A Netflix  que se cuide! Chega ao Brasil um novo serviço de streaming gratuito para rivalizar não só com a gigante da mídia em streaming, mas com a TV paga.

A plataforma Runtime firmou uma parceria com a Record News para oferecer o sinal da emissora aos consumidores no país de forma 100% livre de cobranças.

O CEO da plataforma, Arman Oner, destaca que o objetivo é levar entretenimento ao público, expandindo as produções para além de séries, reality shows e filmes, atendendo também aos usuários interessados em notícias em tempo real.

Isso sem contar que, depois do lançamento e consolidação desses streamings, mais tarde eles  também  passaram a transmitir partidas esportivas.

Novo modo de empreendimento

Com aproximadamente 8 milhões de usuários em todo o mundo, sendo quase 40% deles brasileiros, a Runtime busca um modelo de negócio diferenciado das concorrentes estabelecidas no mercado doméstico.

A empresa não cobra pelo conteúdo oferecido, apostando na distribuição de serviços de comunicação.

O plano de expansão da Runtime inclui adição de mais marcas na plataforma ao longo do ano, não só no Brasil, mas em outros países.

Já no México, a plataforma disponibiliza canais da TV Azteca e conteúdo em espanhol em parceria com outras empresas.

A monetização da plataforma ocorre por meio de anúncios inseridos durante a programação. Por sua vez, estes são programados para serem exibidos em momentos específicos, totalizando 8 minutos de publicidade a cada 1 hora de transmissão.

O modelo adotado pela Runtime, chamado publicidade programática para TVs conectadas (CTV), utiliza leilões em tempo real pelos quais  robôs analisam dados demográficos, interesses e hábitos dos usuários para otimizar as campanhas e proporcionar uma experiência personalizada.

Além dos aplicativos de celular, a Runtime fechou contratos com a Samsung  e a Roku para disponibilizar a plataforma em smart TVs, ampliando sua base de usuários.

Por fim, a empresa pretende expandir suas opções de canais de comunicação e atualmente está em negociação com outras emissoras para alcançar esse objetivo.

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O mercado de serviço por streaming se destaca como um dos maiores investimentos na atualidade. Porém, essa busca de grandes empresas para alavancar seus pacotes on demand também trouxe um gigantesco valor de prejuízo em 2022, cerca de US$ 11 bilhões.

O número, apontado pela coluna NaTelinha, do UOL, teve como base as receitas de empresas como Warner Bros. Discovery, Disney, Paramount Global e NBC Universal, e no investimento delas para o licenciamento e a produção de filmes e séries em 2022.

A ‘guerra’ dos streamings

Em busca de concorrer diretamente com a Netflix, que hoje possui o maior número de assinantes, as companhias  realizaram grandes investimentos em seus serviços de streaming, dentre elas, Disney+, Hulu e Star+, da Disney; HBO Max, Paramount+ e Pluto TV, da Paramount; e Peacock, da NBC Universal.

Dentro dessa “guerra de streamings”, os grandes conglomerados buscam tornar os serviços lucrativos, como a grande concorrente Netflix.

Tradicionalmente, a indústria cinematográfica traz consigo riscos. Porém, mesmo com algum prejuízo nas bilheterias, os demais produtos atrelados às produções ajudavam com os ganhos que compensavam todo o investimento feito.

Porém, com o surgimento da Netflix e do novo modelo de negócio direct-to-costumer (direto para o consumidor, em português), os títulos passaram a ser disponibilizados ao serviço diretamente pelos grandes estúdios.

Dessa forma, a plataforma de streaming investiu fortemente em seus produtos originais, enquanto seu catálogo e audiência cresceram cada vez mais, como uma empresa valiosa.

Assim, os concorrentes e grandes conglomerados também perceberam que investir em próprios serviços de streaming seria a melhor forma de reverter a situação.

Apesar de ser o novo mercado, os investimentos dentro dessa grande corrida por audiência nos serviços de streaming trouxe prejuízos gigantescos aos conglomerados de mídia, que tentam recuperar as perdas.

Ainda assim, a Netflix segue à frente das concorrentes, com uma receita positiva de cerca de US$ 4,5 bilhões em 2022.

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