No mundo digital de hoje, é comum nos depararmos com pop-ups ao acessarmos qualquer site, oferecendo opções como “Aceitar todos os cookies” ou “Personalizar configurações”.

Embora possa parecer uma simples formalidade, essa escolha pode ter implicações significativas para sua segurança e privacidade online.

O analista de sistemas e especialista em segurança cibernética, Maurício Estewans, esclarece em reportagem ao portal Terra o que são cookies e as consequências de aceitá-los sem ponderação.

De acordo com ele, os cookies são pequenos arquivos de texto armazenados no navegador para lembrar preferências e coletar dados de navegação, essenciais para personalizar anúncios e medir o tráfego.

O que acontece ao aceitar todos os cookies?

Ao autorizar a ação, o usuário libera a coleta de dados pessoais, como páginas visitadas, tempo gasto em sites e localização, permitindo que empresas criem perfis detalhados para publicidade direcionada.

Muitas vezes, esses dados são vendidos a terceiros, como Google Ads e Meta Ads, aumentando a exposição a riscos de privacidade.

Concordar com todos os cookies pode significar permitir que empresas como Google e Meta rastreiem suas atividades na internet. Isso é parte de uma estratégia para refinar campanhas publicitárias, mas também levanta preocupações sobre a proteção de dados pessoais.

Mercado de dados pessoais

Esses dados podem ser comercializados entre parceiros de negócios, como empresas de análise e corretores de dados. A prática destaca a necessidade de estar ciente das informações que são coletadas e como elas são utilizadas.

Segurança e golpes personalizados

Estevans alerta que, além de questões de privacidade, aceitar todos os cookies pode expor os usuários a riscos de segurança. Hackers podem explorar cookies para acessar contas online sem senha, além de aplicar golpes personalizados, como phishing direcionado.

Muitos sites pressionam usuários a aceitar cookies por motivos de monetização. A coleta de dados aumenta o valor dos perfis para os anunciantes, e muitas vezes a rejeição é dificultada para cumprir superficialmente as leis de proteção de dados.

Saiba como se proteger

Personalizar configurações é a melhor maneira de proteger sua privacidade. Desative cookies como “Publicidade” e “Analytics”, mantendo apenas os essenciais. Navegadores como Brave e Firefox, além de extensões como uBlock Origin, são aliados na proteção contra rastreadores.

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) requer que os sites expliquem o uso dos dados. Ao analisar políticas de privacidade, busque termos como “compartilhamento com terceiros”.

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Você já deve ter se perguntado várias vezes o que representa aquela autorização que sempre aparece nos sites sobre aceitar ou recusar os cookies da página.

Geralmente, a mensagem aparece com várias palavras em letras minúsculas, mas poucas pessoas leem ou vão a fundo no assunto.

O uso de cookies varia conforme o site, mas uma regra prevalece em todos: quando nós autorizamos os cookies, significa que estamos liberando a página para capturar nossas informações e até mesmo compartilhá-las com terceiros.

Passar por esse processo se tornou algo quase que obrigatório. Muitas vezes, a mensagem de autorização aparece de forma grande na tela, de forma que ela cobre parte do conteúdo que desejamos ver.

Na ânsia de se livrar logo daquilo, a maioria das pessoas clica rapidamente e pronto. Mas o que acontece depois disso?

O que são os cookies?

Fique atento às informações que você compartilha na internet – Imagem: Reprodução

Antes de tudo, é importante entender o que são os cookies. Eles podem ser compreendidos como pequenos arquivos que são armazenados no dispositivo (computador, celular ou tablet) quando se acessa um site pela primeira vez.

Esses pequenos arquivos são responsáveis por coletar informações do usuário que serão utilizadas no próximo acesso. Estamos falando de dados como e-mail, endereço, telefone etc.

Essa liberação depende de uma autorização prévia da pessoa. Por isso, sempre que você acessa uma página pela primeira vez, aparece a mensagem para recusar ou aceitar a ativação dos cookies.

É algo, portanto, que fica a seu critério.

Existe algum risco em aceitar os cookies, afinal?

Ao autorizar a presença dos cookies no seu dispositivo, você libera a coleta de seus dados pessoais.

Essas informações geralmente são utilizadas por empresas nas estratégias de marketing e no direcionamento de produtos e serviços que possam ser de seu interesse.

A obrigatoriedade do pedido de autorização só foi estabelecido em 2020, com a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Até então, não havia nada que regulamentasse essa questão no Brasil.

A princípio, aceitar os cookies não implica em risco algum. A ideia é que eles melhorem a experiência do usuário na internet. Apesar disso, é sempre bom trabalhar com a possibilidade de algum cookie malicioso.

Afinal, estamos falando de internet, e nela tem de tudo.

Tipos de cookies

Muitos pensam que os cookies podem ser algum tipo de vírus ou spam liberado pelos sites, mas não. Eles possuem funções bem específicas e podem ser divididos em quatro categorias. Veja:

1. Cookies de personalização: são responsáveis por organizar o site conforme o idioma de preferência do usuário, o navegador e outras informações em conformidade com a região de acesso.
2. Cookies de funções técnicas: identificam o usuário e as sessões de uso com o intuito de coletar dados de navegação e controlar o tráfego do site.
3. Cookies de publicidade: possibilitam que os sites administrem os espaços publicitários e exibam anúncios conforme o interesse e as preferências do usuário.
4. Cookies de monitoramento: ao aceitar os cookies de monitoramento, o usuário permite que eles registrem o comportamento dele e analise toda a atividade de navegação no site.

Imagem destacada: Gizmodo/Uol/Reprodução

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