Os cientistas da área de astrofísica e estatística, Geraint Lewis e Brendon Brewer, observaram, pela primeira vez, a dilatação temporal no Universo primordial durante o chamado Amanhecer Cósmico, ao estudar as galáxias quasar. Devido à expansão acelerada do Universo, eles descobriram que as flutuações dessas galáxias ocorrem em um ritmo cinco vezes mais lento do que os eventos próximos.

Dilatação temporal e os quasares

Fonte: Stockernumber2/Canva Pro

Esta descoberta fornece a evidência mais distante da dilatação temporal, confirmando a consistência dos quasares com o modelo padrão de cosmologia. Ao compreender a dilatação temporal, os pesquisadores podem estudar melhor o comportamento dos quasares e considerar seu impacto nas observações.

De acordo com Lewis, ao olhar para uma época em que o Universo tinha pouco mais de um bilhão de anos, o tempo parece fluir cinco vezes mais devagar.

A dilatação temporal ocorre devido ao efeito Doppler, no qual a luz se estica à medida que o espaço se expande. Assim como uma supernova parece estar em câmera lenta devido à velocidade relativa, os quasares exibem um comportamento semelhante devido à complexidade de suas flutuações.

Estudos anteriores, realizados com amostras menores e períodos de tempo mais curtos, não detectaram a dilatação temporal na variabilidade dos quasares.

No entanto, o estudo expandido dos pesquisadores, que abrangeu 190 quasares ao longo de duas décadas, revelou o fenômeno de “flickering” em câmera lenta, corroborando a teoria da relatividade de Einstein. Os resultados foram publicados na revista Nature Astronomy.

Essa descoberta traz novas perspectivas para a compreensão da evolução do Universo e da natureza do tempo. Compreender a dilatação temporal em diferentes estágios do Universo nos permite explorar fenômenos cósmicos com maior precisão e aprofundar nosso conhecimento sobre as leis fundamentais que regem o cosmos.

O estudo de Lewis e Brewer representa um marco significativo nessa busca por respostas, destacando a importância contínua da pesquisa científica na exploração dos mistérios do Universo.

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Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, a Terra e todos os planetas do Sistema Solar são, sim, redondos. Mesmo essa sendo uma verdade irrefutável, muitos ainda se perguntam: por quê? Assim, esta matéria explicará como acontece a formação dos planetas e o motivo de seu formato.

Primeiro, é necessário compreender como o Sistema Solar se formou. Com o Big Bang, uma quantidade imensurável de matéria foi dispersada pelo universo. Em meio a essa matéria, existiam – e ainda existem – as nebulosas.

Nebulosas são conglomerados de poeira e gás que, pela força de atração entre os corpos, permanecem juntos, e com o passar do tempo começam a colidir. Essas colisões liberam energia, capaz de fundir elementos, portanto, passam a juntar cada vez mais e mais matéria, gerando uma gravidade maior e atraindo mais matéria para si.

Resumindo a explicação, esse processo leva à criação de pequenas estrelas que juntam-se e formam estrelas maiores, até o momento em que praticamente toda a matéria da nebulosa já se concentrou na estrela em formação.

Ao final desse processo, há uma jovem estrela nascida com praticamente toda a massa do sistema, e os “restos” de poeira e rochas que agora orbitam aquele corpo passam a formar novos corpos por meio da velocidade de rotação, gerando mais gravidade e puxando a matéria para si.

Formato redondo dos planetas

O grande gênio Albert Einstein foi quem bolou a teoria que explica todo esse acontecimento, o que ele chamou de Relatividade Geral. Segundo sua teoria, a massividade de um objeto distorce o espaço-tempo ao seu redor, como se fosse jogada uma bola sobre um pano esticado.

Com isso, entende-se que outros objetos ao redor passam a orbitar e são atraídos para aquele ponto, e é isso que entendemos como gravidade.

Como no espaço não existe “em cima” ou “embaixo”, “direita” ou “esquerda”, significa que a matéria então vai ser atraída em direção ao “ponto” mais massivo.

E essa atração vai acontecer de todos os “lados”, portanto, qual a forma que possibilita a aglomeração equivalente de todos os lados? Uma esfera.

Além disso, uma questão muito interessante é que nenhum planeta ou estrela tem o formato perfeitamente esférico, afinal, a matéria é atraída de pontos diferentes e os planetas possuem rotações diversas.

Com isso, é comum que os planetas possuam um formato mais “achatado” em seus polos. Inclusive, o nome correto para o formato da Terra não é “redondo”, e sim geoidal, que significa literalmente “forma da Terra”.

Essa é uma explicação bem simples de como ocorre a formação esférica dos planetas e estrelas. Afinal, seria possível escrever páginas e páginas descrevendo detalhadamente o processo.

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