A depressão, uma condição mental debilitante, apresenta-se com uma variedade de sinais cognitivos e afetivos que impactam significativamente a vida diária.

Os sintomas cognitivos incluem pensamentos negativos persistentes, autocrítica, dificuldade de concentração e tomada de decisão prejudicada.

Os sinais afetivos, por sua vez, manifestam-se com a tristeza profunda e a falta de interesse em atividades cotidianas. Ambos desempenham um papel crucial na manifestação e perpetuação da depressão.

Super Mario: um aliado no tratamento

Um estudo inovador, conduzido na Alemanha e publicado na revista Frontiers in Psychiatry, lançou luz sobre uma abordagem única para tratar os sintomas cognitivos da depressão: jogar ‘Super Mario Odyssey’.

O estudo envolveu 46 pessoas diagnosticadas com depressão, e os pesquisadores focaram em resolver os sinais cognitivos, já que, muitas vezes, os pacientes conseguem abordar os problemas afetivos, como a tristeza, mas lutam com os cognitivos.

Durante seis semanas, uma parte dos pacientes foi submetida a sessões regulares de jogos de ‘Super Mario Odyssey’ no console Nintendo Switch.

Moritz Bergmann, autor da pesquisa, observou resultados surpreendentes. Os índices de disfunções cognitivas nos pacientes participantes das sessões de jogos diminuíram quase pela metade.

Parece que a imersão no universo lúdico e desafiador do game proporcionou uma melhoria significativa nos sintomas cognitivos, como pensamentos negativos persistentes e dificuldades de concentração.

Isso sugere que as atividades de entretenimento interativo podem ser incorporadas como complemento aos tratamentos tradicionais para a depressão, pois oferecem uma abordagem inovadora para lidar com os sintomas cognitivos persistentes.

A capacidade de ‘Super Mario Odyssey’ de envolver os jogadores em uma narrativa cativante e desafios estimulantes contribuiu para a melhora observada nos participantes do estudo.

‘Super Mario Odyssey’ está disponível apenas para o console Nintendo Switch, e a descoberta ressalta o potencial terapêutico dos jogos interativos.

Desse modo, o estudo destaca a importância de explorar novas abordagens para o tratamento da depressão, ao considerar tanto os aspectos cognitivos quanto afetivos.

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O fim de ano é um período marcado por festas, comemorações e reflexões sobre o término de mais um ciclo e o início de novas expectativas e planos.

No entanto, essa temporada festiva pode trazer consigo a chamada síndrome de fim de ano, ou como alguns chamam, ‘dezembrite’.

‘Dezembrite’: o que é essa síndrome, afinal?

Essa síndrome está relacionada ao aumento exponencial de casos de depressão e ansiedade, conforme revelou um estudo realizado pela International Stress Management Association Brasil, que analisou 678 homens e mulheres de 25 a 55 anos.

No Brasil, o nível de estresse tende a aumentar cerca de 75% durante o mês de dezembro.

Diversos fatores contribuem para o aumento significativo de ansiedade e depressão neste período. Um dos principais motivos é a revisão de metas e objetivos não alcançados ao longo do ano.

Tristeza de fim de ano – Imagem: Pax Bahia/Reprodução

Por que isso acontece?

Muitas pessoas se veem confrontadas com sonhos que foram deixados de lado, enquanto outras celebram suas conquistas. Essa disparidade pode gerar sentimentos de inadequação e frustração.

O Natal e o fim de ano, geralmente associados a momentos familiares felizes, podem ser dolorosos para aqueles que perderam entes queridos.

A ausência de familiares durante as celebrações pode desencadear sentimentos intensos de tristeza, acentuando a vulnerabilidade emocional.

Além disso, as redes sociais desempenham um papel significativo no aumento do estresse emocional.

A constante exposição a vidas aparentemente perfeitas de outras pessoas nas redes pode levar à comparação e, por vezes, à sensação de insuficiência.

A busca incessante por validação online pode criar um ciclo de insatisfação e afetar negativamente a saúde mental.

Portanto, é fundamental reconhecer a complexidade desses sentimentos durante o fim de ano e adotar estratégias para enfrentar essa fase desafiadora.

Conversar com amigos, familiares ou, principalmente, com profissionais de saúde, estabelecer metas realistas e praticar o autocuidado são passos importantes para lidar com a síndrome de fim de ano, ou ‘dezembrite’, e garantir um período mais saudável e emocionalmente equilibrado.

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Um recente estudo conduzido por cientistas da University College London trouxe à luz uma correlação alarmante entre a quantidade de sono e o risco de depressão. O estudo, divulgado na prestigiosa revista Nature, aponta que indivíduos que repousam menos de cinco horas por noite estão mais propensos a enfrentar episódios depressivos nos subsequentes quatro a 12 anos.

Resultados da pesquisa

A análise não focou no sono real, mas sim na predisposição genética para dormir menos. Ela revelou que tal predisposição eleva o risco de sintomas depressivos em 2,5 vezes.

O estudo envolveu uma análise meticulosa dos dados genéticos e de saúde de 7146 participantes, com uma média de idade de 60 anos. Odessa Hamilton, cientista líder da investigação, compartilhou que, ao explorar a suscetibilidade genética às doenças, foi possível determinar que o sono provavelmente antecede os sintomas depressivos, e não o contrário.

Imagem: NadyaPhoto/Getty Images Signature

Os números são reveladores: 11,47% de todos os participantes idosos reportaram episódios depressivos. Este dado ressalta a necessidade imperativa de atenção à qualidade do sono, especialmente entre a população mais velha.

Hamilton destaca a importância do estudo ao elucidar a conexão entre a falta de sono e a depressão, enfatizando a relevância da pesquisa contínua neste campo, especialmente diante do envelhecimento populacional global.

O estudo da University College London ilumina uma faceta preocupante da saúde mental, colocando em destaque a relação entre a privação de sono e a depressão. Essa relação é complexa e multifacetada, sendo extensivamente explorada na literatura científica.

A privação de sono e a terapia de luz, por exemplo, alvejam o mesmo sistema de neurotransmissores cerebrais e áreas cerebrais que os medicamentos antidepressivos, sendo utilizadas clinicamente para tratar a depressão​​.

Outros estudos corroboram a ligação entre problemas de sono e depressão. Problemas comuns de sono associados à depressão incluem insônia, hipersonia e apneia obstrutiva do sono. Estima-se que cerca de 20% das pessoas com depressão têm apneia obstrutiva do sono e cerca de 15% têm hipersonia.

Esses problemas de sono podem influenciar a função do neurotransmissor serotonina, contribuindo assim para o desenvolvimento de sintomas depressivos. Em particular, pessoas com insônia têm um risco dez vezes maior de desenvolver depressão do que aquelas que dormem bem. Entre as pessoas com depressão, 75% têm dificuldade em adormecer ou manter o sono.

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A culinária é extremamente diversificada em diferentes culturas e regiões do mundo. Com o passar dos anos, os costumes alimentícios têm mudado, principalmente com a criação de fast-foods e outras comidas de ingestão rápida e fácil.

Um dos alimentos mais comuns, que consegue passar por praticamente todas as formas de culinária, é a batata. A maneira mais corriqueira de preparo desse tubérculo é na fritura, isto é, as fatias de batata são banhadas em óleo quente e posteriormente temperadas com sal ou outros condimentos.

Embora o vegetal traga diversos benefícios à saúde, o consumo de batata frita pode trazer mais malefícios do que benefícios, indo muito além do índice calórico.

Estudo associa batatas fritas a doenças psicológicas

Esse alimento de fácil plantio e extrema popularidade no planeta, sendo consumido por centenas de milhões de pessoas todos os dias, pode até ser delicioso, mas também pode causar problemas que talvez não valham seu sabor.

Um recente estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e feito por pesquisadores de Hangzhou, na China, revelou que a ingestão de frituras, em especial, de batatas fritas, está relacionada ao diagnóstico de ansiedade e depressão.

O estudo avaliou 140.728 indivíduos por quase 12 anos. Dentre as pessoas que consumiam frituras, foram registrados 12.735 casos de depressão e 8.294 casos de ansiedade, com um aumento de 2% no risco de depressão para aqueles que consumiam batatas fritas em comparação com quem consumia carne branca frita.

Motivos e conclusões

Os cientistas alegam que a alta exposição a um contaminante do processo de fritura, a acrilamida, altera o metabolismo de lipídeos do cérebro e causa neuroinflamação.

Contudo, a equipe de pesquisa alerta que não há uma relação comprovada de causa e efeito entre o consumo de batatas fritas e o desenvolvimento dessas doenças.

Existem dois caminhos possíveis: ou o consumo de frituras realmente aumenta o risco das doenças associadas, ou então a ingestão do alimento está relacionada com o alívio e sensação de reconforto que pessoas com depressão e ansiedade buscam.

Sendo assim, ainda são necessárias mais investigações na área para a comprovação dos efeitos dessa comida.

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Você se sente mais triste? Ou com algum sentimento completamente negativo que mexe com você? Porque um estudo feito com mais de 1 milhão de pessoas levantou essa hipótese, afirmando que aumentaram os diversos sentimentos negativos entre a população.

A enquete global Gallup World afirma que, de 2009 para 2021, o aumento de pessoas mais tristes, com raiva, ou estressadas subiu de 25% para 31%. Considerando os números, isso pode ter um grande impacto na vida das pessoas.

De acordo com o estudo, publicado na The Proceedings of the National Academy of Sciences, pessoas com mais de 15 anos foram escutadas em cerca de 113 países.

A presença do sentimento se mostrou bem comum entre pessoas de diferentes países, entretanto, o que chama a atenção é que isso se potencializa em pessoas com menor nível educacional e menor renda.

Inúmeros estudos mostram que esses casos estão crescendo e não é de agora que isso é debatido. Nos Estados Unidos, por exemplo, um estudo recente mostra que a angústia extrema aumentou de 3,6% em 1999 para 6,4% em 2019.

Outro local que conta com esses estudos recorrentes é o Reino Unido, que confirma que por lá também esses dados costumam aumentar em pessoas que têm um nível menor de educação e precariedade do mercado de trabalho.

Por isso, é muito importante prestar atenção a alguns pontos com pessoas que demonstram esses sentimentos negativos.

Como e quando pedir ajuda?

É importante lembrar que recentemente a pandemia de covid-19 pode ter ajudado e muito nessas questões. Por isso, especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein afirmam que o alerta vermelho se acende quando tudo vira uma eterna preocupação para a pessoa, o que pode desenvolver quadros de depressão e ansiedade.

É importante que as pessoas tenham uma rede de apoio segura e eficiente, além de procurar ajuda o quanto antes. Terapia e alguns atendimentos especializados para pessoas nessa situação podem evitar finais mais trágicos. Se você não consegue lidar com esse tipo de sintoma sozinho, procure ajuda.

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Os transtornos mentais, como a depressão, são um grande problema de saúde pública em todo o mundo. A dificuldade em identificar os sintomas desse transtorno pode levar a um diagnóstico tardio e, consequentemente, a um tratamento menos efetivo.

Para ajudar nessa tarefa, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma Inteligência Artificial (IA) capaz de diagnosticar a depressão a partir das postagens dos usuários no Twitter.

Os estudos estão na segunda etapa, na qual os pesquisadores estão focados em criar modelos de previsão. Assim, a tecnologia consegue detectar se o usuário está com algum tipo de tendência depressiva, considerando seus posts e os perfis que segue na rede social.

Tecnologia da USP pode detectar usuário do Twitter com depressão

A Inteligência Artificial com base de dados foi nomeada de SetembroBR, em referência ao mês de prevenção contra o suicídio. Atualmente, a pesquisa conta com conexão de 3,9 mil usuários do Twitter. Assim, a IA do estudo observa o comportamento dos voluntários na rede social.

Antes de usarem a ferramenta da USP, todos os participantes da pesquisa revelaram ter diagnóstico de depressão ou estar em algum tratamento para transtorno mental. Esses resultados são promissores para a conclusão do mecanismo.

A tecnologia detecta os padrões de posts do usuário do Twitter e o conteúdo de suas mensagens. Além disso, pessoas com depressão tendem a seguir outros perfis com os quais se identificam, considerados como perfis depressivos.

Estes costumam compartilhar seus sentimentos e experiências relacionadas à doença, e podem ter um impacto negativo na saúde mental dos seguidores.

“Essas pessoas se atraem porque têm interesses comuns”, explicou Ivandre Paraboni, o principal autor do estudo, ao Jornal da USP.

Os tuítes usados na pesquisa foram anônimos, assim, os participantes da pesquisa não poderiam ter seus perfis identificados. A etapa seguinte do estudo é expandir a base de dados e aprimorar a técnica computacional. O intuito é utilizar a ferramenta na prática, futuramente.

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Entre Janeiro Branco e Setembro Amarelo, a saúde mental é uma questão que precisa ser discutida o ano todo. O que antes era tabu agora é percebido como uma parte essencial do cotidiano e as pessoas têm se preocupado mais com a saúde mental no Brasil.

Nesse cenário, o processo de quarentena e isolamento durante a pandemia de covid-19 contribuiu para acentuar o quadro de vários transtornos mentais, como ansiedade e depressão.

De acordo com dados do último estudo global realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem a maior prevalência de transtornos de ansiedade. Além disso, está na quinta posição entre os países na faixa da depressão.

Mas quais fatores contribuem para afetar ou agravar transtornos mentais e quais são muito presentes quando consideramos a saúde mental no Brasil? Confira-os a seguir.

1. Fator econômico

Dados comprovam um nível maior de incidência de transtornos de ansiedade em pessoas em situação de vulnerabilidade econômica. Esse quadro também era acompanhado de casos de depressão.

Pense no cenário: as contas chegam e os recursos financeiros não conseguem atender às demandas. A insegurança financeira e a falta de alternativas e recursos para lidar com essa situação são a combinação para agravar quadros de ansiedade e depressão.

2. Questões emocionais

Estudos mostram que famílias com acesso à informação e educação de qualidade tendem a criar ambientes sociais mais estáveis. Isso influencia na qualidade da saúde mental dos componentes familiares.

Lembre-se de que esse acesso também tem relação com o fator que citamos anteriormente. Escolher entre assinar um jornal e comprar o arroz não é uma decisão necessariamente prática.

3. Rotina 

Como canta Seu Jorge, “todo dia ela faz tudo sempre igual”. Pode parecer monótono e maçante. Mas esse estado de estabilidade é um fator fundamental para a qualidade da saúde mental.

O fato de já saber o que vai acontecer com antecedência é a previsibilidade que diminui níveis de estresse, uma vez que não precisamos tomar decisões em cima da hora. Porém, rotina não é somente sobre as responsabilidades do dia a dia, mas também sobre a possibilidade de criar momentos de descanso e diversão.

Uma rotina estável contribui não só na prevenção, mas também é um recuso no tratamento de transtornos mentais, como a ansiedade.

O contrário também é verdadeiro. Não só a falta de rotina como também rotinas muito rígidas, com sobrecarga de trabalho e prazos irrealistas, corroboram para o adoecimento psíquico.

O que é feito a favor da saúde mental no Brasil?

Ao longo do artigo, percebemos que vários fatores que afetam a saúde mental fogem da possibilidade das pessoas de terem um poder real de ação sobre ele. Por isso, criar políticas públicas de acesso é fundamental.

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são locais que oferecem serviços gratuitos para a comunidade, a fim de proporcionar um recurso para o cuidado da saúde mental no Brasil. Os acompanhamentos são realizados por meio de atendimentos individuais e em grupo, ou ações terapêuticas, como atividades esportivas e atendimento familiar.

Para encontrar um centro mais perto de você, dê um Google em “CAPS + o nome do seu município”; o resultado da pesquisa mostrará as opções mais próximas de você.

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A síndrome de pica (ou ainda picacismo e alotriofagia) é um transtorno que faz com que as pessoas sintam o desejo de comer coisas estranhas, como barro, tijolo, cola, papel, terra e outras.

O nome questionável e que pode levar as pessoas a terem certo medo de saber mais a respeito é uma referência ao pássaro pica-pau ou pega-rabuda, que se alimenta de forma aleatória sem ter algo exclusivo para sua dieta.

Os pacientes diagnosticados com essa síndrome já revelaram ter tido vontade de comer tinta, sabão líquido ou em barra e pregos. Não são muitos os casos de pessoas que sofrem com essa doença, mas existe uma porcentagem de pacientes diagnosticados.

Os pacientes com esse problema podem revelar os primeiros sintomas na infância, já que é comum que, durante a introdução alimentar, esses pequenos comam alimentos incomuns, mas o esperado é que, após a idade avançada, a criança comece a parar com esses costumes.

No entanto, alguns não param e podem continuar fazendo isso até a idade adulta. De acordo com o psiquiatra Saulo Ciasca, a vontade de comer o que não deve é tão intensa que a pessoa não consegue resistir, mesmo sabendo que não deve fazer isso.

Diagnóstico do transtorno

O diagnóstico não vem apenas de uma pessoa desejar comer coisas estranhas, e sim de ela permanecer com o desejo de comer coisas variadas e incomuns por mais de um mês.

Os médicos que atuam no tratamento dessa síndrome afirmam que as causas são variadas, e por isso muitos fatores precisam ser levados em conta, como, por exemplo:

Às vezes, pode ser um paciente lidando com a anemia que causa falta de ferro, e assim estimula o desejo por isso no organismo. Pessoas com transtornos mentais também podem lidar com esse problema, como: esquizofrenia, alguns tipos de depressão, ou Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) ou alguma deficiência nutricional grave.

Algumas pessoas gestantes sentem desejos incomuns algumas vezes, mas isso nem sempre significa que ela tem alotriofagia.

O tratamento envolve o acompanhamento com um clínico geral, geriatra, pediatra, psicólogo ou psiquiatra. Cada médico irá avaliar o paciente de uma forma, e por isso o tratamento depende do especialista que está realizando o procedimento.

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A depressão se tornou o mal do século. Isso porque essa doença faz milhões de pessoas reféns no mundo inteiro. De acordo com a Opas/OMS, aproximadamente 300 milhões de pessoas possuem esse tipo de transtorno.

A depressão ataca diversos pontos de nossas vidas, e é sempre bom dialogar sobre isso com profissionais adequados. E no início deste mês, franceses e brasileiros encontraram uma possível causa biológica para a doença.

De acordo com eles, o fato de os neurônios perderem a habilidade de reciclar seus componentes pode ser uma nova causa biológica da depressão. Quer entender um pouco mais sobre isso? Veja mais informações a seguir.

Depressão e o ataque aos neurônios

Essas pesquisas foram realizadas pelo neurocientista francês Pierre-Marie Lledo e pelo psiquiatra brasileiro Flávio Kapczinski, ambos com suas equipes. Por sua vez, o nome que se dá a essa ação dos neurônios é autofagia. Quando bem controlada, essa ação faz muito bem para a saúde do cérebro humano.

Os pesquisadores encontraram essa nova causa biológica por meio de um estudo sobre o efeito de uma proteína no crescimento, tratando-se da saúde dos neurônios. Além disso, essa proteína faz muito bem ao cérebro, para seus vasos sanguíneos, seu desenvolvimento, entre outras coisas.

Assim, constatou-se que a doença da depressão acaba por atacar os neurônios, inclusive de forma gradativa.

“Em uma conferência realizada em 2018 no Pasteur, apresentei a hipótese da neuroprogressão e soube que o grupo de Lledo tinha disponível uma molécula que funcionaria como um rejuvenescedor de neurônios”, disse Kapczinski.

De acordo com Elisa Brietzke, psiquiatra brasileira, essa pesquisa é importante:

“[…] por mostrar que há múltiplos mecanismos envolvidos na depressão, que, já sabemos, não é explicada apenas pela falta de neurotransmissores, como a serotonina.

Por indicar que esse transtorno mental não causa alterações apenas no cérebro, mas no corpo todo. E por criar a perspectiva de que algum dia um tratamento que aumente os níveis de GDF11 possa combater tanto a depressão quanto as queixas de memória, que são comuns nessa doença, mas não melhoram com os antidepressivos atuais.”

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A depressão e a ansiedade se tornaram o mal do século e são transtornos que merecem atenção.

Para obter um diagnóstico e tratamento adequados, a consulta com um especialista é essencial. Contudo, a leitura também pode colaborar para amenizar esse problema.

Pelo fato de possuir uma função terapêutica, podendo ajudar a reduzir os sintomas desses transtornos, a leitura pode ser uma ferramenta importante para o tratamento de ambas as doenças.

Sabendo disso, a questão é: como fazer disso um hábito saudável? Para saber mais, confira algumas dicas que separamos de William Costa, fundador de uma rede social ligada ao universo dos livros:

1 – Torne a leitura um hábito

Sabemos que, com a correria do dia a dia, é difícil encontrar um momento para a leitura. No entanto, se você ler poucas páginas todos os dias, esse ato já pode fazer milagres pela sua saúde mental, sabia?

Estimular emoções, alívio de angústias pessoais, exercício da empatia através da identificação com personagens são apenas algumas das inúmeras vantagens de ler um livro, fora a ajuda para visualizar a vida de novas maneiras.

O costume de ler colabora com a diminuição dos níveis de hormônio de estresse no corpo, o que desacelera o ritmo dos pensamentos e da respiração, proporcionando um estado de calma.

2 – Não quer ler sozinho? Crie um clube do livro

Organizar um clube do livro, seja ele presencial ou on-line, é um bom caminho para quem não gosta de ler sozinho; dessa forma, um integrante pode ajudar o outro e trocar ideias.

Estar em boas companhias no processo de enfrentamento de depressão e ansiedade pode ser muito agradável para compartilhar experiências pessoais sobre o assunto, virando assim uma verdadeira rede de apoio.

3 – Busque sites e aplicativos desse universo

Se você tem dificuldades de inserir a leitura no seu dia a dia, uma boa opção é ir atrás de sites e aplicativos sobre o assunto.

Neles, você descobrirá dicas para ler mais e melhor, além de encontrar uma comunidade grande de pessoas apaixonadas por livros.

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