A Agência Espacial Europeia (ESA) recriou na Terra as condições da superfície lunar para treinar astronautas em futuras missões à Lua. A instalação, chamada de LUNA, está localizada no Centro Europeu de Astronautas, em Colônia, Alemanha.

O local conta com 900 toneladas de rochas vulcânicas semelhantes às encontradas nas montanhas Siebengebirge, simulando as condições do regolito lunar — a fina camada de poeira e fragmentos de rocha que cobre a superfície da Lua.

Como é a LUNA?

Para recriar ao máximo a experiência lunar, a ESA usou técnicas especiais para moer e peneirar as rochas vulcânicas, deixando a textura do solo muito semelhante ao da Lua. A “poeira lunar” foi espalhada por uma superfície maior que uma quadra de basquete.

Para simular a baixa gravidade, a instalação conta com carrinhos móveis instalados no teto, que suspendem os astronautas e acompanham seus movimentos, permitindo que eles sintam as dificuldades do ambiente lunar.

O astronauta da ESA, Thomas Pesquet, destacou a importância desse ambiente de treinamento. Durante seu primeiro teste na LUNA, ele e seu colega Matthias Maurer utilizaram trajes especiais que pesavam 25 kg, com equipamentos de comunicação e suporte.

“Fiquei surpreso com a luz penentrante, especialmente no polo sul. É muito difícil avaliar a topografia”, afirmou Pesquet.

Missões lunares em vista

A inauguração da LUNA ocorreu alguns anos depois do previsto, mas chega em um momento importante. A ESA já está se preparando para enviar astronautas ao nosso satélite.

Além disso, a agência europeia faz parte do programa Artemis, da NASA, e foi responsável pelo desenvolvimento do módulo de serviços da cápsula Orion, que levará novas pessoas à Lua nos próximos anos.

Pesquet também comentou sobre a importância do momento para a Europa:

“É um momento-chave para a Europa, porque estamos realmente entrando na exploração lunar. Já estamos fazendo parceria com a NASA para fornecer equipamentos e materiais para a Artemis”.

A ESA espera que a instalação LUNA contribua significativamente para o sucesso das próximas missões à Lua, dando aos astronautas europeus a prática necessária para explorar e trabalhar em solo lunar de forma segura e eficiente.

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Explorar os mistérios do cosmos sempre fascinou a humanidade, e um dos planetas mais enigmáticos do nosso sistema solar é Vênus.

Ao contrário da Lua ou de planetas como Marte, nós, habitantes do planeta Terra, não temos muitas informações sobre o segundo planeta do Sistema Solar.

Entre 1961 e 1984, a União Soviética desenvolveu o programa Venera, que nos proporcionou os únicos registros que temos de Vênus.

Enquanto a NASA, com sua sonda Solar Parker, nos presenteou com as primeiras imagens de Vênus em luz visível, as fotos da Venera revelaram detalhes surpreendentes sobre sua misteriosa superfície.

Conforme explicado em um artigo recente do Science Alert, as sondas Venera 9 e 10 foram as primeiras a captar imagens panorâmicas de Vênus, enquanto as sondas Venera 13 e 14 não apenas tiraram fotos, mas registraram o som do planeta.

Esse é um feito surpreendente que você pode conferir no vídeo abaixo.

A Agência Espacial Russa divulgou as primeiras imagens de Vênus capturadas pelas sondas Venera 9 e Venera 10, entre 1975 e 1982, oferecendo uma visão inédita do planeta.

Devido à idade das imagens, a granulação prejudica a clareza das vistas do planeta. Em 2021, Ted Stryk, professor de filosofia no Roane State Community College em Oak Ridge, usou dados da Academia Russa de Ciências para reconstruir as imagens do Venera 9 e 10, melhorando significativamente sua qualidade visual.

Por questões de direitos autorais, não podemos exibi-las neste texto, mas você pode visualizá-las através deste link.

Nas imagens capturadas pelo Venera 13 e 14, observa-se uma tonalidade dourada causada pela filtragem da luz solar pelas nuvens de Vênus, conforme reportado pelo Science Alert. Esse fenômeno resulta na coloração característica da superfície do planeta.

Tradução do tweet:

“Hoje, em 1982, a Venera 14 fez imagens da superfície de Vênus. Essa seria, até o momento, a última vez. Embora as Vegas 1 e 2 tenham entregado sondas e balões a Vênus em 1985, elas não captaram imagens da superfície. E, desde então, não houve mais sondas.”

Ao processar as imagens, a Universidade Brown destacou que as rochas e o solo da superfície de Vênus apresentam uma tonalidade acinzentada escura, possivelmente relacionada às características vulcânicas do planeta.

Confira a foto:

Imagens históricas da superfície de Vênus, capturadas em uma missão espacial – Fotos: USSR Academy of Sciences/Reprodução

A próxima missão com destino a Vênus, projetada para capturar novas imagens da superfície, está sendo desenvolvida pela empresa aeroespacial norte-americana Rocket Lab.

A previsão é de que a nova sonda seja lançada em direção ao planeta entre 2024 e 2025, e estima-se que sua viagem até Vênus leve aproximadamente cinco meses.

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Na frenética corrida espacial dos anos 1950, a Lua emergiu como um dos objetivos primordiais. Desde o histórico pouso da nave Luna 2 pela União Soviética em 1959, o solo lunar entrou em um ciclo de mudanças irreversíveis.

Após um período de relativo esquecimento, novas missões espaciais voltaram a direcionar olhares e ambições para o nosso satélite natural.

Embora tenha permanecido em segundo plano nos últimos anos, os cientistas agora apontam para uma nova fase lunar, em que a geografia será moldada, em grande parte, por ações humanas.

Naves espaciais acidentadas, equipamentos obsoletos, até mesmo obras de arte e fezes humanas agora fazem parte do cenário lunar, com a perspectiva de um aumento significativo nas próximas décadas.

Essa época emergente, apelidada de ‘Antropoceno Lunar’, teve seu início com a chegada da Luna 2, que marcou uma era na qual a intervenção humana redefine o rosto da Lua.

O momento para atenção e cuidado é o presente

O conceito do Antropoceno terrestre teve seu início no planeta em 1800, com o advento da sociedade industrial, segundo o químico holandês Paul J. Crutzen. No entanto, sua definição veio muito depois, ao permitir que medidas mitigadoras fossem implementadas.

O Antropoceno Lunar, embora relativamente recente, poderia inspirar ações preventivas para limitar os danos causados pela exploração humana no satélite.

Exploração da Lua já deixou diversos vestígios no satélite natural – Imagem: Pixabay/Reprodução

“Os processos culturais estão começando a sobrepor os processos geológicos naturais na Lua,” afirma Justin Holcomb, geoarqueólogo planetário da Universidade do Kansas.

A quantidade expressiva de detritos espaciais em órbita da Terra e na Lua destaca o potencial destrutivo do ser humano.

Enquanto o solo lunar normalmente é moldado por meteoroides e movimentação natural, a interferência humana por meio de rovers e landers tem perturbado significativamente o regolito lunar (sedimentos lunares).

Com a nova corrida espacial em andamento, a paisagem lunar poderá ser irreconhecível em 50 anos. As reservas de gelo tornam-se pontos críticos nesse cenário, fundamentais para uma eventual colonização lunar.

O desafio é claro: avançar conscientemente para garantir uma exploração e colonização da Lua, sem exaurir seus recursos naturais, e minimizar impactos negativos desde o início.

Pegada de Buzz Aldrin na Lua – Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

“Caminhar e até habitar a Lua parecem destinos naturais do ser humano”, observa Holcomb, mas a jornada deve ser feita com responsabilidade para marcar um capítulo significativo na trajetória da humanidade.

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Imagine-se flutuando no espaço, contemplando a curvatura da Terra e a imensidão do cosmos ao mesmo tempo que desfruta de um luxuoso spa. Parece um sonho? A Space Perspective tornou essa visão uma realidade com sua cápsula futurista, a Nave Neptune.

No espaço encontra o bem-estar

A Space Perspective, pioneira na exploração espacial, divulgou informações empolgantes sobre a Nave Neptune, que oferecerá passeios exclusivos em balões estratosféricos para entusiastas do espaço.

O que torna esta cápsula tão especial é o design inovador do seu banheiro, descrito como um autêntico spa espacial. A empresa assegura que será um “paraíso particular” para os passageiros, proporcionando uma experiência única durante o voo.

Além disso, a empresa está fazendo história ao ser a primeira a oferecer experiências de voo espacial neutras em carbono, promovendo a sustentabilidade na exploração do espaço.

A Nave Neptune é uma cápsula pressurizada que atinge altitudes impressionantes de cerca de 30 quilômetros, impulsionada por um enorme balão espacial.

Uma vista de tirar o fôlego!

A cápsula tem capacidade para até oito passageiros, além de um capitão, e está equipada com janelas panorâmicas que oferecem vistas espetaculares da Terra e do espaço profundo.

O banheiro da cápsula está localizado em uma área chamada Space Lounge, um espaçoso espaço de convivência na cápsula.

A Space Perspective garante que o Space Lounge superará as comodidades encontradas nas cabines de primeira classe de aeronaves, garantindo conforto e segurança, tudo isso enquanto você desfruta de uma vista verdadeiramente excepcional.

O design inovador do banheiro é considerado fundamental para a experiência dos passageiros, especialmente porque os voos podem durar até seis horas.

Imagem: Yandex/Reprodução/Space Perspective

O espaço do spa foi cuidadosamente projetado para criar uma atmosfera que remete a um spa terrestre, proporcionando momentos de tranquilidade e relaxamento.

Mimos espaciais

Além do spa, os passageiros terão à disposição um cardápio com pratos e bebidas de classe mundial, assentos confortáveis e comodidades como fones de ouvido personalizados.

Os passageiros também terão à disposição kits de extras, conectividade Wi-Fi e um sistema de iluminação que se adapta às condições exteriores, proporcionando uma visão das estrelas e do ambiente celeste. É uma experiência verdadeiramente luxuosa!

A Nave Neptune da Space Perspective está prestes a revolucionar a forma como vivenciamos o espaço. Com seu spa inovador, compromisso com a sustentabilidade e uma visão verdadeiramente única, essa é uma jornada espacial que todos podem aguardar com grande expectativa.

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O sonho de explorar e eventualmente colonizar Marte está mais próximo de se tornar realidade, graças a um grupo de cientistas da Universidade de Nova York em Abu Dhabi (NYUAD), nos Emirados Árabes Unidos.

Recentemente, esses pesquisadores utilizaram imagens da sonda marciana Hope para criar um impressionante “mapa-múndi” do Planeta Vermelho. Trata-se do “Mars Atlas“, que, em português, significa “Atlas de Marte”.

Conquista científica

O projeto utilizou quase três mil imagens de alta resolução da superfície de Marte, coletadas pela sonda Hope, dos Emirados Árabes Unidos.

Embora a sonda tenha sido lançada em julho de 2020, ela só chegou à órbita marciana em fevereiro de 2021. O instrumento responsável por capturar essas imagens foi o orbitador Emirates Exploration Imager (EXI), uma peça fundamental da missão.

Imagem: NYUAD/Reprodução

O Mars Atlas é uma ferramenta essencial para as futuras missões espaciais e a exploração de Marte, fornecendo informações detalhadas sobre a geografia do planeta.

Segundo a NYUAD, além de auxiliar na preparação de futuras missões tripuladas a Marte, o Mars Atlas também desempenha um papel crucial na identificação das áreas mais adequadas para possíveis assentamentos humanos no Planeta Vermelho.

Os dados compilados permitirão que os cientistas tomem decisões sobre onde estabelecer bases, levando em consideração fatores como clima e recursos disponíveis.

Dimitra Atri, chefe do grupo de pesquisa sobre Marte na NYUAD, enfatiza a importância de se preparar adequadamente para futuras missões humanas a Marte:

“Se você olhar para a história de Marte, muitas sondas simplesmente se chocaram. Se uma sonda se choca, é uma grande perda de ciência e recursos. Mas quando você está enviando humanos, precisa ser muito cuidadoso. Pode parecer bobo, mas talvez no futuro seja muito comum as pessoas irem para Marte e até mesmo viverem lá.”

Este não é o primeiro “mapa” de Marte a ser criado, e certamente não será o último. No início de 2023, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) desenvolveu um mapa com base em 110 mil fotos capturadas pela sonda norte-americana Mars Reconnaissance Orbiter (MRO).

Desde o século XIX, quando astrônomos como Wilhelm Beer e Johann von Mädler produziram os primeiros mapas do Planeta Vermelho, os cientistas vêm aprimorando continuamente as representações geográficas de Marte. Foi somente a partir da década de 1960 que a NASA começou a receber imagens e dados que revelaram as verdadeiras características do planeta.

Scott Dickenshied, representante do projeto JMARS, comentou sobre o novo mapa da NYUAD:

“[O mapa da NYUAD foi] criado a partir de dados mais recentes do que alguns dos mapas globais anteriores [e fornece uma] perspectiva adicional de como Marte se parece. Essa perspectiva pode ser muito útil para pesquisadores que desejam observar nuvens ou atividade de tempestades de poeira em uma escala planetária.”

Com os recentes avanços na cartografia marciana, a humanidade encontra-se um passo mais perto de desvendar os segredos de Marte e, potencialmente, abrir as portas para a exploração e colonização do Planeta Vermelho. À medida que a ciência continua expandindo nosso conhecimento sobre Marte, a jornada para o espaço sideral parece mais emocionante e promissora do que nunca.

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Um achado surpreendente vem intrigando cientistas e reascendendo o interesse pela exploração lunar. Uma enorme estrutura escondida sob a superfície acidentada e craterizada da Lua tem sido objeto de estudo desde os primeiros passos humanos no solo lunar.

Liderada por Peter B. James, da Baylor University, a equipe de pesquisadores analisou dados da missão Grail, da Nasa, e descobriu uma colossal estrutura enterrada sob a Bacia do Polo Sul-Aitken, uma das maiores crateras preservadas no Sistema Solar.

O mistério da estrutura encontrada

A magnitude da descoberta é impressionante: a estrutura pesa cerca de 2,18 bilhões de quilos e se estende por mais de 300 quilômetros de profundidade.

Para visualizar isso, basta imaginar uma quantidade de metal cinco vezes maior do que a Grande Ilha do Havaí embutida na superfície lunar.

Os cientistas detectaram essa massa ao estudar as sutis mudanças no campo gravitacional da Lua, que permite investigar sua composição interna.

Imagem: Nasa/GSFC/DLR/ASU/Reprodução

O peso astronômico da estrutura é tão poderoso que afundou o piso da Bacia do Polo Sul-Aitken em quase um quilômetro, exercendo uma força gravitacional considerável, dadas as dimensões impressionantes da cratera.

As pesquisas levaram os cientistas a propor duas explicações plausíveis para a origem dessa enorme massa. A primeira sugere que o metal do asteroide que formou a cratera permaneceu embutido no manto da Lua após o impacto ocorrido há aproximadamente 4 bilhões de anos.

A segunda hipótese levanta a possibilidade de que a concentração de óxidos densos se formou à medida que o oceano de magma da Lua esfriava e solidificava.

A Bacia do Polo Sul-Aitken tem atraído grande atenção das agências espaciais por suas características únicas. Ela oferece uma janela singular para a composição interna da Lua e sua história geológica. Além disso, proporciona o cenário ideal para estudar as consequências de impactos catastróficos em corpos celestes rochosos.

Porém, a Bacia do Polo Sul não é o único local lunar a esconder segredos sob sua superfície. Recentemente, outra massa imensa, que emite calor, foi descoberta sob as crateras Compton e Belkovich, no lado distante da Lua, adicionando mais mistérios ao enigma lunar.

Essas descobertas reacenderam o interesse na exploração da Lua, levando os cientistas a mergulharem ainda mais fundo em busca de informações sobre nosso vizinho celestial mais próximo.

À medida que o enigma da estrutura escondida sob a superfície lunar se desvenda, novas revelações e conhecimentos fascinantes sobre a Lua prometem estar ao alcance da humanidade, alimentando o espírito de exploração e curiosidade sobre o Universo que nos cerca.

As descobertas foram publicadas no Geophysical Research Letters, e, agora, os olhos do mundo estão voltados para a Lua em busca de respostas sobre seu passado e sua natureza misteriosa.

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A OceanGate tem se destacado por sua ambição e inovação na exploração subaquática e, agora, no campo da exploração espacial. A empresa ganhou manchetes internacionais quando enviou um submarino para explorar os restos do Titanic.

O projeto demonstrou um avanço significativo na capacidade da empresa de operar em condições extremas e profundezas subaquáticas. Infelizmente, o submarino sofreu um incidente grave, implodindo durante uma missão, o que teve uma grande repercussão.

Apesar dos obstáculos enfrentados durante uma missão ao Titanic, a OceanGate não deixou de sonhar grande. Agora, a empresa anunciou planos ainda mais ambiciosos: até o ano de 2050, planeja levar cerca de mil pessoas ao planeta Vênus. Esta notícia foi revelada por Guillermo Söhnlein, um dos fundadores da empresa, e foi certamente recebida com um misto de espanto e ceticismo.

Mais detalhes sobre Vênus

Imagem: Reprodução

Vênus é o planeta conhecido por sua atmosfera rica em dióxido de carbono e chuvas de ácido sulfúrico, bem como por ter uma pressão atmosférica 90 vezes maior que a da Terra. Nesse sentido, a ideia de que cerca de mil pessoas possam chegar até lá não é, de maneira nenhuma, algo animador para o público.

No entanto, Söhnlein argumentou que o desafio é semelhante ao de Elon Musk, que planeja colonizar Marte. Para superar as condições improváveis de Vênus, a OceanGate planeja desenvolver uma base que resista à chuva ácida do planeta e consiga receber aeronaves. Este é um desafio de engenharia extremamente complexo que, se superado, representará um marco na exploração espacial.

OceanGate no mar e no espaço

Guillermo Söhnlein, visionário no campo da exploração espacial, expressou desde o início de suas ambições o desejo de levar o ser humano além dos limites terrestres, buscando explorar outros planetas.

No entanto, em paralelo a essa busca, ele também se envolveu no desenvolvimento da empresa OceanGate. Esta se diferencia do foco na exploração espacial ao concentrar seus esforços na exploração cada vez mais profunda dos oceanos.

Apesar da abordagem diferenciada da OceanGate, Söhnlein acreditava que as experiências e os conhecimentos adquiridos na exploração oceânica poderiam ser transferidos e aplicados na exploração espacial.

Ele viu essa empresa como uma oportunidade de aprendizado, preparando-se para lidar com situações desafiadoras e extremas encontradas em outros planetas, mesmo permanecendo na Terra.

Questões como clima adverso e pressão atmosférica, fundamentais em ambientes extraterrestres, também podem ser estudadas e compreendidas por meio da exploração dos oceanos.

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O lançamento da sonda OSIRIS-REx pela NASA em 2016, com a missão de coletar amostras do asteroide Bennu, está prestes a atingir um emocionante clímax.

A espaçonave está prevista para retornar à Terra em setembro deste ano, carregando consigo valiosas informações sobre esse misterioso corpo celeste.

No entanto, esse feito não teria sido possível sem a contribuição de um colaborador incomum: o lendário guitarrista do Queen, Brian May.

Brian May: músico, astrofísico e colaborador espacial

Imagem: Ding zhenjie – Imaginechina

Além de ser um dos maiores guitarristas da história da música, Brian May também é um astrofísico e doutor em astronomia. Sua paixão pela ciência e exploração espacial o levou a colaborar com a NASA em diversas missões. Entre elas, a OSIRIS-REx, cujo sucesso contou com o auxílio valioso desse talentoso músico.

O desafio enfrentado pela equipe da OSIRIS-REx foi encontrar um local adequado para o pouso da sonda no asteroide Bennu.

Os engenheiros projetaram a espaçonave para pousar em uma área lisa de pelo menos 25 metros de largura, mas as primeiras imagens transmitidas pela sonda revelaram que essa condição não existia no corpo celeste.

Foi aí que Brian May entrou em cena. Especialista em imagens estereoscópicas, uma técnica que recria a percepção tridimensional para os espectadores, May foi convocado pelo cientista-chefe da missão, Dante Lauretta, para “salvá-la”.

O ‘pedido de socorro’ da NASA

Imagem: Space Today

May suspendeu temporariamente sua icônica guitarra caseira Red Special na parede e atendeu ao “pedido de socorro” da NASA. Utilizando a técnica de imagens estereoscópicas, ele revisou fotografias do asteroide, procurando por uma cratera grande e livre de obstáculos que permitisse a descida segura da sonda para coletar as valiosas amostras.

Graças ao trabalho meticuloso de Brian May, a equipe da OSIRIS-REx encontrou o local de pouso ideal e pôde reconstruir as etapas da turbulenta descida em três dimensões.

Além disso, May criou uma curta sequência de vídeo mostrando a sonda sendo envolvida pelo cascalho e poeira após o pouso.

A celebração do sucesso

Essa não foi a primeira vez que Brian May colaborou com missões espaciais. O músico também contribuiu com equipes científicas da Agência Espacial Europeia e da NASA, deixando sua marca não apenas no mundo da música, mas também na exploração do cosmos.

Para celebrar essa colaboração notável e o sucesso da missão, foi lançado o livro “Bennu: Anatomia 3D de um asteroide”, que possui 200 páginas repletas de imagens impressionantes, em um evento especial no Museu de História Natural de Londres com a presença de Brian May, Dante Lauretta e os demais autores.

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Recentemente, o renomado cientista Jeff Baumgardner levantou uma questão que tem causado inquietação entre a comunidade científica e os entusiastas da exploração espacial. Sua declaração destaca a preocupação de que os foguetes e lançamentos espaciais possam estar provocando danos à ionosfera.

A ionosfera é uma região situada entre 60 km e 1.000 km acima da superfície da Terra. Ela é eletricamente carregada, composta predominantemente por partículas ionizadas, e desempenha um papel fundamental na propagação de ondas de rádio e comunicações. Além disso, serve como um escudo protetor contra a radiação solar prejudicial.

Portanto, qualquer alteração significativa nessa camada atmosférica poderia ter implicações potencialmente impactantes para os sistemas de comunicação, o clima e até mesmo para a vida na Terra.

Há motivos para se preocupar?

O aumento contínuo no número de lançamentos espaciais, impulsionado por projetos ambiciosos de empresas como a SpaceX e várias outras, levanta sérias preocupações sobre possíveis impactos na ionosfera.

Com o crescente interesse em exploração espacial, constelações de satélites, turismo espacial e missões interplanetárias, a quantidade de foguetes sendo lançados está atingindo níveis sem precedentes.

A preocupação com a possível abertura de buracos na ionosfera após os lançamentos tem suas raízes no potencial efeito cumulativo dessas atividades.

Os foguetes modernos geralmente utilizam propelentes à base de hidrocarbonetos e oxidantes que, quando queimados, liberam gases como vapor de água, dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e outras partículas.

Essas emissões podem ter efeitos potenciais na ionosfera, incluindo a redução da densidade de elétrons ionizados e a formação de compostos químicos adicionais.

Falcon 9 de Elon Musk

Com a imponente ascensão do Falcon 9, o notório foguete da SpaceX sob a liderança visionária de Elon Musk, um acontecimento verdadeiramente notável cativou a atenção de um fotógrafo. Suas lentes capturaram uma espetacular visão nos céus logo após o foguete adentrar a ionosfera.

Foto: TecMundo/Reprodução

O cenário foi adornado por um fenômeno que geralmente ocorre após um lançamento, em que uma tonalidade vermelha exuberante e deslumbrante pintou parte do firmamento.

Essa coloração impressionante, aparentemente resultante dos efeitos do foguete na ionosfera, levantou questionamentos fascinantes sobre os potenciais impactos da exploração espacial nessa camada atmosférica crucial.

É verdade que muitos cientistas compartilham a opinião de que os efeitos dos foguetes na ionosfera são geralmente insignificantes e que a própria natureza tem mecanismos para reequilibrar e reionizar as regiões afetadas.

A atividade solar, especialmente durante o amanhecer, é um desses mecanismos naturais que contribui para a recombinação de íons na ionosfera.

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A exploração de Marte nunca havia alcançado tal nível de detalhe e precisão como é possível agora, por meio dos instrumentos do rover Perseverance, da Nasa. Enquanto o veículo percorre os terrenos do planeta vermelho, um pequeno drone chamado Ingenuity sobrevoa os céus marcianos, proporcionando uma visão sem precedentes do nosso vizinho planetário.

Rocha peculiar é encontrada na superfície de Marte

A mais recente descoberta na exploração de Marte traz consigo uma implicação curiosa e científica. Enquanto especialistas analisavam as imagens capturadas pelo rover, eles se depararam com uma rocha estranha e intrigante, com formato de donut ou rosquinha.

Foto: NASA/Reprodução  

Embora essa fotografia possa fazer Homer Simpson, conhecido personagem de “Os Simpsons“, enlouquecer, os cientistas afirmam saber o que exatamente é essa rocha peculiar encontrada no solo marciano.

Astrônomos e astrofísicos encarregados de revisar os dados coletados pelo rover Perseverance explicam que a imagem foi capturada pelo instrumento SuperCam Remote Micro-Imager, que está a bordo da nave da Nasa. Eles detalham que essa rocha pode muito bem ser “um grande meteorito com pequenas partes ao seu redor”.

Essa descoberta contribui para uma melhor compreensão da formação dos solos marcianos e, se confirmada como sendo um meteorito, poderá fornecer informações valiosas sobre a interação entre as rochas estelares, a atmosfera e a superfície de Marte.

O rover Perseverance da Nasa pousou em Marte em 18 de fevereiro de 2021. Ele faz parte da missão Mars 2020, cujo principal objetivo é buscar evidências de vida passada em Marte, coletar amostras para possível retorno à Terra e testar novas tecnologias que possam ser úteis em futuras missões espaciais.

Desde sua chegada, o Perseverance explora a região da cratera Jezero, analisando rochas, coletando amostras e enviando imagens impressionantes do cenário marciano.

A descoberta dessa rocha em forma de donut é apenas um dos muitos avanços científicos e conquistas que o rover Perseverance tem proporcionado. Cada nova descoberta e cada imagem enviada de Marte nos aproximam um pouco mais do entendimento desse planeta fascinante e abrem portas para futuras explorações espaciais.

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