Em um mundo onde encontros iniciados por aplicativos se tornaram comuns, o Tinder se destaca por oferecer uma série de ferramentas de segurança. No entanto, muitos usuários não estão cientes desses recursos.

De botões de pânico a inteligência artificial, o aplicativo visa garantir a segurança de seus membros em diversas situações.

Nos Estados Unidos, um dos recursos disponíveis é o botão de pânico, que pode ser acionado em caso de emergência durante um encontro. No entanto, poucas pessoas o utilizam. Segundo Yoel Roth, vice-presidente de segurança do Tinder, essa ferramenta permanece subutilizada devido à falta de divulgação.

Parcerias e guias de segurança

No Brasil, o Tinder firmou uma parceria com o projeto Justiceiras, criando o “Guia de Segurança em Dates”. Este guia oferece orientações sobre os recursos de segurança do aplicativo, com foco especial na proteção das mulheres.

Roth destaca que essas iniciativas visam alinhar os recursos às necessidades locais.

Verificação de identidade

A plataforma também utiliza inteligência artificial para banir contas que não seguem as diretrizes. Até 34 milhões de contas foram banidas por não buscarem relacionamentos genuínos.

A verificação de identidade ajuda a evitar fraudes e é uma ferramenta opcional que está ganhando popularidade.

Inteligência artificial contra assédio

Para combater mensagens inadequadas, o Tinder utiliza IA em 40 idiomas para detectar abordagens ofensivas. Questiona o usuário antes do envio, e 20% dos usuários desistem de enviar mensagens ofensivas após o alerta, promovendo um ambiente mais respeitoso.

Compartilhamento de encontros e segurança financeira

Outro recurso é o “Compartilhe Meu Encontro”, que permite aos usuários compartilharem os detalhes de seus encontros com amigos ou familiares. Infelizmente, apenas 40 mil pessoas utilizam essa ferramenta, e a falta de conhecimento é apontada como a principal razão para seu baixo uso.

Para combater fraudes, a Match Group, controladora do Tinder, se uniu à Meta e Coinbase para formar a Coalizão Tech Contra Golpes. Essa iniciativa visa compartilhar informações e identificar usuários fraudulentos, protegendo os usuários de golpes financeiros.

Desde 2021, o Brasil conta com um centro de segurança exclusivo do Tinder, que colabora com as autoridades locais. A empresa realiza treinamentos com a polícia e responde a solicitações em até 24 horas, fortalecendo a segurança dos usuários brasileiros.

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O uso de aplicativos de namoro pelos brasileiros é generalizado, e cada aplicativo tem suas próprias regras de uso. A legislação brasileira atualmente não tem algo específico que trate desse serviço, principalmente em casos de fraude ou atividades criminosas.

No entanto, a situação mudou, pois a deputada Louisiane Lins (PT-CE) apresentou projeto de lei que regulamenta os aplicativos de namoro no país.

Mais segurança em namoros online

Nos últimos anos, essas plataformas foram usadas por criminosos para criar perfis falsos em busca de vítimas dos mais diversos crimes. E essa é uma das principais justificativas da deputada. Lins disse que o regulamento exigiria que os desenvolvedores assumissem a responsabilidade de analisar todos os que usam o sistema.

Existem alguns procedimentos de verificação de identidade, mas os métodos utilizados ainda são vulneráveis ​​e permitem o acesso de indivíduos mal-intencionados. O texto da lei que regulamenta os aplicativos de namoro no país estabelece que, para criar uma conta, é necessário apresentar um documento oficial com foto.

Detalhes do texto sugerido

O Projeto de Lei 2811/2023 foi apresentado na Câmara dos Comuns na semana passada. O objetivo é abranger todos os serviços que trabalham com essa função. Além de um controle de acesso mais forte, o texto prevê a construção de um sistema que facilite a comunicação entre as centrais de atendimento e os usuários. Isso facilita a denúncia de atividades criminosas.

O descumprimento das regras pode resultar em multas para os proprietários de aplicativos, pagando até 5% do valor da conta. Além disso, o Brasil pode proibir o serviço.

O projeto segue na Câmara e será encaminhado às comissões competentes para análise. A votação em plenário não está marcada, mas a iniciativa mostra uma forma mais segura para os brasileiros usarem aplicativos de namoro, além de ajudar a diminuir a violência associada a eles.

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