A noite de entrega dos Oscars é marcada por glamour, prestígio e celebração em honra aos notáveis trabalhos no mundo cinematográfico.

Dentre as inúmeras histórias que permeiam esse evento, existe uma particularmente inusitada que ocorreu no final da década de 60, destacando-se no anuário das premiações por sua peculiaridade.

Por que precisaram devolver o prêmio no Oscar?

A história do vencedor do Oscar que teve que devolver o troféu – Imagem: Reprodução

O documentário intitulado ‘Young Americans‘, sob a direção de Alexander Grasshoff e produção de Robert Cohn, retrata a jornada de um coral juvenil pelos Estados Unidos, vivenciando e compartilhando a rica diversidade cultural do país.

Premiado com o Oscar de Melhor Documentário na cerimônia de 1969, seu triunfo foi breve devido a uma reviravolta provocada por critérios técnicos.

De acordo com as regras estipuladas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, para um filme se qualificar ao Oscar, ele deve ter sido exibido nos cinemas no ano anterior à cerimônia de premiação.

No entanto, ‘Young Americans’ teve sua primeira exibição em 1967, o que o desqualificava automaticamente para a competição de 1969.

Mais sobre o filme

Em ‘Young Americans’ (1967), um grupo de jovens de diversas origens embarca em uma excursão de ônibus pelos Estados Unidos, indo de Nova York à Califórnia.

Ao longo da viagem, eles imergem na cultura americana, na música folk e na agitação social característica da época.

Como foi a devolução do prêmio?

A descoberta resultou em uma difícil decisão tomada por Gregory Peck, então presidente da Academia, que contatou Grasshoff e Cohn solicitando a devolução do Oscar.

Este momento peculiar na história da premiação sublinha a importância e a rigidez das diretivas da Academia para com seus participantes.

Este caso serve como um lembrete duradouro das responsabilidades e expectativas que cercam os concorrentes ao Oscar, além de ressaltar a integridade processual mantida pela Academia.

A cerimônia de entrega do Oscar continua a ser um marco anual para os profissionais do cinema, celebrando as realizações mais impressionantes na indústria.

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A estatueta dourada do Oscar já rendeu muitas especulações e curiosidades. Afinal de contas, é feita de ouro? Quanto vale uma dessas no mercado? Essas perguntas, com certeza, já fizeram parte da imaginação de muita gente.

O que quase ninguém sabe, no entanto, é que uma estatueta do Oscar vale quase nada em dinheiro.

O valor é muito mais simbólico do que monetário, e isso se deve exclusivamente a uma decisão da própria Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela cerimônia do Oscar.

A instituição estipula que um vencedor não pode vender a estatueta no mercado antes de oferecê-la de volta para a própria Academia, a um custo irrisório de apenas um dólar, ou seja, cerca de R$ 5 na cotação direta.

Medida para evitar venda da estatueta do Oscar

Cerimônia do Oscar ocorre no próximo domingo, dia 10 de março – Foto: Reprodução

Essa foi uma medida criada para conter as possíveis vendas irregulares e, também, manter o prestígio e a exclusividade de uma estatueta entregue pela Academia.

O valor mínimo estipulado pelo órgão não tem qualquer relação com o custo de fabricação. Ele está mais relacionado à intenção de preservar a notoriedade do objeto e evitar que circule ou seja oferecido no mercado.

Uma estatueta do Oscar tem 33 centímetros de altura. Ela é feita de bronze e coberta de ouro 24 quilates.

Como a venda é proibida, é impossível especificar qual seria o valor monetário do objeto. O que dá para dizer é que ele, certamente, seria mais que um dólar.

Leilão de estatueta foi parar na Justiça

Toda essa questão envolvendo o valor da estatueta e a possível venda dela no mercado decorreu de uma decisão oficializada pela corte de Los Angeles, em 2015.

Á época, a Academia disputou na Justiça a venda de uma estatueta recebida por Joseph Wright, em 1943, pela direção artística do longa ‘My Gal Sal’. O sobrinho dele, Joseph Tutalo, havia oferecido o objeto para leilão, um ano antes.

A casa de leilões Briarbrook colocou a estatueta em arremate e ela foi comprada por outra casa leiloeira, a Nate D. Sanders, por US$ 79,2 mil.

O caso fez com que a Academia entrasse na disputa e tentasse intervir, mesmo judicialmente.

Regras sobre a venda da estatueta do Oscar

O valor de arremate pago pela casa leiloeira superou, e muito, o que havia sido estipulado pela Academia em 1951, na primeira determinação de regras sobre a venda de uma estatueta.

A decisão interna obrigava que o objeto deveria ser ofertado, por no máximo US$ 10, à própria Academia, antes de ser levado ao mercado.

O Oscar recebido por Joseph Wright ocorreu anos antes dessa resolução, mas ele continuou como membro da Academia até sua morte, nos anos 80.

Esse fato influenciou não só a atitude da instituição em questionar a venda na Justiça, como também foi determinante para que a corte de Los Angeles desse uma decisão contrária ao leilão e ao sobrinho do artista.

Nova resolução da Academia

Diante do caso, a Academia aproveitou a oportunidade para revisar sua própria resolução. No mesmo ano, o valor limite de US$ 10 foi diminuído para 1 dólar apenas, e essa é a regra que vigora atualmente.

A estatueta existe desde 1934. Ela é chamada oficialmente de Prêmio de Mérito da Academia e sofreu poucas modificações no design desde então. Em média, demora-se em torno de três meses para produzir 50 estatuetas.

A cerimônia do Oscar 2024 ocorre neste domingo, dia 10 de março.

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O glamour do Oscar vai muito além da estatueta reluzente que vemos sob os holofotes. Você sabia que não se pode simplesmente vender essa premiação tão cobiçada?

O mistério por trás desse troféu é mantido por regras que asseguram à Academia o direito de adquirir a estatueta pelo valor simbólico de apenas US$ 1, caso um agraciado queira vendê-la.

A verdade por trás da estatueta do Oscar

Imagem: alexkosev2/Canva Pro

Apesar do brilho dourado, a estatueta do Oscar não é feita de ouro maciço. Na verdade, ela é feita de bronze e banhada a ouro 24 quilates.

Um fato curioso é que, durante a Segunda Guerra Mundial, em razão da escassez de metais, algumas estatuetas foram feitas de gesso e pintadas.

Surpreendentemente, o custo de produção de cada estatueta varia entre US$ 500 e US$ 900, dependendo do valor do ouro no momento.

Prêmios extras além da estatueta

Os indicados às categorias mais prestigiadas do Oscar levam para casa uma bolsa de presentes incrível, avaliada em cerca de US$ 126 mil.

Itens luxuosos, como férias na Itália, estadias em chalés canadenses e até mesmo terras na Austrália, fazem parte desse “kit” oferecido aos indicados.

Além do prestígio, ganhar um Oscar pode aumentar o valor dos contratos dos artistas.

Segundo estudos, atores masculinos podem ter um aumento médio de até quase US$ 4 milhões por trabalho após ganhar uma estatueta!

Para as atrizes, esse aumento é de cerca de US$ 500 mil. Isso pode resultar em um ganho potencial de até US$ 120 milhões ao longo da carreira para os atores mais bem-sucedidos.

Por trás do evento

Para além das curiosidades sobre o prêmio, também há algumas coisas interessantes sobre o evento:

1. A 1ª transmissão do evento diferente

A transmissão pioneira foi realizada em 1953, mas foi transmitida apenas no Canadá e nos Estados Unidos.

Apenas 13 anos depois o evento passou a ser transmitido pelas televisões do mundo todo.

2. A atriz mais indicada

Meryl Streep é a atriz com o maior número de indicações! Ao todo, ela possui 21 indicações e 3 estatuetas em casa.

3. O homem mais indicado

Simplesmente, nada mais, nada menos que Walt Disney! O criador do Mickey teve 56 indicações e colecionou 26 estatuetas.

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Não é novidade para ninguém que o Oscar é a premiação mais expressiva do cinema. Não é à toa que todo ator provavelmente já sonhou em ganhar a estatueta mais famosa do mundo.

No entanto, o grupo que consegue levar o prêmio para casa é bastante seleto, já os que conseguem levar DUAS estatuetas, então, nem se fale… Mas um ator conseguiu esse feito, e o mais curioso: com apenas uma atuação.

Estamos falando de Harold Russell, ator que já faleceu, mas que ficou mundialmente conhecido pela dupla indicação ao Oscar. Sua história ganhou ainda mais destaque pelo fato de ele ser deficiente e conseguir romper todas as barreiras de preconceito que ainda hoje existem.

O filme que rendeu a ele tamanho destaque foi “The Best Years Of Our Lives”, na tradução: “Os Melhores Anos de Nossas Vidas”, que foi lançado em 1946.

Além dos Oscars de Harold, o filme levou outras seis estatuetas. Na coleção, estão: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Edição, Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora.

Foto: Reprodução

Conheça a história de Harold

Apesar de ter sido o único a conquistar o feito de ganhar duas estatuetas do Oscar pelo mesmo trabalho, Harold nunca sonhou em ser ator.

Ele nasceu no Canadá e mudou-se para os EUA logo após a morte de seu pai, em 1921. Até 1941, ele trabalhava em um supermercado, mas não estava feliz com essa vida. Por isso, decidiu representar os EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Após três anos como soldado, uma bomba arrancou suas duas mãos.

Após o acidente, em 1945, ele foi convidado a atuar no filme “Diary of a Sergeant”, que contava a história do seu acidente.

Mesmo sem saber como atuar, ele topou. O sucesso do projeto foi tão grande que ele foi convidado a fazer “Os Melhores Anos de Nossas Vidas”, filme que mudaria tudo.

Com esse filme, ele foi indicado e ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Além disso, ele recebeu a estatueta Honorária, uma homenagem feita pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Ou seja, com o mesmo papel, ele simplesmente levou duas estatuetas para casa.

Trajetória como ator

Apesar do sucesso de seu feito único, Harold ficou bastante tempo sem atuar. Ele só foi participar de outros dois filmes já no fim da vida. Em 1980, ele atuou em “Inside Moves”, e, em 1997, em “Dogtown”. Além desses dois projetos, ele participou do seriado “Trapper John, M.D.”, em 1981, e de “China Beach”, em 1981 e 1989.

Harold faleceu aos 88 anos, vítima de enfarte agudo do miocárdio em 29 de janeiro de 2002, na cidade de Needham, no estado de Massachusetts, EUA.

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Com apenas um único objetivo claro, os Yanomami participaram do Oscar 2023. A participação esteve associada à entrega de uma estatueta aos vencedores de suas respectivas categorias.

A ideia principal por trás dessa ação era dar a oportunidade de tornar o garimpo ilegal um assunto com proporções mundiais, a fim de que ele termine por completo.

Por isso, a estatueta diferenciada entregue por um integrante do povo Yanomami é feita no mesmo formato que a divindade Omama e seu material é madeira. A razão principal para a diferença é que a estatueta não possui nenhuma composição em ouro.

Na visão dos Yanomami, o ouro não é visto como um símbolo do sucesso, mas, sim, de tragédia. Afinal, a principal razão para terem ocorrido milhares de mortes ao longo da história indígena, no Brasil, foi a busca incontrolável pelo ouro.

“Você também tem a oportunidade de se posicionar frente a milhões de pessoas e pedir para o mundo todo o fim do garimpo ilegal do ouro”, alegou um representante do povo.

Onde ficam os Yanomami?

O grupo Yanomami possui aproximadamente 30,4 mil habitantes e está localizado no Brasil, mais especificamente em uma reserva no meio de Roraima e do Amazonas.

De acordo com pesquisas, cerca de 54% do ouro já comercializado no Brasil provêm de fontes ilegais do garimpo.

Essas informações são de uma associação responsável por representar o povo Yanomami. Eles ainda acrescentam:

“O ouro ilegal é garimpado com mercúrio. Litros e mais litros são despejados nos nossos rios, matando nossos animais, matando nossa floresta, matando nosso povo.”

Houve até mesmo uma medida do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que declarou estado de emergência após o registro de inúmeras mortes entre os Yanomami, no fim de janeiro.

Por essa e outras razões, todo esse projeto foi desenvolvido e é fruto de uma campanha para popularizar o assunto em nível mundial, a fim de acabar com a essa situação. Há até mesmo um vídeo voltado para conscientização desse assunto, intitulado “O Custo do Ouro”.

Você pode conferir o vídeo completo abaixo:

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