com a medida, pois Norte e Nordeste jamais adotaram essa mudança.

O uso do horário de verão sempre foi justificado no país como uma redução no uso de energia elétrica, pois com os relógios adiantados, teríamos mais algum tempo com a luz do Sol, até o início da noite. Isso evitaria que aparelhos eletrodomésticos e lâmpadas ficassem ligados por muito tempo, diminuindo o consumo de energia.

Mas em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro extinguiu a prática no país. Segundo informes, a redução era quase insignificante, já que o modo de consumo de energia havia mudado. Muitos gostaram disso, outros nem tanto, mas você sabe qual é a verdadeira história do horário de verão e como ele foi inventado?

O surgimento do horário de verão

Não era somente o Brasil que adotava a prática. Muitos países pelo mundo ainda usam essa medida com diversas justificativas. A regra para a mudança do tempo foi inventada nos Estados Unidos, e sugerida por nada mais nada menos que Benjamin Franklin, em 1784.

Na realidade, o famoso homem falava dessa mudança apenas como uma piada. Certa vez, ele enviou uma carta com tons de sarcasmo ao The Journal of Paris, no qual reclamava sobre a luz do Sol já estar alta às 6h da manhã.

No entanto, é difícil afirmar com certeza que era apenas uma brincadeira, já que o “pai fundador do EUA” constantemente falava sobre a economia de sebo usado na produção de velas e também sobre o benefício de manipular o tempo das pessoas para se levantarem no horário de trabalho, junto com o Sol, e irem para a cama junto com o início do anoitecer.

A piada que se tornou realidade

Com o passar dos anos, muitos estados dos EUA foram adotando a medida, enquanto outros simplesmente a negaram. Isso gerou muita confusão durante um longo tempo, já que pessoas de diferentes cidades e estados precisavam mudar seus relógios a todo momento durante uma viagem.

Hoje em dia, com o “Uniform Time Act”, proposto em 1966, os Estados Unidos já adotam como regra essa mudança, e apenas pouquíssimos estados, como Arizona e Havaí, se abstêm da adoção.

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Desde que o atual presidente assumiu a presidência do país, em janeiro deste ano, muitos têm se perguntado se ele irá retomar o horário de verão, que foi suspenso em 2019 pelo então presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).

Qual é a origem do horário de verão?

O horário de verão procura aproveitar ao máximo a luz do Sol e tem como objetivos principais economizar energia elétrica e diminuir os picos diários de consumo de luz, que seriam em horários como meio-dia e seis horas da tarde.

O nome “horário de verão” vem do fato de que a medida é normalmente adotada durante essa estação do ano, ou seja, no verão. A ideia foi criada no ano de 1784 por Benjamim Franklin, político e cientista norte-americano.

No Brasil, a medida demorou um pouco mais para entrar em vigor. O primeiro “horário de verão” só foi instaurado em 1931, pelo governo Vargas, que buscava uma maior economia nos tempos de crise mundial.

Quais países têm horário de verão?

Atualmente, mais de 80 países utilizam o horário de verão em pelo menos uma parte de seu território. As regiões que mais utilizam a medida estão localizadas entre os trópicos e os polos.

Em lugares onde o inverno é muito mais forte, como no hemisfério Norte, a medida é extremamente necessária. O hemisfério Norte fica localizado em altas latitudes, por isso, o inverno é mais rigoroso, o Sol nasce lentamente durante o dia e se põe muito cedo.

Já no verão o contrário ocorre, pois é comum estar ainda claro às 20h ou até às 22h. Por causa disso, o horário de verão faz uma grande diferença nesses lugares.

Países membros da União Europeia, a maioria dos países que formavam a antiga União Soviética, além da maioria do Oriente Médio são alguns dos países que adotam o horário de verão atualmente.

Confira a lista com alguns nomes:

• Oriente Médio: Irã, Iraque, Síria, Líbano, Israel e Palestina.
• Oceania: Austrália (em parte do seu território) e Nova Zelândia.
• América do Norte: Canadá, Estados Unidos e México.
• América Central: Cuba, Honduras, Guatemala, Haiti e Bahamas.
• América do Sul: Paraguai e Chile.

Quais países descartaram a medida e voltaram atrás?

Em 2019, o Parlamento Europeu assinou a abolição do horário de verão a partir de 2021. Consequentemente, a partir de então, ficou a critério de cada país permanecer ou não com horários de inverno e verão nos países.

Contudo, por enquanto, nenhuma medida nova a respeito do horário de verão foi tomada, já que não houve o entendimento entre os Estados-membros da União Europeia.

Medida vai voltar no Brasil?

Por enquanto, o governo federal não sinalizou se vai ou não adotar o horário de verão em 2023. Contudo, os comércios e as entidades ligadas a setores como turismo, hotelaria e gastronomia pedem a volta do horário ainda este ano.

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