Um recente avanço na pesquisa das peculiares manchas marrom que adornam o mármore do histórico Partenon trouxe à tona descobertas intrigantes.

Esse templo, erigido em honra à deusa Atena na Grécia, tem sido objeto de curiosidade científica devido à presença de uma enigmática película sobre suas pedras.

O Partenon, templo dedicado à Atenas – Imagem: LinkedIn/Reprodução

Descobertas recentes esclarecem antigas questões

Investigadores dedicaram-se a examinar uma escultura de centauro do Partenon, mantida no Museu Nacional da Dinamarca, para desvendar a origem da coloração atípica que cobre partes da estrutura.

Tal análise, divulgada pela Heritage Science em 16 de janeiro, buscou identificar se organismos biológicos estariam por trás dessa pigmentação.

O objeto de estudo, um relicário de batalhas míticas, chegou à Dinamarca em 1688, um legado ao rei Christian V pelo capitão Moritz Hartmand.

Desde então, tem-se especulado sobre a natureza das marcas, com teorias variando desde reações químicas até a presença de matéria orgânica.

Análises modernas trazem novas perspectivas

A equipe, ao examinar amostras da escultura, não encontrou sinais de vida biológica nas manchas, sugerindo que outros fatores, possivelmente químicos, estão em jogo.

Contrariando hipóteses anteriores, a pesquisa aponta para a formação de duas camadas distintas de minerais, sem evidências de terem sido pintadas ou tratadas com substâncias conservantes tradicionais.

O estudo desmistifica a ideia de que a pigmentação tenha surgido de partículas de ferro ou de poluição do ar, considerando especialmente a preservação da escultura em ambiente protegido antes da era industrial.

Mas o mistério permanece

Apesar dos avanços, o enigma das manchas no mármore do Partenon persiste, com os cientistas mais próximos de uma explicação, ainda que definitivas conclusões fujam do alcance atual.

A descoberta de composições químicas distintas nas camadas marrons reforça a complexidade do fenômeno, mantendo viva a busca por respostas.

O Partenon, com suas histórias e segredos milenares, continua a fascinar e desafiar a comunidade científica, reafirmando seu lugar como um dos mais emblemáticos símbolos da civilização antiga.

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O primeiro computador analógico encontrado na história foi o Antikythera, sendo um dispositivo feito de bronze. Para a representação de como ele funcionava, foi feita uma réplica um pouco inusitada: em peças de Lego!

Veja a seguir como ficou o computador mais antigo do mundo em Lego!

Conheça o Antikythera

Imagem: Revista Nature/Divulgação/YouTube

Descoberto próximo à Ilha de Antikythera (daí o seu nome), no sul da Grécia, em 1900, o artefato estava localizado no fundo do mar e já estava totalmente corroído devido à ação do tempo. Depois de um longo processo de restauração, constatou-se ser um objeto histórico utilizado na Grécia Antiga.

Feito de bronze, os pesquisadores constataram que as suas 30 engrenagens formavam um mecanismo bastante complexo e avançado, que era utilizado para prever eventos celestes e constelações, sendo, portanto, uma espécie de computador analógico.

Acredita-se que o objeto foi utilizado há cerca de 200 anos a.C. e que o seu inventor foi o grande matemático, engenheiro e astrônomo Arquimedes, o qual viveu próximo à Ilha de Antikythera.

Como ele funcionava?

Para entender o seu funcionamento, a revista Nature propôs a criação da sua réplica em tamanho real feito inteiramente de Lego.

Com seus dois discos principais, cada um era responsável por uma marcação. O primeiro disco marcava as 12 principais constelações que eram vistas na região, o que seria futuramente definido como os 12 signos do zodíaco.

O outro disco possuía uma espécie de calendário egípcio, com 12 marcações representando os 12 meses com 30 dias e 5 dias extras, sendo os 365 dias do ano.

Para observar as constelações em sua posição correta, era preciso saber o dia e o mês do ano em que estava com base no calendário egípcio ou alguma outra forma de marcar o tempo na época.

Feito isso, era necessário girar a manivela para posicionar o disco na data atual. Assim, ele indicaria, por meio dos ponteiros, os ciclos astronômicos dos 12 signos do zodíaco.

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À medida que os anos se passam, a sociedade inova cada vez mais em tecnologia, e hoje os computadores e celulares já estão disponíveis para grande parte da população. Além disso, valorizamos o avanço tecnológico, então analisamos também os métodos antigos de inovação por meio do estudo da história.

Embora os métodos usados pelos egípcios na construção de pirâmides possam chocar, a humanidade atual nunca imaginou que algumas sociedades pudessem estar mais de mil anos à frente de seu tempo. Por isso, os cientistas ficaram perplexos ao descobrir uma espécie de computador com mais de 2 mil anos.

Cientistas juntam peças e descobrem computador de mais de 2 mil anos

Descoberta em um naufrágio grego em 1901, a “Máquina de Anticítera” é um dos maiores mistérios da humanidade. Ela foi apelidada de primeiro computador conhecido e funcionava como um calendário astronômico extremamente avançado para a época.

Sua reconstituição foi feita somente em 2021, em um estudo com modelagem 3D e leitura de raios-x de 82 fragmentos e 30 engrenagens corroídas.

Infelizmente, essas peças somam apenas um terço do que era o real equipamento. Além disso, a pesquisa conduzida por cientistas da University College London abrange todas as evidências até então coletadas e analisadas.

Como o aparelho funcionava?

Como dito, a máquina era uma espécie de calendário astronômico, capaz de calcular com precisão os ciclos planetários. Ela podia acompanhar as fases da Lua, além do movimento Solar e dos planetas.

Embora o erro de interpretação e a crença de que o universo girava em torno da Terra permanecesse viva, a tecnologia foi a coisa mais avançada feita nos próximos mil anos após sua criação.

As engrenagens descobertas tinham um funcionamento muito parecido com o dos relógios atuais, algo muito complexo, mas possível com o conhecimento teórico e matemático da época. Agora, os pesquisadores buscam formar uma versão física do aparelho e realmente testar sua funcionalidade.

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