As polêmicas envolvendo datas de validade e materiais que não deveriam estar na composição de produtos alimentícios ganham mais um capítulo.

Desta vez, o caso aconteceu em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, e o produto-alvo da vez foi um molho de tomate bastante conhecido.

Acontece que a Polícia Civil do Rio Grande do Sul encontrou fungos e ovos de parasitas em amostras do molho de tomate da marca Fugini.

Os molhos foram recolhidos e a polícia intimou os representantes da marca após a perícia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) ser feita.

Segundo a delegada Jeiselaure de Souza, da 1ª Delegacia da Polícia de Viamão, os responsáveis já foram acionados e deverão comparecer à delegacia para prestar seu depoimento em breve, espera-se que no início desta semana, para concluir o inquérito policial.

“Os representantes já foram contactados e possivelmente, nos próximos dias, no máximo no início da semana que vem, nós teremos já agendado e concluído os depoimentos deles para o desfecho do inquérito”, comenta a delegada.

A perícia analisou três amostras distintas do molho de tomate, sendo de mercados e lotes diferentes, mas com a mesma apresentação. A partir do laudo feito pelo IGP, a polícia constatou que todos os produtos estavam contaminados.

“Todas elas [as amostras] têm a mesma análise para fungos e ovos de parasita”, pontua a delegada.

Algum tempo atrás, a empresa Fugini foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de fabricar, comercializar e distribuir produtos, entretanto a decisão foi suspensa no mês passado.

A marca fabrica principalmente produtos como molhos de tomate, maionese, mostardas, além de conservas vegetais e outros molhos.

A Fugini se posicionou em nota, afirmando que não teve “[…] acesso a qualquer laudo relacionado ao procedimento noticiado”, ou seja, acerca da perícia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) em um de seus produtos.

A empresa ainda afirmou que “a marca deixou de usar conservantes artificiais” e que “essa transição para produtos mais naturais, associada à falta de conhecimento técnico da população sobre o assunto, tem provocado rumores infundados entre consumidores e a opinião pública”.

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Na última segunda-feira (27), a determinação da Anvisa sobre os produtos da Fugini surpreendeu os usuários das redes sociais. A agência determinou a suspensão da fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os produtos em estoque dessa empresa do setor alimentício.

A determinação é de caráter preventivo e é consequência de uma recente inspeção realizada na fábrica da empresa, isso em Monte Alto, São Paulo. A inspeção sanitária encontrou “falhas graves” e problemas na fabricação de produtos.

Isso consiste em problemas relacionados à falta de higiene, controle de pragas, controle de qualidade e sistema de segurança falho de matérias-primas.

A determinação envolve todos os produtos Fugini em estoque na fábrica de Monte Alto. O local produzia molho de tomate, conservas vegetais, maionese, mostarda, ketchup, entre outros.

Após a determinação, a empresa se posicionou diante da questão. A ordem determinada pela Anvisa já gerou uma movimentação para que alguns processos e procedimentos internos passassem por mudanças.

Nesse contexto, a suspensão dos produtos é válida somente até que a Fugini adeque seu processo de fabricação dos produtos já mencionados.

O que fazer com os produtos da Fugini que tenho em casa?

Diante da notícia, algumas pessoas têm se perguntado o que fazer com os produtos, considerando que eles já estavam em seus armários. Nem se cozinhar resolve o problema? Vai ser necessário jogar o estoque de molho de tomate fora?

E a resposta a tais questionamentos é, de acordo com a determinação da Anvisa, que a recomendação é, sim, descartar todos os produtos da Fugini que você tiver em casa.

É importante destacar que, dentre todos os produtos, o que demanda um cuidado maior é a maionese. Isso porque, durante a inspeção, foi identificado que talvez houvesse uso de matéria-prima vencida na fabricação desse produto. Por isso, ele se torna impróprio para consumo.

Diferentemente dos outros produtos em estoque, a maionese será recolhida. Sabendo disso, veja abaixo os lotes de maionese que devem ser descartados imediatamente:

• Produzidos entre 20/12/2022 e 21/3/2023 em Monte Alto (SP);
• Com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024;
• Com vencimento em dezembro de 2023 e numeração iniciada por 354.

Por fim, consumidores e estabelecimentos que tiverem produtos desses lotes devem entrar em contato com a empresa para que ela recolha-os e devolva o valor da mercadoria aos clientes.

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