Certamente, o medicamento dipirona é bastante familiar para muitas pessoas no Brasil, sendo uma escolha para aliviar dores e febres comuns.

No entanto, uma curiosidade surpreendente é que esse remédio é proibido em diversos países ao redor do mundo. Sim, é verdade!

Apesar de ser amplamente consumida por aqui, a dipirona tem sua venda e uso proibidos em países como Estados Unidos e Japão.

Você já se perguntou por que isso acontece? O motivo por trás dessa proibição em algumas nações e a liberação em outras é uma questão complexa, envolvendo questões sobre os possíveis efeitos colaterais e riscos associados ao medicamento.

Porém, no Brasil, a dipirona segue sendo muito usada, mesmo com contraindicações.

Explorar as razões por trás dessa disparidade e entender por que a dipirona é permitida em alguns lugares e proibida em outros é um assunto intrigante.

Se você quer saber mais sobre esse tema e desvendar os motivos por trás dessas divergências, acompanhe a leitura.

Por que a dipirona é proibida?

Imagem: Freepik/Reprodução

A dipirona, embora eficaz no alívio da dor e na redução da febre, pode estar relacionada a riscos de efeitos adversos graves, como reações alérgicas severas, e principalmente à agranulocitose.

De acordo com as pesquisas, a agranulocitose é uma condição médica grave que reduz drasticamente o número de um tipo específico de glóbulos brancos chamados granulócitos, em especial os neutrófilos.

Os granulócitos são células essenciais no sistema imunológico, responsáveis por combater infecções bacterianas.

Quando alguém desenvolve agranulocitose, o sistema imunológico fica significativamente comprometido, tornando a pessoa extremamente vulnerável a infecções.

Os sintomas variam entre febre persistente, dor de garganta, lesões na boca e podem levar até a infecções graves e potencialmente fatais, se não forem tratadas imediatamente.

Diante de tudo isso, a dipirona não foi aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, para uso como medicamento, devido a preocupações com a segurança.

Por que no Brasil é permitida?

No Brasil, a dipirona é amplamente utilizada há décadas e é considerada um medicamento eficaz para o alívio da dor e da febre. Sua disponibilidade sem prescrição médica a torna acessível à população em geral.

Além disso, embora a dipirona possa estar associada a efeitos colaterais graves, como agranulocitose, é importante destacar que tais complicações são consideradas raras, ou seja, difíceis de acontecer.

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Há aproximadamente um século, a Dipirona tem sido uma aliada da maior parte das famílias brasileiras no combate à febre e à dor.

Enquanto esse medicamento isento de prescrição é amplamente utilizado no Brasil e figura entre os mais vendidos, sua história toma um rumo controverso quando olhamos para outras partes do mundo, onde ele é proibido, como nos Estados Unidos e em algumas regiões da Europa. Entenda as razões a seguir.

Proibição por efeito colateral

A medicação, cuja história teve início em 1920 pelas mãos de Hoechst AG, é conhecida por sua eficácia em aliviar desconfortos. Com o passar dos anos, ela se tornou uma das opções mais procuradas nas farmácias brasileiras, sendo encontrada em diversas marcas, como Novalgina, Dorflex e Neosaldina.

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No entanto, o que levou a essa proibição em certas regiões do globo? A resposta reside em uma polêmica que surgiu nos anos 1970, quando estudos levantaram a possibilidade de que o remédio poderia causar um efeito colateral grave: a agranulocitose, uma condição que resulta na redução de células de defesa no sangue, podendo ser fatal.

Apesar das divergências de opinião, o Brasil e alguns outros países mantiveram sua confiança na eficácia e segurança da Dipirona, enquanto nos Estados Unidos e em partes da Europa, a substância foi proibida.

Estudos tanto nacionais quanto internacionais trouxeram à tona resultados contrastantes acerca dos riscos efetivos associados a este medicamento.

E no Brasil?

Apesar da proibição em algumas regiões, o Brasil continuou a utilizar a Dipirona e, até hoje, ela permanece como um recurso confiável para tratar dores e febres agudas.

Laura Marise, farmacêutica bioquímica, aponta que a medicação possui um mecanismo de ação ainda não completamente compreendido, mas que sua eficácia é notável em determinados cenários, rivalizando até mesmo com opioides, em alguns casos.

Assim como qualquer medicamento, ela não é isenta de riscos. É fundamental respeitar as doses recomendadas e estar ciente dos possíveis efeitos colaterais, especialmente em relação a problemas renais ou hepáticos. A orientação de um profissional de saúde é essencial para um uso seguro e adequado da medicação.

A proibição em algumas partes do mundo e sua ampla aceitação em outras são um lembrete dos desafios complexos que envolvem a avaliação e regulação de medicamentos.

Enquanto a controvérsia sobre a segurança da dipirona continua a desafiar os especialistas, o Brasil mantém sua confiança nesse remédio centenário, destacando a importância da pesquisa científica rigorosa e da consideração individual na tomada de decisões médicas.

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