Sem dúvidas, desenvolver um jogo é uma jornada complexa com diversas etapas importantes, e o teste é uma das mais significativas. Inclusive, eles podem garantir o sucesso de grandes jogos, como os famosos títulos da Nintendo.

Os testes costumam acontecer tanto nos estágios iniciais do desenvolvimento, quanto durante demonstrações ou ainda em acessos antecipados. A partir disso, é possível, por exemplo, identificar falhas, bugs e possíveis melhorias de design.

Sobre isso, Stephen ‘Mortdog’ Mortimer, diretor de Game Design na Riot Games e ex-funcionário da Nintendo, compartilhou uma valiosa lição acerca da escolha do público correto para testar jogos.

Desenvolvedor usa redes sociais para explicar fase de testes de jogos

Em uma série de postagens em seu perfil no X, o antigo Twitter, Mortimer compartilhou uma história reveladora de quando tinha 22 anos e trabalhava em seu primeiro projeto na Nintendo, o ‘Mario vs DK2: March of the Minis’.

Ao iniciar os testes do jogo, Mortimer sugeriu recrutar amigos e familiares para fornecer feedback. No entanto, sua chefe discordou dessa abordagem.

Ela explicou que crianças e jogadores experientes poderiam não oferecer um feedback genuíno, pois superariam facilmente os desafios do jogo ou estariam satisfeitos simplesmente por jogar.

Então como seria um teste ideal? Pensando nessa questão, a então chefe de Mortimer sugeriu que mães de 35 anos que não jogavam videogame seriam ideais para os testes.

Isso porque elas teriam uma perspectiva diferente e destacariam áreas confusas ou problemáticas do jogo. Embora inicialmente surpreso, Mortimer concordou em seguir dessa forma.

Assim, os testes subsequentes confirmaram a eficácia dessa escolha, levando a melhorias significativas na compreensão do jogo.

Anos depois, enquanto trabalhava como chefe de Design no ‘League of Legends’ da Riot Games, Mortimer aplicou a mesma lição ao desenvolver os tutoriais do jogo.

Mesmo quando um designer questionou a necessidade de explicar movimentos básicos, os testes revelaram que a maioria dos jogadores precisava dessas instruções.

A lição sobre a importância de escolher o público certo para testar jogos permaneceu válida ao longo dos anos, demonstrando relevância em projetos desafiadores, como ‘League of Legends‘.

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A onda recente de demissões na Activision Blizzard deixou quase dois mil funcionários sem emprego, mas um ex-chefe de Produtos de Tecnologia, Adam Holisky, encontrou uma maneira inusitada de se beneficiar da situação.

Holisky agiu rapidamente assim que soube de sua dispensa, resgatando todos os seus códigos de assinatura anual restantes do jogo de RPG multiplayer ‘World of Warcraft’ (WoW).

Ex-desenvolvedor garante 10 anos de ‘World of Warcraft’

Holisky conseguiu uma assinatura gratuita de ‘WoW’ válida até 2033, antes das possíveis mudanças nas políticas da Blizzard ou no próprio jogo.

O benefício, conhecido entre os funcionários da Blizzard, permite o acesso gratuito ao título, excluindo as expansões, por um período.

O gesto de Holisky, que garantiu cerca de 10 anos de ‘WoW’ gratuito, se tornou um ato simbólico em meio às demissões em massa que ocorreram não apenas na Activision Blizzard, mas também na Xbox.

A história veio à tona quando Holisky compartilhou sua ação nas redes sociais, explicando que usou códigos de assinatura acumulados ao longo dos anos em que trabalhou na empresa.

O ex-funcionário revelou que ele não foi o único a fazer isso. Um colega da Sledgehammer Games também compartilhou sua experiência semelhante de garantir benefícios antes de ser demitido.

O sistema interno da Blizzard, chamado Keyring, chegou a cair devido à alta demanda de ex-colaboradores tentando resgatar seus códigos.

Repercussão nas redes sociais

A história de Holisky viralizou, recebendo apoio e elogios nas redes sociais. Comentários destacaram a perspicácia dele ao obter um benefício não utilizado, enquanto outros compartilharam experiências similares.

Blizzard anuncia nova liderança

Enquanto alguns ex-funcionários buscam maneiras criativas de lidar com as demissões, a Blizzard também anunciou uma mudança em sua liderança.

Johanna Faries, ex-CoD e NFL, assumirá o cargo de presidente da Blizzard Entertainment em fevereiro.

Em comunicado aos funcionários, Faries destacou as diferenças entre Activision, Blizzard e King, afirmando que cada uma é única em jogos, culturas e comunidades.

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O ‘The Game Awards 2023‘, um evento anual que celebra os feitos notáveis da indústria de videogames, tem sido alvo de críticas severas este ano.

Muitos apontam que a premiação, que deveria homenagear desenvolvedores e suas criações, deu mais destaque a celebridades e propagandas que aos verdadeiros protagonistas da noite.

Os discursos dos vencedores foram um dos pontos mais criticados, com relatos de interrupções abruptas, como no caso da Larian Studios durante o prêmio de Jogo do Ano.

Enquanto o CEO Swen Vicke homenageava um desenvolvedor falecido, um aviso no telão instou a finalização rápida do discurso, o que gerou indignação e desconforto. A atitude causou reações negativas entre figuras notáveis da indústria.

O público ficou visivelmente incomodado com a falta de tato da equipe do TGA – Imagem: Twitter/Reprodução

Falta de espaço e reconhecimento

Josh Sawyer, veterano responsável por jogos renomados como Pentiment, Pillars of Eternity e Fallout: New Vegas, apontou a celebração como uma tentativa desesperada de buscar validação através do estrelato, ao colocar os desenvolvedores em segundo plano.

Outro ponto de discórdia foi a disparidade no tempo de exposição entre figuras como Hideo Kojima, que teve mais de seis minutos para apresentar o novo projeto, e os próprios ganhadores, limitados a meros 30 segundos ou até menos para agradecimentos.

O ex-Vambleer, Rami Ismaill, expressou descontentamento ao comparar a brevidade dos discursos dos premiados com a longa apresentação de um projeto que, segundo ele, “literalmente não tem nada a mostrar ainda”.

Desenvolvedores compartilharam a sensação de que o evento trata os vencedores como meros intervalos comerciais para privilegiar anúncios e brincadeiras de gosto duvidoso.

Embora o aspecto comercial do ‘The Game Awards’ seja inerente, a edição de 2023 aparentemente exagerou nesse viés.

Isso abriu o espaço para críticas e a possibilidade de surgimento de premiações alternativas que valorizem mais os criadores e seus feitos.

Enquanto o evento continua a ser uma referência na indústria de videogames, esta edição despertou debates sobre a importância de dar voz e tempo aos verdadeiros protagonistas: os desenvolvedores.

O desafio para o futuro será encontrar um equilíbrio entre entretenimento, propaganda e o merecido reconhecimento às mentes brilhantes por trás dos jogos que amamos.

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A Unity Technologies, uma das principais empresas de desenvolvimento de jogos, anunciou no último domingo (17) que está revisando suas políticas de cobrança em meio a uma onda de controvérsias e críticas da comunidade de desenvolvedores.

A decisão de revisão surge poucos dias após a empresa provocar revolta entre os desenvolvedores com sua proposta inicial de uma “taxa de instalação”.

Embora os detalhes exatos das novas políticas ainda não tenham sido oficialmente divulgados, a Bloomberg relata que a Unity está se preparando para implementar uma nova abordagem, envolvendo uma cobrança fixa de 4% sobre os ganhos dos desenvolvedores.

Entenda a nova abordagem da Unity

Foto: Reprodução

De acordo com informações da Bloomberg, a nova taxa será aplicada apenas aos clientes cujos jogos desenvolvidos com o motor Unity ultrapassem a marca de 1 milhão de dólares em receitas.

Isso representa uma mudança significativa em relação à proposta anterior da Unity, que envolvia uma taxa retroativa baseada no número de instalações de jogos.

A participação nos lucros não terá mais caráter retroativo, afetando apenas os produtos a partir do momento em que as novas políticas entrarem em vigor.

O problema da cobrança retroativa

Uma das principais controvérsias em torno das políticas iniciais da Unity era a intenção de cobrar retroativamente com base nas instalações de jogos.

Isso gerou preocupações entre os desenvolvedores, que questionaram como a Unity registraria com precisão essas instalações e como evitaria a manipulação dos números em detrimento dos criadores de jogos.

A falta de clareza sobre como a Unity distinguiria as instalações de jogos comprados daquelas de títulos distribuídos em bundles ou por atos de caridade também gerou inquietações.

Transparência e reconhecimento dos erros

Marc Whitten, um dos executivos da Unity, explicou que a empresa está em processo de revisão das políticas e que ainda aguardará alguns dias antes de anunciar formalmente os novos planos.

A Unity está atualmente apresentando essas mudanças aos parceiros e desenvolvedores em busca de feedback, trabalhando para alinhar suas mensagens e evitar mal-entendidos.

Em uma reunião realizada recentemente, a liderança da Unity admitiu que o anúncio anterior foi um desastre de comunicação, prejudicando a confiança de vários parceiros e desenvolvedores.

Eles enfatizaram que a empresa está passando por uma transformação significativa em seu modelo de negócios e está comprometida em demonstrar, por meio de ações concretas, seu compromisso em atender às preocupações dos desenvolvedores e parceiros.

Um setor em constante evolução

Essa revisão nas políticas de cobrança da Unity ocorre em um momento em que a indústria de desenvolvimento de jogos está passando por mudanças significativas.

A competição está mais acirrada do que nunca, com um foco crescente em jogos móveis, jogos de plataforma cruzada e modelos de negócios em constante evolução. A Unity, um dos principais players deste setor, busca encontrar um equilíbrio entre seu crescimento e a satisfação de seus desenvolvedores.

A revisão das políticas de cobrança da Unity representa uma resposta direta às críticas e preocupações dos desenvolvedores.

A mudança para uma taxa fixa de 4% sobre os ganhos dos desenvolvedores, com um limite de US$ 1 milhão em receitas, reflete uma tentativa da empresa de abordar as preocupações relacionadas à cobrança retroativa e à falta de transparência.

A Unity está agora focada em reconstruir a confiança dos desenvolvedores e parceiros, enquanto enfrenta as demandas e desafios em constante evolução da indústria de desenvolvimento de jogos.

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No cenário em constante evolução da indústria de jogos, a monetização e a política de preços têm sido temas cruciais de discussão.

Recentemente, a empresa Unity, uma das líderes no fornecimento de motores de jogo, gerou um debate considerável ao anunciar um plano de cobrança que envolve a taxação dos desenvolvedores a cada instalação de jogos criados com sua plataforma.

No entanto, essa decisão provocou uma onda de reações e preocupações dentro da comunidade de desenvolvimento de jogos. Agora, no entanto, a Unity recuou sobre essa estratégia de cobranças.

Unity volta atrás em decisão polêmica

Imagem: varteq/Reprodução

A Unity Engine planejava introduzir uma taxa mensal adicional por cada instalação de jogo, o que causou preocupação entre os desenvolvedores.

No entanto, após uma reavaliação, a empresa decidiu não cobrar por reinstalações, aplicando a taxa apenas na primeira instalação do jogo por usuário. Ainda assim, continuará a cobrar múltiplas taxas para diferentes dispositivos.

Além disso, serviços de assinatura como o Game Pass teriam as taxas direcionadas aos distribuidores, como a Microsoft. A iniciativa de voltar atrás no plano de taxação pode estar associada à reação negativa do público e da indústria dos games.

Entenda o plano original da Unity

A Unity Engine, que anteriormente utilizava um modelo sem royalties baseado em níveis de assinatura, planejava introduzir uma nova taxa para jogos que faturassem mais de US$ 200 mil e tivessem pelo menos 200 mil instalações.

Isso afetaria especialmente os desenvolvedores que usam a versão gratuita, pois seriam cobrados US$ 0,2 por nova instalação após excederem 200 mil downloads.

Os assinantes de planos mais avançados também enfrentarão cobranças adicionais ao ultrapassar certos limites de receita e instalações. Essas mudanças estão programadas para entrar em vigor em janeiro de 2024.

A nova taxa afetaria todos os jogos existentes feitos com a Unity no mercado, incluindo jogos antigos que, caso fossem instalados após o 1º de janeiro, seriam cobrados caso ultrapassassem os limites estabelecidos.

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A indústria de games no Brasil está em pleno crescimento, e a prévia da 2ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games, divulgada pela Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), revela números animadores.

Com um aumento significativo no número de estúdios e profissionais atuando no setor, o mercado de jogos digitais no país está mais vibrante do que nunca.

Uma das informações mais impressionantes é que mais de 1.000 jogos brasileiros foram lançados em 2022. Essa explosão criativa demonstra o potencial da indústria de games no Brasil e a maneira como os desenvolvedores locais estão ganhando destaque no cenário internacional.

Crescimento de estúdios ativos

A pesquisa revelou um crescimento de 3,27% no número de estúdios de desenvolvimento de games ativos no Brasil desde 2021.

Atualmente, há 1.042 estúdios em operação no país, distribuídos principalmente nas regiões Sudeste (58%), Sul (20%), e Nordeste (15%). Esse aumento é um sinal claro do potencial da indústria e da paixão dos brasileiros pelos jogos digitais.

Imagem: Freepik

Além do crescimento no número de estúdios, a indústria de games está gerando mais empregos. Em 2022, 13.225 pessoas trabalhavam na criação de jogos no Brasil, representando um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior.

Essa expansão no mercado de trabalho é uma excelente notícia para os talentos brasileiros que sonham em fazer parte da indústria de games.

Outro dado notável é que 38,7% dos jogos brasileiros publicados desde 2020 foram lançados exclusivamente em 2022. Para sermos mais precisos, 1.008 títulos nacionais chegaram ao mercado no último ano. Isso mostra como os desenvolvedores brasileiros estão investindo em novos projetos e trazendo variedade para os gamers locais e globais.

Criação de propriedades intelectuais

A pesquisa também revelou que 92% dos estúdios nacionais desenvolveram propriedades intelectuais (IP) próprias em 2022, e 49% das empresas criaram pelo menos um jogo próprio. Isso demonstra a criatividade e a inovação dos desenvolvedores brasileiros, que estão construindo marcas e universos únicos no mundo dos games.

Por fim, a Abragames informou que 81% dos estúdios desenvolvedores de games no Brasil têm mais de dois anos no mercado, e 17% deles já comemoraram uma década de atividades. Essa longevidade é um sinal de que a indústria de games no Brasil está se consolidando e continuará a prosperar.

Em resumo, a indústria de games no Brasil está em ascensão, com mais estúdios, mais empregos e uma explosão de lançamentos. Com desenvolvedores talentosos e apaixonados, o Brasil está se destacando cada vez mais no cenário internacional de jogos digitais, prometendo um futuro brilhante para essa indústria em constante evolução.

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