O crescimento do gênero terror acompanha algumas tendências da indústria cinematográfica, e grandes sucessos surgem das produções que trabalham o melhor que se tem a oferecer.

Recentemente, as novas produções de grande sucesso do terror/horror têm algumas características em comum, sendo a principal delas o roteiro da história. Parece um pouco redundante pontuar que o roteiro é o principal motivo para o diferencial.

Contudo, há filmes que arrastam um sucesso cultural apenas pelo choque do gore e de jumpscares. E nesse caso, em específico, vale ressaltar o trabalho do diretor e roteirista Ari Aster.

‘Hereditário’

Longa de sucesso de críticas, “Hereditário” foi uma produção do cineasta com a produtora A24, que seleciona seus projetos de forma minuciosa. Afinal, buscam o que há de melhor para entregar nas salas de cinema.

Agora, após alguns anos de seu lançamento, o longa continua na lista das melhores produções do gênero, chegando atualmente ao catálogo da Netflix para os assinantes.

Ainda que não tivesse feito uma bilheteria expressiva, recebeu boas críticas desde suas primeiras exibições, o que começou a cativar o público a seu favor.

Fato é que “Hereditário” não é um filme qualquer, e esse é o primeiro ponto para embarcar nessa história. A produção a cargo de Ari Aster entrega o melhor que o cinema pode pedir, um trabalho artístico.

Sendo uma história de ritmo mais lendo, focando nas questões familiares e com um forte terror psicológico, as horas que se passa com “Hereditário” são recompensadas com uma das melhores experiências dentro do terror.

A necessidade de suspense induzido e jumpscares não existe nessa história, apenas a construção dos seus personagens e da problemática encantam e conduzem o espectador.

Enredo

A relação de uma família começa a sofrer os impactos de uma perda. Com a morte da avó, Charlie Graham (Milly Shapiro) começa a ter contatos sobrenaturais por meio de visões, sendo uma protegida da falecida avó. O sobrenatural se apresenta em múltiplas camadas enquanto o sofrimento pelo luto percorre a família.

As intenções do diretor no projeto eram colocar o espectador dentro do drama vivido pela família, puxando aqueles que se permitirem para dentro do suspense que é relacionar o sofrimento com o sobrenatural. Diversas influências fizeram parte da construção de “Hereditário”, incluindo estudos sobre bruxaria.

Atualmente, o sucesso de crítica está disponível na Netflix, onde recebeu uma nova ascensão cultural quando o público pôde rever ou conhecer a obra. Enfim, caso ainda não tenha dado uma oportunidade para os trabalhos de Ari Aster, experimente conhecer “Hereditário” e “Midsommar”.

Confira o trailer de “Hereditário”:

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O filme de terror Hereditário estreou em 2018. Na época, o lançamento agradou muito os fãs do gênero. Dirigido por Ari Aster, o filme mostra uma família lidando com mortes, traumas e eventos sobrenaturais.

A história do filme é perturbadora em vários pontos. O ator Alex Wolff, protagonista ao lado de Toni Collette, contou que teve sequelas após as gravações do filme. Numa entrevista ao portal Looper, Wolff contou que Hereditário foi o filme emocionalmente mais difícil de lidar em sua carreira.

O ator teve perda de sono e outras consequências decorrentes do filme.

Mesmo com os problemas que enfrentou, o ator fala com cuidado dos efeitos, pois entende ser privilegiado em sua profissão.

Este filme causou o máximo de dano em mim que um filme pode causar. Ele realmente me afetou. É difícil porque, como um ator, não quero parecer pretensioso ou auto-centrado, porque temos um trabalho privilegiado em várias maneiras. Mas esse filme, emocionalmente, foi um dos mais difíceis. Foi um daqueles em que realmente me esforcei para manter meu bem-estar emocional.

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