Ao longo das décadas, muitos de nós ouvimos nossos pais reclamarem do consumo de energia dos computadores e consoles, mas estudos recentes mostram outra realidade. Uma análise detalhada da Bulbe Energia revela que esses eletrônicos são, na verdade, mais eficientes do que muitos pensam.

Com o custo da energia elétrica subindo no Brasil, a preocupação com o consumo energético se intensificou. A ANEEL implementou a bandeira amarela em maio, aumentando em R$ 1,88 o custo por 100 kWh utilizados. Nesse contexto, entender quais aparelhos são realmente os vilões é vital para o orçamento doméstico.

Comparativo de consumo: fornos e fogões em destaque

O forno elétrico, com consumo entre 1.000 W e 2.500 W, é um dos campeões de consumo, gerando um impacto de 75 kWh mensais, o que custa aproximadamente R$ 70,38. Similarmente, o fogão por indução e a airfryer também são grandes consumidores de energia.

Apesar da praticidade, a airfryer é um dos vilões da cozinha (Foto: Shutterstock)

Outros aparelhos, como ar-condicionado e aquecedor, ambos com 2.000 W de potência, também pesam no bolso, consumindo cada um 60 kWh ao mês, o que equivale a R$ 56,31. Ao final do mês, esses eletrodomésticos representam uma parte significativa da conta de luz.

Ar-condicionado, outro inimigo de quem deseja reduzir o consumo energético da casa (Foto: Shutterstock)

E os videogames e PCs?

Se compararmos com um PC gamer, que consome 700 W, o gasto mensal é de apenas R$ 19,70 ao considerar o uso diário de uma hora. Consoles, como o PlayStation e o Xbox, têm um consumo ainda menor, gerando despesas de R$ 6,47 e R$ 6,19, respectivamente.

Para gamers que utilizam conexão constante, o roteador contribui com R$ 0,56 na conta. No entanto, mesmo quando somados, esses dispositivos não se comparam ao impacto financeiro de um forno elétrico.

Foto: Shutterstock

Como foram feitas as estimativas?

A Bulbe Energia, por meio de uma simulação, utilizou a potência nominal de cada aparelho e o valor mais alto do kWh no Brasil, atualmente de R$ 0,938, para calcular o custo de uso mensal. Assim, oferece uma visão clara do impacto financeiro real.

É importante destacar que as variações de consumo entre aparelhos semelhantes devem-se a fatores como potência, tecnologia e hábitos de uso.

Portanto, ao avaliar o impacto energético, é importante considerar não apenas a potência, mas também o comportamento de uso dentro das residências.

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O PlayStation 5 (PS5) trouxe recursos avançados que aprimoram a experiência dos jogadores, e o modo repouso, também presente em outros consoles da marca, segue sendo uma escolha frequente.

ory Gasaway, vice-presidente de Produto, Jogo e Experiências do Jogador da Sony, revelou em uma entrevista que apenas metade dos usuários do PS5 nos Estados Unidos utiliza o recurso. A outra metade prefere desligar o console completamente, demonstrando uma divisão equilibrada entre os hábitos dos jogadores.

Gasaway ficou surpreso com a estatística: “No final, verificou-se que, na verdade, havia uma divisão de 50/50 entre as duas opções.” Segundo ele, essa escolha reflete tanto preferências individuais quanto fatores culturais.

Nos EUA, muitos jogadores que ligam o PS5 são direcionados para a página “Explorar”, enquanto em outros países o console retorna para o último jogo jogado, o que pode influenciar na percepção sobre o recurso.

Vantagens do modo repouso do PS5

O modo repouso do PS5 é amplamente reconhecido por suas vantagens práticas. Ao ativá-lo, o console entra em estado de baixa energia, reduzindo o consumo em até 90% e gastando apenas 0,5W.

Além de reduzir o gasto energético, o console mantém até cinco jogos ou aplicativos abertos, permitindo a retomada instantânea do progresso. Também realiza downloads automáticos e atualizações de sistema, otimizando a experiência do jogador.

Outro benefício está na redução do uso contínuo do hardware, o que ajuda a prolongar sua vida útil.

Por essas razões, o modo repouso é ideal para quem utiliza o PS5 com frequência ao longo do dia, mas pode ser menos vantajoso para jogadores ocasionais que preferem economizar energia ao máximo.

Quando desligar o console é a melhor opção?

Embora o modo repouso seja prático, desligar completamente o PS5 é recomendado em algumas situações. Durante períodos de inatividade prolongada, como viagens, desligar o console evita operações em segundo plano, como downloads não planejados, e elimina qualquer consumo de energia.

Além disso, desligar o sistema pode prevenir problemas que surgem em raros casos de falhas no modo repouso. Por isso, para jogadores que não utilizam o PS5 diariamente, essa é uma escolha mais segura.

Por fim, a decisão entre manter o console em repouso ou desligá-lo depende do perfil do usuário. Alternar entre as duas práticas é a melhor estratégia para garantir praticidade no dia a dia e preservar a saúde do console a longo prazo.

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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou, em setembro de 2024, a volta do horário de verão no Brasil. A medida, que foi extinta em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, volta a ser analisada diante dos novos cenários de consumo e sustentabilidade energética.

No entanto, agora, a decisão final cabe ao governo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que avalia os impactos da mudança.

Por que o horário de verão pode voltar?

A recomendação do CMSE baseia-se em estudos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Esses dados indicam que o horário de verão pode reduzir a demanda de energia no horário de pico, especialmente entre as 18h e 21h, ampliando a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Estima-se que a medida possa economizar até 2,5 GW de despacho térmico, o que significa uma economia de cerca de R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro.

Além da economia financeira, a medida também pode contribuir para a sustentabilidade energética e para evitar crises de fornecimento em momentos de maior demanda.

Impactos no consumo e na economia

Com a adoção do horário de verão, espera-se que os brasileiros ajustem suas rotinas, aproveitando a luz natural por mais tempo e reduzindo o uso de energia elétrica em horários críticos. De acordo com o ONS, a economia de até 2,9% na demanda máxima noturna pode aliviar o sistema, especialmente em dias quentes.

A mudança não é apenas econômica. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, destacou que o retorno do horário de verão seria uma medida a longo prazo, com foco em 2025 e 2026, reforçando a necessidade de um planejamento que contemple o crescimento sustentável do setor elétrico.

Quais países já adotaram o horário de verão?

O horário de verão é uma prática comum em vários países ao redor do mundo. Nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, a mudança ocorre anualmente, com duração média de oito meses – de março a novembro.

Já na União Europeia, o horário de verão tem início no final de março e se estende até o final de outubro, totalizando sete meses de vigência.

Países da América do Sul, como o Chile e o Paraguai, também adotam o mecanismo. No Chile, a medida dura cerca de nove meses, enquanto no Paraguai o período varia, sendo geralmente aplicado entre outubro e março.

A ideia em todas essas regiões é aproveitar ao máximo a luz natural, reduzindo o consumo de energia elétrica nos horários de maior demanda.

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