Nos últimos anos, testemunhamos uma ameaça crescente e sofisticada à segurança digital, à medida que numerosos vírus e malwares surgiram e evoluíram, colocando em risco a privacidade e os dados das pessoas em diversas frentes, desde dispositivos móveis até sistemas de pagamento como o Pix.

Essa evolução tem desafiado constantemente a segurança cibernética, exigindo cada vez mais medidas robustas para proteger nossas informações pessoais e financeiras.

É correto dizer que, com a popularização dos smartphones, nossos dispositivos móveis se tornaram alvos primordiais para cibercriminosos. Vírus e malwares projetados para infectar esses aparelhos se multiplicaram exponencialmente.

Desde cavalos de Troia, que se disfarçam de aplicativos legítimos, até ransomware, que bloqueiam o acesso ao telefone e pedem resgates, os usuários de celulares enfrentam uma variedade de ameaças. Por meio dessas infecções, os criminosos podem acessar mensagens, fotos, contatos e informações bancárias.

Os riscos financeiros

Foto: Freepik

Os dados financeiros também se tornaram alvos prioritários. Os malwares de cartão de crédito, por exemplo, são específicos para roubar informações confidenciais durante transações on-line, deixando os consumidores vulneráveis ​​a fraudes e perda de fundos.

Além disso, infecções por malware podem levar ao roubo de identidade, resultando em danos financeiros às vítimas. Com a introdução do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos no Brasil, os cibercriminosos encontraram uma nova oportunidade para explorar.

E a novidade que tem prejudicado muitas pessoas é um vírus que se instala no smartphone. Assim, no momento que a pessoa faz o Pix, ele simplesmente desvia o valor para outra pessoa. Além disso, os criminosos acabam tendo acesso à senha e roubam todo o valor disponível na conta bancária.

Como tudo começa

Os cibercriminosos conseguem entrar no dispositivo móvel graças a aplicativos falsos e a algumas notificações, como a indicação de que um aplicativo precisa ser atualizado. Ao clicar no link, a pessoa passa a ter acesso a um aplicativo falso. Uma vez instalado, ele acaba tendo acesso a todo o dispositivo.

O método mais usado é a informação de que o WhatsApp precisa de uma atualização intitulada Atualização Whats App v2.5. Porém, pelo que se sabe, esse recurso já foi retirado do ar.

Dito isso, fique atento(a) a qualquer tipo de notificação desconhecida ou que solicite o acesso às opções de acessibilidade.

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Nos últimos tempos, houve uma crescente popularização das inteligências artificiais, que iniciaram um processo revolucionário no mundo tecnológico e impactaram o mundo inteiro nas mais diversas áreas de atuação, até mesmo no ramo dos atores.

Dentre as plataformas mais famosas, estão os chatbots, que são o tipo de Inteligência Artificial mais usado atualmente para fornecer informações e solucionar tarefas cotidianas.

Por outro lado, preocupações crescentes acerca da segurança cibernética têm acompanhado as descobertas benéficas, intensificando-se por meio do uso malicioso de inteligência artificial para a geração de malwares. Infelizmente, os lucros gerados pelos criminosos têm impulsionado um mercado clandestino de produção de vírus e uma nova ferramenta GPT tem sido vendida por sua capacidade de auxiliar em crimes digitais.

IA criminosa é comercializada na dark web

Foto: iStock/Reprodução

No último mês de julho, a equipe de segurança da Netenrich descobriu um novo sistema. Este foi divulgado na dark web e no Telegram e está sendo usado por criminosos na internet para a aplicação de golpes virtuais.

Conhecida como FraudGPT, essa IA tem a capacidade de elaborar textos persuasivos para golpes de phishing e até mesmo desenvolver códigos maliciosos para sites enganosos. O sistema se destaca pela sua fluidez de desenvolvimento e resposta ágil, assim como as IAs mais conhecidas se comunicam.

A ferramenta já é comercializada nas camadas mais profundas da internet, sendo vendida pelo valor de cerca de R$ 950 na conversão direta atual.

Chatbots como fontes de perigoso eminente

A elaboração dessa ferramenta alarma a comunidade de cibersegurança diante dos possíveis riscos e perigos associados ao uso indiscriminado das inteligências artificiais. O FraudGPT é utilizado para adquirir conhecimentos acerca de táticas de hacking e tutoriais ilícitos, dicas de golpes e até mesmo para geração de códigos para criação de vírus.

Embora os olhos dos profissionais de segurança da informação tenham se voltado para o recém-descoberto chatbot, é importante destacar que o popular ChatGPT apresenta riscos equivalentes, com um perigo adicional devido ao seu acesso livre.

Diversos internautas conseguiram burlar os sistemas de segurança da IA da OpenAI e utilizaram prompts de comando para conseguir uma resposta maliciosa da execução.

Portanto, em um cenário de crescimento das inteligências artificiais e de sua acessibilidade, a preocupação com a segurança pública torna-se ainda mais relevante, reforçando a necessidade de educação popular sobre crimes cibernéticos.

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Segundo uma pesquisa recente, mais de 75% das empresas que foram atacadas por esse tipo de crime digital paga para resgate para acabar com as atividades dos hackers e recuperar o acesso de seus dados.

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Em 24% dos casos de sequestros digitais, mesmo que haja pagamento, as companhias não conseguem recuperar integralmente suas informações. Os dados estão presentes no relatório global da empresa de segurança Veeam.

As pessoas entrevistadas possuem origem de organizações de diversos tamanhos de 16 nações distintas da Ásia, Europa, Oriente Médio e América.

Ransomware é uma espécie de vírus que faz o sequestro dos dados do computador da vítima e cobra um valor pelo resgate. Alguns hackers exigem milhões de algumas empresas grandes.

Existe uma suspeita de que essa técnica tenha sido utilizada, no Brasil, nos ataques ao site do Governo Federal, ConecteSUS e a página do Ministério da Saúde, em 2021. Segundo um grupo de hackers, foram ‘’copiado e excluído’’ 50 TB de dados do ministério.

‘Pagar criminosos não é estratégia’

“O ransomware democratizou o roubo de dados e exige a colaboração de organizações em todos os setores para maximizar sua capacidade de remediar e recuperar sem pagar o resgate”, afirma Danny Allan, diretor de tecnologia da Veeam.

Conforme as informações de Danny, há uma ‘‘narrativa’’ de que as companhias estão impotentes aos ataques dos criminosos. E, assim, incentiva os hackers a seguirem invadindo organizações de diversos tipos.

“Pagar a cibercriminosos para restaurar dados não é uma estratégia de proteção de dados. Não há garantia da recuperação, os riscos de danos à reputação e perda de confiança do cliente são altos”, explica Danny Allan.

Conforme o relatório da Veeam, os criminosos conseguem obter o acesso aos dados das empresas através de links maliciosos que são visitados pelos funcionários. Após conseguir acessar à rede da empresa, eles utilizam as vulnerabilidades em seu favor para apagar backups e roubar dados dos clientes.

A pesquisa mostra que 72% das organizações já foram atacadas parcialmente ou completamente em seus repositórios de backup.

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