No Japão, um país frequentemente atingido por desastres naturais, surge uma novidade no setor de habitação que promete revolucionar a segurança residencial: a casa flutuante antiterremotos.

Desenvolvida pela empresa Ichijo Komuten, essa inovação está ganhando destaque tanto na mídia quanto entre a população local e internacional.

Esse projeto inovador foi desenhado para enfrentar inundações severas e tremores de terra, tão comuns no arquipélago japonês. O sistema inteligente permite que a casa flutue durante enchentes, enquanto permanece ancorada ao solo de forma segura.

Como funciona a casa flutuante?

Com um custo acessível, a solução pode tornar-se um padrão em áreas de risco. A seguir, explicamos como essa invenção funciona.

Foto: Reprodução

Sistema de flutuação e segurança

O coração da tecnologia está em um sistema de ancoragem robusto. Barras de ferro e cabos espessos mantêm a casa presa ao solo, evitando que ela seja levada pela correnteza.

A residência também possui aberturas automáticas que se fecham durante alagamentos.

Componentes adicionais

Além disso, o encanamento conta com válvulas especiais para evitar o refluxo de água. Os equipamentos elétricos são posicionados na parte superior, fora do alcance da água. Com essa tecnologia, a casa pode flutuar até 5 metros, protegendo moradores e a estrutura.

Custo e a comparação com outras soluções

A instalação do sistema custa cerca de 770 mil ienes (aproximadamente 5.700 dólares). Em comparação com muros de contenção e seguros residenciais, o custo é competitivo.

O valor é considerado um investimento razoável para segurança e tranquilidade.

Desde sua apresentação, a casa tem atraído grande interesse, e países como Indonésia, Filipinas e Brasil já demonstraram curiosidade pela tecnologia. No entanto, desafios como adaptações legais e formação de mão de obra especializada precisam ser superados para sua popularização global.

A casa flutuante antiterremotos da Ichijo Komuten é uma das mais promissoras inovações no setor de habitação. Ela une segurança, funcionalidade e acessibilidade, oferecendo uma resposta eficaz às ameaças climáticas.

Essa inovação marca uma nova era na arquitetura e, possivelmente, transformará de maneira duradoura o conceito de moradia segura em áreas propensas a desastres naturais.

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Os desastres naturais representam uma das maiores ameaças enfrentadas pela humanidade, desencadeando devastação e tragédia em diferentes partes do mundo.

Desde tempestades e furacões até terremotos e inundações, esses eventos são resultado de processos naturais que ocorrem na Terra.

Além da questão geológica dos lugares, a crescente interação entre atividades humanas e o meio ambiente também tem contribuído para aumentar a frequência e a intensidade desses desastres.

Ações antrópicas são as maiores causadoras de desastres naturais em países como, por exemplo, o Brasil.

No caso do nosso país, mesmo tendo uma boa posição geográfica, situado longe dos limites das placas tectônicas, o que significa consequentemente menos riscos de eventos como tsunamis, vulcanismo e terremotos de altas magnitudes, ações como construções em espaços vulneráveis são as principais causas dos desastres.

Local afetado por desastre natural no Brasil – Imagem: Adobe Stock/Reprodução

5 países com menores riscos de desastres naturais

Diante desse cenário, a busca por estratégias de prevenção, resposta e mitigação se tornou uma prioridade global, visando proteger vidas, propriedades e infraestruturas vulneráveis a esses eventos catastróficos.

Neste contexto, é fundamental compreender a natureza desses desastres, suas causas e impactos, bem como desenvolver medidas eficazes para minimizar seus efeitos devastadores.

Em um mundo cada vez mais suscetível a eventos climáticos extremos, a segurança contra desastres naturais tornou-se uma prioridade global.

Sendo assim, vários países têm direcionado investimentos em infraestrutura e políticas de prevenção para proteger suas populações.

A cada ano, o relatório WorldRiskReport é divulgado para embasar essas análises de risco e prevenção.

De acordo com o documento, confira a seguir quais são os cinco países que se posicionam como os mais seguros do mundo para lidar com a fúria da natureza.

1. Andorra

Andorra é considerado o território mais seguro contra desastres naturais, de acordo com o documento divulgado.

Isso acontece devido à sua localização montanhosa e isolada, que a protege de muitos eventos climáticos extremos.

Além disso, sua topografia robusta e medidas de prevenção eficazes consolidam ainda mais a segurança do país.

2. Mônaco

De acordo com o relatório anual, Mônaco é o segundo país mais seguro contra desastres naturais devido à sua localização costeira e ao clima ameno do Mediterrâneo, o que minimiza a exposição a fenômenos climáticos extremos.

Além disso, a prevenção de riscos de Mônaco conta com importantes investimentos tanto nos sistemas de alerta quanto na infraestrutura em geral.

3. San Marino

No terceiro lugar da lista vem San Marino, privilegiado por estar no interior da península italiana.

Essa localização protege o país de eventos climáticos extremos, enquanto suas políticas de prevenção e resposta reforçam sua resiliência diante de possíveis ameaças naturais.

4. São Tomé e Príncipe

São Tomé e Príncipe, localizado no Golfo da Guiné, na costa oeste da África Central, é considerado o quarto país mais seguro contra desastres naturais.

Nesse caso, sua localização geográfica favorável reduz a incidência de fenômenos climáticos extremos.

Além disso, o país implementou eficazes medidas de prevenção e resposta, fortalecendo sua resiliência diante de possíveis eventos adversos.

5. Luxemburgo

Luxemburgo se destaca como o quinto país mais seguro contra desastres naturais, graças à sua geografia privilegiada, com baixa propensão a eventos climáticos extremos.

Além do privilégio geográfico, o governo do país também investiu significativamente em infraestrutura resiliente e avançados sistemas de alerta.

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A Terra é dinâmica e está em constante mudança desde a origem do Universo, a cerca de 4,5 bilhões de anos.

No entanto, por vezes os humanos se esquecem dos grandes impactos geológicos que consequentemente resultam em desastres naturais.

Nesse sentido, é importante destacar que, no atual período em que vivemos, o Quaternário da Era Cenozoica, muitos eventos são causados por ações humanas, como os prejuízos gerados por desastres naturais.

Do ponto de vista geológico, o Brasil é um país muito bem posicionado. A distância entre os limites da placa tectônica evita ocorrências como terremotos, vulcanismo e tsunamis.

Porém, a posição geologicamente privilegiada do ponto de vista dos especialistas não têm sido o suficiente para impedir um alto número em desastres naturais.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) revelou que o Brasil enfrentou um total alarmante de 1.161 desastres naturais em 2023.

Estatística revela dado alarmante sobre o Brasil

Local afetado por desastre natural no Brasil – Imagem: Adobe Stock/Reprodução

Tal estatística alcançou um novo recorde desde a completa operacionalização, em dezembro de 2011, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden). Os dados revelam uma média de três ocorrências diárias ao longo do ano passado.

Dentre as adversidades documentadas, 716 foram classificadas como desastres hidrológicos, abrangendo inundações, enxurradas e alagamentos, o que representa 61,6% do total.

Outros 445 eventos foram categorizados como desastres geológicos, inclusive erosões, deslizamentos e afundamentos, totalizando 38,3%.

Esses números refletem a triste realidade de um desastre natural por dia, o que resulta em perdas humanas significativas, com 132 vidas perdidas, 9.263 feridos, 74.787 desabrigados e 524.863 desalojados. Em 2023, pela primeira vez, o país registrou mais de mil desastres naturais em um único ano.

Portanto, houve um contraste com os anos anteriores de 2022 e 2020, que variaram entre 800 e 900 ocorrências. Entre as cidades mais impactadas, Manaus liderou com 23 registros, seguida por São Paulo (22) e Petrópolis (18).

Além disso, ao longo do ano, o Cemaden emitiu 3.425 alertas de desastres, sendo 1.612 geológicos (47%) e 1.813 hidrológicos (52,9%). Petrópolis se destacou novamente, liderando com 61 alertas, seguida por São Paulo (56) e Manaus (49).

Exemplos dramáticos dessas tragédias incluem as fortes chuvas em São Sebastião, nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2023, resultando em deslizamentos e 65 fatalidades no bairro Barra do Sahy.

Em 9 de dezembro, Angra dos Reis testemunhou a perda de dois idosos por afogamento, enquanto 300 pessoas foram desabrigadas devido às intensas chuvas, levando a prefeitura a declarar estado de emergência diante da destruição provocada pelos eventos climáticos.

Este preocupante cenário ressalta a urgência de medidas preventivas e adaptações diante das crescentes adversidades naturais enfrentadas pelo Brasil.

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Uma semana repleta de mudanças climáticas aguardam um estado específico do Brasil, com surpresas climáticas previstas para os próximos dias. De acordo com as informações da Climatempo, um novo ciclone está se aproximando, com previsão para atravessar as fronteiras do estado.

A data para a passagem do ciclone está prevista para o dia 26, quarta-feira. No entanto, já hoje, dia 25, terça-feira, as temperaturas começarão a mudar. E aqui estamos nos referindo ao Rio Grande do Sul.

Espera-se que este novo fenômeno seja de baixa intensidade em comparação ao anterior, que trouxe ventos impressionantes de até 150 km/h. Desta vez, os ventos previstos podem chegar a 60 km/h. No entanto, ainda assim, é importante se manter alerta e tomar as devidas precauções.

Antes da chegada do ciclone, há previsão de chuvas com volume estimado em 60 mm. Elas podem causar impactos em diferentes áreas, como a agricultura e o abastecimento de água. Por isso, é necessário acompanhar as atualizações e orientações dos órgãos de meteorologia e defesa civil.

Após passar pelo estado gaúcho, o ciclone seguirá em direção ao mar, mas deixará uma mudança significativa em seu rastro. Uma frente fria se instalará na região, fazendo com que as temperaturas caiam consideravelmente.

Sendo assim, os casacos, que estavam guardados, serão novamente necessários para enfrentar o clima mais frio.

Foto: Reprodução

Informações sobre o ciclone

Vale ressaltar que um ciclone é uma mistura de fortes ventos, e seus efeitos podem ser sentidos de diversas formas. Além dos ventos, ele pode interferir na umidade atmosférica, causando chuvas intensas e, em certas situações, até mesmo neve.

É importante que a população esteja preparada e controlada sobre as condições climáticas, para garantir a segurança e minimizar os impactos causados ​​por esse fenômeno natural.

Autoridades meteorológicas e órgãos de defesa civil do Estado do Rio Grande do Sul estão atentos ao desenvolvimento do ciclone e prontos para fornecer informações e orientações à população.

É essencial acompanhar as atualizações dos boletins meteorológicos e seguir as recomendações das autoridades para garantir a segurança de todos.

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Nesta semana, uma ocorrência incomum e devastadora abalou os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina: um ciclone extratropical.

Esse fenômeno climático trouxe consigo uma série de danos materiais e, infelizmente, registros de mortes. Além desses efeitos trágicos, o ciclone também causou uma mudança significativa nas condições climáticas, provocando uma queda acentuada nas temperaturas nos dias subsequentes.

Na manhã desta sexta-feira, dia 14, a cidade do Rio de Janeiro amanheceu com um clima totalmente distinto dos dias anteriores.

O cenário era de nuvens carregadas e um clima ameno, totalmente diferente da atmosfera quente e ensolarada que predominava nos dias anteriores. Além disso, o mar apresentava uma ressaca intensa, gerando alerta para a população local.

Essas mudanças climáticas são atribuídas à chegada de uma frente fria que se estabeleceu em algumas regiões do país. De acordo com os dados divulgados pelo Sistema Alerta Rio, os termômetros marcaram 15  °C logo pela manhã, no bairro Alto da Boa Vista.

No entanto, o Rio de Janeiro não foi o único lugar afetado pela queda drástica de temperatura. Outras regiões, como Bagé, no Rio Grande do Sul, e São Mateus do Sul, no Paraná, registraram apenas 2 °C.

Novo Horizonte, em Santa Catarina, também teve uma baixa significativa, atingindo 2,7 °C.

(Foto: Fabiano Rocha; Agência O Globo/Reprodução)

Neve em Santa Catarina

Para surpresa e encanto dos moradores de Bom Jardim da Serra, São Joaquim e Urubici, em Santa Catarina, a queda nas temperaturas trouxe uma experiência única neste inverno: a neve.

Pela primeira vez, puderam testemunhar a beleza desse fenômeno natural. Um vídeo feito pela Polícia Militar Rodoviária registrou esse momento especial, trazendo euforia e ansiedade para aqueles que presenciaram a neve pela primeira vez.

Diante do atual cenário, a população dessas regiões deve ficar atenta e procurar seguir as medidas preventivas de segurança geralmente divulgadas oficialmente pela Defesa Civil de cada localidade.

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É amplamente sabido que desfrutamos de uma localização privilegiada quando o assunto são  desastres naturais, como terremotos e tsunamis.  

No entanto, recentemente, muitas pessoas ficaram surpresas com os abalos sísmicos sentidos em São Paulo. Mas não se preocupe, pois o mundo não está acabando! Embora esses eventos sejam raros, é verdade que eventos naturais ocorrem, embora em menor escala.  

Diante desse contexto, muitos se questionam sobre o que mais poderia ocorrer em nosso país. Seria possível, por exemplo, uma erupção vulcânica? A seguir, confira a quais riscos o Brasil está exposto em relação a desastres naturais.  

É possível que um vulcão entre em erupção no Brasil?

Como dito anteriormente, o Brasil desfruta de uma posição privilegiada, estando distante das bordas da placa tectônica sul-americana, o que nos protege de terremotos e tsunamis devastadores que afetam outros países.    

No entanto, embora mais raros, esses fenômenos podem ocorrer em território brasileiro em escalas menores. Na semana passada, houve um tremor incomum registrado em Iguape, no litoral sul de São Paulo.

O abalo sísmico alcançou 4,0 na escala Richter, considerado de magnitude ligeira. Embora esse evento tenha sido relativamente tranquilo, é importante destacar que o Brasil já enfrentou tremores mais intensos, incluindo um em 2007 que resultou em uma vítima fatal.  

Nesse sentido, moradores do Vale do Ribeira estão preocupados com a possibilidade de um suposto vulcão adormecido entrar em erupção após o recente terremoto na região. De acordo com os residentes da área, tal vulcão teria apresentado atividade no século XVIII.

Todavia, não existem evidências geológicas de erupções vulcânicas no século XVIII. Além disso, é importante destacar que a atividade vulcânica não está relacionada aos tremores, que são causados pelos movimentos das placas tectônicas.

Por fim, saiba que não há motivos para pânico! Especialistas em Geologia afirmaram que não há vulcões ativos no Brasil, e a paisagem do Vale do Ribeira é formada apenas por formações rochosas.

Ou seja, mesmo que aconteçam terremotos, não existe a mínima possibilidade de um vulcão erodir, pois simplesmente não há nenhum na região.  

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Um dos maiores medos da humanidade são os eventos naturais catastróficos, como tsunamis, terremotos e furacões. Isso porque são eventos incontroláveis e, quando ocorrem, os desastres resultantes são enormes.

Por isso, muitas pessoas que vivem em certas regiões do planeta lidam com essa constante preocupação. E muitos países têm histórias assustadoras para contar sobre esses eventos.

Afinal, quem não conhece a história da cidade de Pompeia, por exemplo? É o local, na Itália, que foi devastado por uma erupção vulcânica ocorrida há mais de 1.900 anos e que deixou marcas permanentes.

E, agora, mais uma vez, o país se alarma com uma descoberta científica que relembra esses acontecimentos e coloca em risco grande parte do seu território com uma possível erupção do vulcão mais perigoso do continente.

Após 485 anos inativo, vulcão na Europa pode entrar em erupção

De acordo com um estudo publicado na revista científica  Communications Earth & Environment, na última sexta-feira (9/6), o vulcão mais perigoso de toda a Europa pode estar finalmente acordando de seu sono de 485 anos.

Isso, porque o vulcão, localizado próximo a Nápoles, na Itália, e conhecido como Campi Flegrei, está dando indícios de um rompimento de sua superfície.

O local é um aglomerado de montes e crateras muito próximas ao Vesúvio (vulcão que destruiu Pompeia). Estima-se que milhares de pequenos terremotos ocorreram na região nas últimas décadas, o que resultou em uma crosta com risco de ruptura.

Portanto, caso uma erupção ocorra, mais de um milhão de pessoas podem sofrer diretamente com as consequências, uma vez que são moradores das regiões ao redor do complexo de vulcões.

Além disso, a projeção, ainda segundo os pesquisadores, para um caso parecido aos anteriores é de que a erupção poderia causar inúmeros tsunamis, lançar gases nocivos à atmosfera e sua nuvem de fumaça tóxica causaria um inverno na Terra, matando incontáveis espécies da fauna e da flora.

Confira o vídeo de simulação da erupção:  

Então estamos em risco?

Não, não é bem assim. Na verdade, não há nenhuma garantia de erupção, como explica o autor do estudo, Christopher Kilburn, professor na Universidade College London, do Reino Unido.

“Nosso novo estudo confirma que Campi Flegrei está se aproximando da ruptura. Isso não significa que uma erupção esteja garantida. A ruptura pode abrir uma rachadura através da crosta, mas o magma ainda precisa estar empurrando para cima no local certo para uma erupção ocorrer.”

Além disso, a erupção mais forte registrada no Campi Flegrei foi de magnitude 7, sendo que a partir do índice 8 se considera uma erupção de alta magnitude.

Metodologia do estudo

Os cientistas fizeram leituras sísmicas e estudaram a elevação do solo, tentando analisar qual seria a resistência da região ao fenômeno observado. Embora a ruptura possa parecer preocupante, para ocorrer uma erupção, outros fatores devem ser considerados, como o acúmulo de gases e a movimentação do magma, que não podem ser previstos.

Por isso, o vulcão pode simplesmente estar em uma pequena dança de subida e descida suave, assim como outros fazem ao redor do planeta, podendo voltar a adormecer por mais centenas de anos.

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Recentemente, o estado de São Paulo foi assolado com inundações devido ao aumento de chuvas, as quais causaram deslizamentos e enchentes. O assunto repercutiu em diversas mídias devido às inúmeras perdas, totalizando até o momento 48 mortes e 57 desaparecidos.

Esses acidentes naturais levantaram novamente a discussão sobre construções em locais de risco e a marginalização da sociedade.

Porém, São Paulo não é o único estado do Brasil com riscos decorrentes do ambiente. Atualmente, devido ao aumento das chuvas, um problema “comum” para os moradores de Buriticupu, no Maranhão, passou a preocupá-los ainda mais.

Há mais de 30 anos, os moradores convivem com as voçorocas, que são enormes crateras formadas no solo. Porém, conforme já dito, devido ao aumento de chuvas, a erosão causada pelas voçorocas aumentou consideravelmente, e agora a cidade lida com 26 crateras gigantes.

A cidade de Buriticupu está situada em um terreno mais elevado, portanto, em suas laterais existem declividades que levam a pequenos rios. Em razão da retirada da vegetação nativa, o solo mais frágil ficou exposto, condicionando uma ação mais forte pelas chuvas e intempéries, causando o surgimento das voçorocas.

Na imagem abaixo, é possível ter uma dimensão do tamanho das crateras que assombram os sonhos dos habitantes de Buriticupu. Inclusive, muitos deles relatam estar com medo de que as voçorocas continuem avançando e acabem “engolindo” suas residências.

Como se formam as voçorocas?

As voçorocas são fenômenos geológicos causados pela retirada da camada vegetal que protege o solo. Esse processo, por sua vez, deixa o solo mais propenso à chuvas e intempéries. Devido à falta de vegetação, o solo acaba absorvendo toda a água da chuva, que infiltra-se até um “limite” entre o solo mais macio e o solo mais duro.

Lá essa água passa a se acumular, devido à dificuldade de penetrar o solo mais duro, consequentemente erodindo o solo macio, causando então uma ausência de estabilidade. Essa desestabilidade condiciona, por sua vez, os deslizamentos em áreas com maior declividade, desta forma, dando origem a uma voçoroca.

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Nos últimos dias, os noticiários voltaram-se para as tragédias que aconteceram no litoral norte do estado de São Paulo. No final de semana passado, uma enorme quantidade de chuva atingiu o estado, em razão de temporais que se formaram pelo encontro de uma frente fria intensa vinda do Sul do Brasil, junto a uma zona de baixa pressão atmosférica.

Esse evento causou uma acumulação anormal de nuvens de chuva extremamente carregadas, que precipitaram sobre o litoral do estado.

Em razão da topografia local, por consequência da enorme quantidade de chuva, houve deslizamento e inundações que afetaram diretamente os residentes de cidades do litoral norte, como Bertioga, Ilhabela, Ubatuba, Caraguatatuba e principalmente a cidade de São Sebastião, a qual declarou estado de calamidade pública.

Mas por que São Sebastião e as outras cidades foram tão afetadas?

Logo abaixo, você pode conferir um mapa em 3D, visto na plataforma do Google Earth. Conforme pode ser visto na captura de tela, a região de São Sebastião está localizada no litoral, logo ao lado de um planalto.

Portanto, as chuvas que foram levadas pela zona de baixa pressão para o topo do planalto, devido à sua excessiva precipitação, ocasionaram o escoamento pela encosta.

Pela alta quantidade de água, cerca de 626 milímetros, ou seja, mais de meio metro de água, houve um enorme deslizamento que acabou destruindo as casas logo abaixo.

Já aquelas que não foram afetadas diretamente pelo deslizamento foram inundadas devido ao aumento do nível do mar pela baixa pressão, o que impediu o escoamento da chuva para o oceano.

Desta forma, a cidade ficou basicamente inundada, levando à necessidade de auxílio do estado e da União para socorrer os residentes, buscar pelos desaparecidos e dar apoio aos desabrigados.

Como auxiliar os afetados pela situação?

Como foi explicado anteriormente, trata-se de um desastre natural, do qual, mesmo com previsão para grandes chuvas, não era possível se proteger. Portanto, as pessoas afetadas nada poderiam fazer para impedir os acontecimentos.

No entanto, os afetados já estão sendo socorridos pelo governo, que está passando todas as instruções e auxílios para a superação da crise. Quanto aos demais, é possível auxiliar aos necessitados com doações para que os suprimentos perdidos, tais como água mineral, colchões, cobertores, alimentos e roupas, possam ser repostos.

Segundo o site oficial do governo de São Paulo, o estado está fazendo o possível:

“O Fundo Social de São Paulo e a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil encaminharam até a noite de ontem (21), 37,5 toneladas de doações para as vítimas da chuva no litoral norte paulista”.

Para aqueles que desejam realizar doações, o site também disponibiliza meios para que isso seja feito:

“Para doar cestas básicas:

Conta Bancária
Banco do Brasil
Agência nº 1897-X
Conta corrente nº 19.490-5
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98

Chave Pix:
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98

Para doar cobertores:

Conta Bancária
Banco do Brasil
Agência nº 1897-X
Conta corrente nº 19.771-8
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98

Chave Pix:
doacoesfussp@sp.gov.br”.

Quanto à previsão para os próximos dias, o site especializado em informações meteorológicas Climatempo alerta para que os residentes do Sudeste brasileiro estejam atentos aos riscos de eventuais temporais. Portanto, caso resida nos pontos mais críticos, fique de olho nos noticiários de sua região, bem como nos pronunciamentos oficiais do governo.

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Você sabia que a cidade do Rio de Janeiro e a National Aeronautics and Space Administration (Nasa) possuem uma parceria? Pois é, essa parceria está atrelada à prevenção da cidade brasileira contra desastres naturais. No intuito de preservar o Rio, a agência americana compartilha algumas dicas com a prefeitura da cidade caso haja necessidade.

Inclusive, recentemente, Jacqueline Ward, cônsul-geral dos Estados Unidos, fez uma visita ao Centro de Operações e Resiliência (COR) da cidade, a fim de ver como está a implementação de alguns modelos de prevenção oferecidos pela Nasa à cidade do Rio. Saiba mais detalhes sobre essa parceira a seguir.

A parceria entre Rio e Nasa

A parceria entre a Nasa e o Rio de Janeiro foi renovada em 2021. Esse acordo possui como intuito não só ajudar, mas também auxiliar a prefeitura a lidar com os desastres naturais e as mudanças climáticas que acometem a cidade. Até então, os resultados têm sido satisfatórios para ambos os lados.

Na última sexta-feira (13), a cônsul-geral americana esteve no COR para uma visita. De acordo com ela, essa parceria tem sido algo incrível, além de ser motivo de orgulho tanto para os brasileiros quanto para os norte-americanos.

“Para mim é uma experiência muito especial estar aqui no COR conhecendo os recursos da cidade do Rio para prevenção e resposta a desastres naturais. E é um orgulho ainda maior saber que a parceria da Nasa está contribuindo para aprimorar o monitoramento, garantindo ainda mais segurança e proteção para os cariocas”, afirmou Ward.

Nessa parceria, acontece uma troca de informações, modelos e dados, além de conhecimentos científicos e operacionais sobre os desastres naturais e as mudanças climáticas. Por meio desse projeto, a cidade do Rio de Janeiro pode enfrentar alguns problemas de maneira mais tranquila e eficaz.

Além disso, com esse acordo, surgiu uma ferramenta: o modelo de Avaliação de Perigos de Deslizamento para Consciência Situacional. Essa ferramenta visa ao monitoramento das chuvas de Verão que acontecem com frequência no início do ano na cidade do Rio de Janeiro.

A ferramenta não só monitora, mas também é capaz de apresentar os riscos de deslizamentos de terra por conta das chuvas. Além disso, foi totalmente desenvolvida pela Nasa, junto da Geo-Rio e do Instituto Pereira Passos.

“A parceria é superimportante e está gerando frutos para ambas as instituições: ao adaptar os modelos globais para o local, a agência espacial americana pode verificar a eficiência do modelo e, a partir dos aprendizados no Rio, replicá-lo ajudando outras cidades”, afirmou Carlos Krylkhtine, presidente do Instituto Pereira Passos.

A ferramenta também apresenta atualizações para o verão deste ano. Além disso, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade global a fazer esse tipo de parceria com a Nasa. Outras novidades e ferramentas estão por vir com essa parceria, como um modelo de previsões de inundações urbanas.

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