Na densa selva do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Amapá, as árvores desafiam a lógica e atingem alturas extraordinárias entre 60 e 80 metros, comparáveis a prédios de 18 andares.

Uma expedição liderada pelo biólogo Paulo Bittencourt, da Universidade de Exeter, está desvendando os segredos desses gigantes vegetais, especialmente o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), que vai além das noções estabelecidas sobre a estatura das árvores em regiões tropicais.

Desafiando paradigmas científicos

Até recentemente, acreditava-se que árvores imponentes, como as sequoias-vermelhas da Califórnia, eram exclusivas de climas temperados. Porém, a descoberta de espécies gigantes na Amazônia desafia esse paradigma.

A reportagem da Pesquisa FAPESP acompanhou a expedição em outubro, destacando o empenho dos pesquisadores em entender o crescimento excepcional de tais árvores na Amazônia, apesar das condições climáticas distintas das regiões temperadas.

Um angelim-vermelho – Imagem: Leo Ramos Chaves/Reprodução

O biólogo Rafael Oliveira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destaca que o desconhecimento sobre a existência de árvores gigantes nos trópicos persistiu até recentemente.

A expedição busca entender os fatores ecológicos que favorecem o crescimento dessas plantas, como a estabilidade climática, temperatura média e a incidência de ventos fortes.

Os resultados preliminares indicam que o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com sua topografia elevada e áreas protegidas de ventos fortes, pode abrigar a maior densidade de biomassa dos trópicos.

O engenheiro florestal Robson Borges de Lima, da Universidade do Estado do Amapá, ressalta a importância de áreas remotas, como o Parque Nacional, na preservação desses gigantes e na manutenção da biodiversidade.

Os pesquisadores também exploram tecnologias avançadas, como o Lidar, para entender a arquitetura das árvores e suas reações às mudanças ambientais.

Matheus Nunes, da Universidade de Maryland, enfatiza que o conhecimento sobre a arquitetura das árvores gigantes é crucial para compreender seu tamanho excepcional e os desafios enfrentados em diferentes ambientes.

Além de contribuir para o entendimento da ecologia dessas árvores únicas, a pesquisa destaca a importância da preservação de áreas remotas da Amazônia, que têm papel crucial na contenção do aquecimento global.

As árvores gigantes absorvem grandes quantidades de carbono, e a destruição dessas florestas poderia ter impactos significativos na atmosfera.

À medida que os pesquisadores desvendam os mistérios das árvores gigantes da Amazônia, a necessidade de proteger tais regiões remotas e únicas torna-se cada vez mais evidente.

A Amazônia continua a surpreender, desafiando conceitos estabelecidos e revelando segredos que podem ter implicações significativas para o equilíbrio ambiental global.

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Depois de 40 anos sem ser vista em território brasileiro, a ave mutum-pinima foi encontrada por pesquisadores em uma área próxima ao rio que banha a terra indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins (PA), na floresta amazônica.

Dois pesquisadores ornitólogos avistaram o animal após 10 dias de expedição no local. A ave, que está ameaçada de extinção, tornou-se uma raridade no país.

A surpresa foi tão grande que os profissionais quase não acreditaram na descoberta.

Para comprovar o feito, eles filmaram e tiraram fotos da mutum-pinima. Ela foi gravada por mais de 10 minutos, de acordo com o ornitólogo Gustavo Gonsioroski.

Ao todo, a dupla encontrou seis exemplares da espécie, sendo que alguns formavam casais.

Plano de manejo e proteção

Ave vive em área restrita da Amazônia. – Foto: Reprodução

A descoberta animou tanto os pesquisadores que eles planejam retornar ao local no próximo mês para tentar encontrar outras aves. A ideia é implementar uma política de manejo e proteção para auxiliar na conservação da espécie.

Os pesquisadores envolvidos fazem parte do Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Meio Norte (PAT Meio Norte).

O projeto é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão (Sema), pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e também pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).

Essa é a primeira vez que se encontram seis indivíduos de mutum-pinima, desde que a espécie foi considerada em ameaça de extinção.

Os pesquisadores contaram com a ajuda de informações dadas por indígenas da região, que pertencem à etnia Gavião Parkatejê.

Além disso, para facilitar o trabalho, eles utilizaram gravadores de áudio e câmeras trap para garantir o registro visual e sonoro do animal.

Ameaça de extinção

Conforme o relato dos profissionais, eles estavam quase desistindo de encontrar a ave, quando a descoberta aconteceu. As câmeras foram colocadas em locais específicos recomendados pelos indígenas.

A Mutum-pinima é uma ave restrita a uma pequena região da Amazônia, entre o leste do Rio Tocantins e a Amazônia maranhense.

Ela vive em uma região de mata de várzea devastada, que ao longo do tempo foi muito impactada pela destruição ambiental. Essa configuração de fatores é o que ameaça a existência e a continuidade da espécie.

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No coração da densa e misteriosa selva Amazônica, uma descoberta arqueológica intrigante tem desafiado estudiosos sobre a história da região. Pirâmides milenares, estruturas antigas que evocam a grandiosidade das civilizações antigas, foram encontradas em meio à exuberante vegetação.

Essas descobertas, reveladas por imagens de satélite, lançam uma luz fascinante sobre a rica história pré-colombiana da Amazônia e levantam questões profundas sobre quem construiu essas estruturas, porque foram construídas e qual era seu propósito.

Pirâmides misteriosas são localizadas na Amazônia

Imagem: Jornal da Fronteira/Reprodução

As pirâmides estão localizadas em uma área remota da selva amazônica, em partes do Brasil, Bolívia e outros países sul-americanos. Sua localização em uma densa floresta tropical tornou sua descoberta ainda mais surpreendente.

Essas pirâmides são estruturas de terra, construídas com terra e argila, o que as diferencia das pirâmides egípcias, portanto, é o material utilizado para construí-la. Elas têm uma aparência de monte de terra, mas sua simetria e a presença de escadas e degraus sugerem um propósito humano.

A datação das pirâmides é um desafio, mas os pesquisadores estimam que algumas delas tenham milhares de anos. Isso coloca essas estruturas em um período muito anterior à chegada dos europeus às Américas.

A descoberta dessas construções na selva amazônica desafia a visão convencional de que a região era habitada principalmente por sociedades nômades ou semi-nômades.

Isso sugere que civilizações mais complexas podem ter existido na Amazônia do que se pensava anteriormente, com estruturas arquitetônicas elaboradas e sistemas de organização social.

O uso de imagens de satélite e tecnologias de mapeamento aéreo desempenhou um papel crucial na identificação dessas estruturas antigas. Algumas delas começaram a ser detectadas por volta dos anos 1970, mas a pesquisa e a confirmação de sua existência continuaram ao longo dos anos seguintes.

Em 2018, o projeto Llanos de Mojos fez uma descoberta notável ao identificar estruturas que se assemelham a pirâmides na Bolívia. Essas amplas estruturas, abrangendo até 8 hectares e envoltas por aterros, datam do período entre 400 e 1.400 d.C.

A presença de cultivos, habitações, cemitérios e uma rede de estradas conectadas sugere a existência de uma sociedade mais complexa e densamente povoada do que anteriormente se acreditava na região.

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A Netflix possui uma variedade muito grande de séries em seu catálogo, que abordam diferentes assuntos e questões. “Cidade Invisível“, sem dúvida alguma, é uma das grandes apostas de séries brasileiras da Netflix.

Isso se dá uma vez que a plataforma de streaming tem apostado, cada vez mais, em produções nacionais. A série gira em torno da cultura brasileira, consequentemente, o tema do folclore é bastante abordado em sua primeira temporada.

Recentemente, a Netflix lançou o teaser da segunda temporada de “Cidade Invisível”, que deixou os fãs ansiosos para o que está por vir. A série é protagonizada pelo ator Marco Pigossi. Saiba agora mais informações sobre a nova temporada da série!

Saiba todas as novidades sobre a segunda temporada de ‘Cidade Invisível’

A nova temporada da série brasileira deve ter, como seu principal cenário, a Floresta Amazônica, mundialmente conhecida como pulmão do mundo. Além de ser uma história totalmente nacional, o criador da série, Carlos Saldanha, também é brasileiro, apesar de ser mundialmente conhecido.

Saldanha dirigiu animações extremamente famosas por parte do público infantil, como “A Era do Gelo” e “Rio”. Nesta nova temporada, o personagem de Pigossi está recebendo proteção do povo indígena enquanto está sendo caçado pelos garimpeiros. Além disso, o personagem fará uma descoberta em relação a sua filha e a Cuca.

Após esta descoberta, o personagem decide então proteger sua filha, mas acaba por colocar em risco o equilíbrio que já existe entre a natureza e as entidades folclóricas, que vivem naquela região.

No teaser divulgado pela Netflix, a personagem Pajé Jaciara é quem narra um pouco da história desta nova temporada, em uma língua indígena, tukano. Assista ao teaser abaixo.

Apesar da série abordar temas muito interessantes sobre a cultura brasileira, a produção foi acusada de apropriação cultural por parte de um grupo ativista. Por este motivo, alguns enredos desta nova temporada tiveram que ser reconstruídos. Veja o que declarou Saldanha:

“Estamos levando a segunda temporada para Belém, um centro urbano rico de histórias. Os novos episódios mostram um Brasil indígena, do Norte, plural e com novas entidades e elementos muito interessantes da cultura popular.”

Embora o teaser já tenha sido lançado pela Netflix, a plataforma de streaming ainda não divulgou a data de lançamento desta nova temporada de “Cidade Invisível”. Então, o que nos resta é maratonar a primeira temporada, enquanto esperamos por novos episódios.

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