A blasfêmia, um termo polêmico que atravessa séculos e fronteiras, não é apenas um assunto de conversa, mas um ato criminalizado em várias nações.

Em sua essência, esse termo refere-se ao desrespeito ou ofensa a uma divindade ou religião e é vista com maior gravidade especialmente nas religiões abraâmicas, que são: judaísmo, cristianismo e islamismo.

Como a blasfêmia é vista ao redor do mundo?

Imagem: Shutterbug75/pixabay/Reprodução

As raízes da blasfêmia são profundas e encontram espaço nos textos sagrados e discursos religiosos. O cristianismo, por exemplo, através da Bíblia, abriga várias referências à blasfêmia, sendo uma delas o mandamento que proíbe tomar o nome de Deus em vão.

Já o judaísmo e o islamismo, por sua vez, também possuem leis e textos que condenam tais atos. No judaísmo, o desrespeito ao Tetragrammaton é punível, assim como o desrespeito a Deus e ao profeta Maomé no islamismo.

A punição para a blasfêmia varia de acordo com o contexto cultural e legal. Enquanto na common law inglesa o ato podia ser punido com multa ou prisão, alguns países foram mais longe.

Em 1636, os puritanos da Colônia da Baía de Massachusetts categorizaram a blasfêmia como passível de morte. Em contrapartida, países como Dinamarca, França e Canadá revogaram as Leis de Blasfêmia, alinhando-se a uma postura mais liberal.

Globalização tem aberto fronteiras nas leis da blasfêmia

A globalização e a modernização trouxeram mudanças a esse contexto, com alguns países revogando as leis da blasfêmia, enquanto outros as mantiveram.

A Austrália, por exemplo, aboliu a lei em 1995, mas não em todos os estados. Já na Ásia, a situação é complexa. O código penal indiano, por exemplo, tem uma seção que é essencialmente uma lei contra blasfêmia.

Legalmente, a questão da blasfêmia também é diversa. Países como Austrália, Canadá e França optaram por abolir suas leis de blasfêmia. Entretanto, em nações como Áustria, Brasil e Alemanha, tais leis ainda persistem.

Nos Estados Unidos, a Primeira Emenda torna inconstitucionais quaisquer leis de blasfêmia. No entanto, em muitos países de maioria muçulmana, como Afeganistão, Irã e Paquistão, essas leis ainda são rigorosamente aplicadas.

A grande maioria dos países muçulmanos, incluindo Afeganistão, Irã e Paquistão, aplica rigorosamente as leis de blasfêmia. Diferentes nações apresentam variações em suas leis, algumas projetadas para proteger a liberdade de crença e outras para preservar o status quo religioso.

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Foto: Jcomp/Freepik

No decorrer da história da humanidade, milhares de religiões surgiram no mundo. Muitas delas acabaram desaparecendo ou contam com um número bem pequeno de seguidores atualmente. Muitas delas seguem ativas há décadas e têm milhares de fiéis espalhados pelo mundo.

Mas, entre tantas religiões e crenças, qual será a mais antiga do mundo? Encontrar uma resposta para essa pergunta pode ser um pouco difícil, primeiro porque atualmente existem milhares de religiões espalhadas por todos os lugares e com diferentes crenças.

Além disso, é difícil encontrar um documento criado há anos e que prove com exatidão o ano de fundação de cada religião.

De acordo com o IFL Science, quando pensamos nas religiões mais comuns, ou seja, naquelas com um número de fiéis maior, é praticamente um consenso entre os historiadores que a mais antiga é o hinduísmo, que surgiu há cerca de 4 mil anos.

Até o momento, não se sabe exatamente a data de nascimento dessa religião, mas é estimado que ela tenha surgido entre 1500 a.C e 500 a.C. Hoje em dia, a maior parte de seguidores do hinduísmo está concentrada principalmente na Índia e no Nepal.

Além disso, atualmente, o hinduísmo é a terceira religião mais popular do mundo, com aproximadamente 900 milhões de adeptos, ficando atrás apenas do islamismo e do cristianismo.

Quando o hinduísmo surgiu?

De acordo com historiadores, a religião foi se desenvolvendo gradualmente no decorrer dos anos e incorporando uma ampla gama de tradições, crenças e práticas ao longo do tempo, por isso não pode ser atribuída a um evento específico ou a um único fundador.

Acredita-se que as raízes do hinduísmo venham de civilizações antigas localizadas no Vale do Rio Indo, por volta do terceiro milênio antes de Cristo. Hoje, a região faz parte do Paquistão e do norte da Índia.

As antigas culturas e civilizações deixaram algumas marcas de símbolos religiosos e práticas que podem estar relacionados com aspectos do hinduísmo, entretanto a religião não se baseia apenas nesses fatores.

Outro ponto fundamental para o desenvolvimento do hinduísmo foram os textos védicos, conhecidos como Vedas. Por sua vez, eles foram escritos entre 1500 a.C. e 500 a.C. e incluíam hinos, pensamentos filosóficos e rituais que formaram as bases da religião.

É mesmo a religião mais antiga do mundo?

Como já mencionado, determinar quando o hinduísmo surgiu é bastante difícil. Isso porque, assim como muitas outras religiões, o hinduísmo foi passado de pessoa para pessoa no famoso “boca a boca”, ou seja, em rodas de conversa e em relatos individuais, sem registros por escrito.

A falta dos registros históricos dificulta o trabalho de milhares de historiadores, que tentam achar uma cronologia para as religiões, tornando-se difícil determinar a data de surgimento de cada crença.

Outro ponto bastante importante é que muitas crenças, com o passar dos anos, acabaram se fundindo. Nós podemos perceber algumas características de religiões tradicionais dos dias atuais que têm ligação com crenças e religiões de milhares de anos atrás, por isso entender essas conexões e datá-las é de fato um desafio.

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Faz pouco mais de duas semanas que o Carnaval já acabou e algumas pessoas ainda estão se recuperando das festividades. Entretanto, como todos sabem, logo teremos mais um feriado muito importante não apenas pelo seu valor comercial, mas para os cristãos: a Páscoa.

O que nem todos sabem, ou ao menos não se lembram, é que tanto o Carnaval quanto a Páscoa são feriados cristãos. Isso porque o Carnaval — que é a festa da carne — marca a data de início da Quaresma, período em que não se deve ingerir carne vermelha. Já a Páscoa é a ressurreição de Cristo, a qual é precedida pela Semana Santa.

Porém, se você fez as contas, percebeu que não são 40 dias que separam ambas as datas, mas 47. O que acontece é que o fim da Quaresma ocorre no Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus na terra sagrada de Jerusalém, onde é reconhecido como o filho legítimo de Deus.

A celebração, portanto, ocorre no domingo anterior à Páscoa, daí os sete dias a mais.

Como descobrir a data de comemoração da Páscoa?

O que confunde muitas pessoas, sejam elas cristãs ou não, é a data exata de quando acontece a Páscoa. Isso porque todo ano, apesar de ela sempre acontecer em um domingo, a data nunca é exatamente a mesma.

Para isso, temos de ter alguns conhecimentos relacionados a Geografia e História. Isso porque, como já foi dito, o feriado é uma comemoração cristã, “pertencendo” à Igreja Católica Apostólica Romana.

Portanto, sob ordens do Papa Gregório XIII, a Páscoa ou Ressurreição de Cristo deve ser comemorada no primeiro domingo após a primeira Lua cheia seguinte ao equinócio de primavera (hemisfério Norte)/outono (hemisfério Sul). Não entendeu nada? Sem problemas, vamos com calma!

O equinócio é a data que marca a virada de uma estação para outra, ou seja, temos quatro equinócios no ano, um para cada estação. Como todos sabem, os hemisférios Norte e Sul têm suas estações inversas devido à incidência solar ser mais forte em um ou outro.

Data da Páscoa/Ressurreição de Cristo

No entanto, os que importam aqui são o equinócio de primavera, isso para o hemisfério Norte, e o de outono, para o hemisfério Sul. Sendo assim, é importante lembrar que isso acontece no dia 20 de março de cada ano.

Portanto, para sabermos a data exata da Páscoa, temos de descobrir antes quando será a primeira Lua cheia após o dia 20, a qual, neste ano, acontece no dia 6 de abril. Assim, a Páscoa deve ocorrer no dia 9, ou seja, no domingo seguinte.

Esse processo todo é um pouco complicado mesmo, mas nada impossível de entender. Para facilitar, trouxemos a lista abaixo para você. Ela apresenta todas as datas e deixa um pouco mais claro como ocorre a contagem dos dias.

• 20 de março: equinócio de primavera (hemisfério Norte)/outono (hemisfério Sul);
• 2 de abril: domingo de Ramos;
• 6 de abril: Lua cheia;
• 9 de abril: Páscoa.

No entanto, o importante é que, neste ano, o feriado de Páscoa acontece no dia 9 de abril; portanto, fique de olho nas celebrações!

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Mesmo que muitas pessoas saibam que o Carnaval se trata de um feriado com origem cristã, associado à religião Católica, poucos sabem como ele se originou e quais são os fatores que o influenciam.

Como é de conhecimento geral, o Carnaval acontece 40 dias antes da Páscoa. No entanto, esse número está um pouco incorreto, pois na realidade ocorre 47 dias antes.

A verdade é que o Carnaval é realizado 40 dias antes do Domingo de Ramos, que declara aberta a Semana Santa que se encerra no Domingo de Páscoa. Portanto, sete dias depois. Mas como se sabe a data dessas festividades? Afinal, não possuem um dia exato, sendo diferente a cada ano.

Para compreender adequadamente como funciona o cálculo do Domingo de Ramos, é importante ter conhecimento de Geografia. Isso acontece porque o Domingo de Ramos ocorre 40 dias após o equinócio de Outono/Primavera.

Mas o que é o equinócio?

O equinócio é a data que marca o início do Outono para o hemisfério sul e Primavera para o hemisfério norte. Sendo assim, trata-se do dia em que a incidência de raios solares está exatamente acima da linha do equador. Dessa forma, temos um dia com exatas doze horas de dia e doze horas de noite.

Logicamente, por tratar-se do início do Outono/Primavera, esse fenômeno acontece duas vezes ao ano, uma em março e outra em setembro, invertendo-se as estações para os hemisférios. Em setembro, no caso, em conclusão ao exemplo anterior, inicia-se a Primavera no hemisfério sul e o Outono no hemisfério norte.

Mas o que isso tem a ver com o Carnaval?

Acontece que, segundo o que a igreja Católica determinou, a quem “pertence” o feriado, a Páscoa é comemorada após a primeira lua cheia do equinócio de março.

Sendo assim, há o equinócio em março, tem-se a lua cheia e, após isso, no primeiro domingo, deve-se comemorar a Páscoa. Portanto, o Domingo de Ramos deve acontecer uma semana antes, o que nos dá a data do Carnaval. Sim, é complicado mesmo.

Para simplificar, vamos às datas: o equinócio de março deste ano ocorrerá no dia 20 e a primeira lua cheia após ele ocorre no dia 6 de abril, então a Páscoa acontece no domingo seguinte, dia 9 de abril, por conta disso, no dia 2 de abril, temos o Domingo de Ramos, e 40 dias antes dele, no dia 21 de fevereiro, o Carnaval.

Estas são as datas para este ano, em ordem:

• 21 de fevereiro de 2023 – Carnaval;
• 20 de março de 2023 – Equinócio de Outono (sul)/Primavera (norte);
• 2 de abril de 2023 – Domingo de Ramos;
• 6 de abril de 2023 – Lua cheia;
• 9 de abril de 2023 – Páscoa.

Isso acontece porque, de acordo com a Igreja, o Carnaval marca o início da Quaresma, quando é feito um jejum de carne vermelha, o que, segundo as crenças, ajuda a limpar o corpo dos prazeres mundanos. O próprio nome “Carnaval” é uma referência a isso, pois é derivado do latim “carnis levale”, ou seja, “retirar a carne”.

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