A biologia da ressurreição, uma disciplina científica que busca reviver organismos e moléculas há muito desaparecidos, tem experimentado avanços notáveis.

Este campo, diferentemente das dramáticas cenas de ‘Jurassic Park‘, concentra-se em objetivos mais pragmáticos e alcançáveis.

Conheça alguns dos projetos mais inovadores dessa área que fizeram progressos significativos em 2023.

Tubos de ensaio com representação de DNA – Imagem: Revista Oeste/Reprodução

Reconstruindo aromas do passado

Um projeto menos conhecido, mas igualmente fascinante, é a recriação de aromas de mumificações egípcias antigas.

Cientistas e perfumistas colaboraram para reconstruir o cheiro dos bálsamos de mumificação de 3.500 anos atrás, oferecendo uma experiência olfativa que remonta a um passado muito distante.

Outro avanço emocionante vem do campo da bioengenharia, onde César de la Fuente, da Universidade da Pensilvânia, está explorando o potencial do DNA antigo para descobrir novos antibióticos.

Utilizando tecnologias avançadas, sua equipe extraiu informações genéticas de Neandertais e de outras criaturas da era glacial, descobrindo peptídeos com propriedades antibacterianas.

Esta pesquisa abre novas possibilidades na luta contra superbactérias resistentes a medicamentos.

Um dos projetos mais intrigantes envolve a reativação de vírus antigos, os chamados ‘vírus zumbis’. Com o aquecimento global, as camadas de permafrost do Ártico estão derretendo, liberando vírus que estavam em um estado de dormência por milhares de anos.

Jean-Michel Claverie, um renomado cientista francês, tem estudado esses vírus, preocupado com seu potencial impacto na saúde pública.

Em 2014, sua equipe conseguiu reativar um vírus de 30.000 anos, e pesquisas recentes isolaram vírus ainda mais antigos, com até 48.500 anos.

O renascimento de espécies extintas

Foto de um dodô – Imagem: Aventuras na História/Reprodução

A Colossal Biosciences está na vanguarda da tentativa de ressuscitar espécies extintas. Em 2023, anunciou planos para trazer de volta o dodô, uma ave não voadora que habitava a ilha de Maurício.

Utilizando técnicas de edição genética e biologia sintética, a empresa está tentando recriar o dodô a partir de células de pombos Nicobar.

Este projeto ousado não visa apenas reviver uma espécie perdida, mas também compreender melhor os processos de extinção e a conservação das espécies.

A biologia da ressurreição, embora ainda esteja em seus estágios iniciais, promete revolucionar nosso entendimento da vida, da história e da medicina.

Ao ressuscitar o passado, estamos abrindo novas portas para o futuro, trazendo conhecimentos há muito perdidos de volta à luz.

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À medida que a era digital avança em ritmo acelerado, muitas das coisas que um dia consideramos indispensáveis em nosso cotidiano estão gradualmente desaparecendo, muitas vezes sem que a maioria de nós perceba.

Parte desses objetos que estão sumindo, na verdade, está passando por modernização e sendo utilizada de maneiras muito distintas nos dias atuais. Em meio a essa revolução tecnológica, itens que já foram pilares de nossa rotina estão lentamente se tornando obsoletos, conforme alternativas mais convenientes e eficientes emergem.

Abaixo, listamos algumas dessas relíquias de um passado recente que estão à beira da extinção, mas que têm passado despercebidas.

4 objetos que serão extintos muito em breve

1. Calculadora

As calculadoras físicas, uma vez onipresentes em escolas e escritórios, estão rapidamente se tornando relíquias do passado. Hoje, quase todos possuem um smartphone, que inclui um aplicativo de calculadora integrado, tornando o dispositivo de cálculo autônomo praticamente ultrapassado.

Foto: Steve Buissinne/Pixabay/Reprodução

2. Chaves de metal

A indústria está passando por uma revolução silenciosa à medida que as chaves de metal tradicionais estão sendo substituídas por alternativas digitais. Fechaduras inteligentes controladas por aplicativos em smartphones estão se tornando mais comuns, eliminando a necessidade de carregar um molho de chaves.

Foto: Uwe Baumann/Pixabay/Reprodução

3. Controle remoto

Com o crescimento de dispositivos de transmissão e as capacidades de controle de voz em ascensão, muitos de nós preferimos simplesmente dizer o que queremos assistir ou usar um aplicativo em nossos smartphones para navegar por canais e plataformas de streaming.

Foto: StockSnap/Pixabay/Reprodução

4. Recibos de papel

Os tradicionais recibos de papel que costumávamos acumular em nossas carteiras após cada compra estão caminhando para o seu fim. Com a crescente adoção de pagamentos digitais, aplicativos de carteira móvel e comprovantes eletrônicos, a necessidade de receber um recibo impresso está diminuindo.

Isso não só reduz a produção de papel, mas também simplifica nossas vidas ao eliminar a tarefa de organizar e descartar esses pequenos pedaços de papel.

Foto: StockSnap/Pixabay/Reprodução

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Um dos maiores prazeres que se pode ter na vida, com certeza, é experimentar coisas novas. As bagagens adquiridas são levadas para o resto da vida e podem trazer muita satisfação, especialmente se for uma novidade culinária. Se comer já é bom, imagine comer algo novo e natural, com um sabor exótico?

Pois é, infelizmente algumas comidas já não estão mais entre nós, ou seja, não será mais possível degustá-las.

Mesmo assim, é interessante conhecer quais são esses alimentos e o motivo pelo qual foram extintos (e é plausível dizer que a capitalização e a demanda por produção agrícola podem ser alguns desses motivos). Por isso, separamos uma lista com cinco alimentos que não existem mais.

Confira a seguir!

5 alimentos que se perderam na história

1. Pera Ansault

Tendo seu principal uso como uma sobremesa, essa variedade de pera era cultivada na França, no século XIX, e caracterizada por um sabor suave e doce.

Infelizmente, acabou sendo extinta por não ser muito atrativa para o plantio, pois era difícil cultivá-la em grandes pomares. Desse modo, os agricultores optaram por espécies mais comerciais, e essa acabou sumindo no século XX.

2. Maçã Taliaferro

Há relatos que indicam que essa espécie de maçã era cultivada na Virginia, nos Estados Unidos, durante o século XIX. Thomas Jefferson já se referiu a essa fruta como o melhor produto para fabricação de sidra.

Mesmo assim, extinta, alguns esperançosos ainda acreditam que a espécie pode ter sobrevivido ao tempo e à modernização, podendo voltar a ser cultivada.

3. Tâmara de Judeia

Essa fruta, originária da região próxima ao Mar Morto e ao mar da Galileia, foi extinta por mudanças climáticas, diversas por responsabilidade do homem.

O fruto já foi muito mencionado por comunidades religiosas cristãs e era tido como um ótimo alimento. Afinal, ele era avermelhado e tinha um sabor muito doce, segundo relatado.

4. Sílfio

Essa erva era muito utilizada por suas propriedades medicinais e tinha origem no norte da África. A planta podia chegar até cerca de quatro metros de altura quando adulta. Além disso, seu caule era cozido e adicionado a comidas. Enfim, essa espécie foi extinta há cerca de 2 mil anos, na região da atual Líbia.

5. Couve-flor cornish ou Couve da Cornuália

O sabor não era exatamente o seu forte, mas essa variedade de planta era extremamente importante para os agricultores.

Isso porque ela possuía uma resistência ao vírus anelado, que atinge principalmente plantações de couve. Por isso, após sua extinção na década de 1950, regiões da Grã-Bretanha começaram a sofrer com o ataque do anelado.

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