Geralmente, os legistas alegam situações em que:

“As mãos e os pés da vítima estão sem queimaduras, porém o torso e a cabeça já foram completamente incendiados, assim como os móveis ao lado estão destruídos pelas chamas”, diz Roger Byard, patologista da Universidade de Adelaide, a um outro portal, o Insider.

Mas a pergunta que surgiu, a partir do patologista, foi: se existe uma combustão humana espontânea que se tornou um fenômeno real, por que isso não ocorre com mais frequência?

Ele disse que apenas 200 relatos ocorreram nos últimos 300 anos, ou seja, não é algo comum. Na verdade, as pessoas entram em combustão, mas não naturalmente.

Contexto histórico dos casos

No século 17, um dinamarquês especialista em Anatomia relatou o acontecimento de combustão humana espontânea.

Por sua vez, a imagem abaixo mostra os bombeiros removendo os escombros do local onde havia o corpo de uma mulher em cinzas em seu apartamento na Flórida, em 1951.

Independentemente se a combustão humana é possível e precisa para vários relatos, a hipótese de que isso acontece naturalmente é um equívoco. Os corpos das pessoas queimam, mas não há nenhum dado de que ocorra a combustão espontânea.

Isso porque todos os relatos envolveram um fator externo, acrescentou Byard. Os vilões mais comuns são cigarros, lâmpadas ou velas acesas.

Como um corpo pode reagir como uma vela?

A explicação científica para o acontecimento se chama efeito pavio, no qual os humanos agem como as velas. Em 1998, como parte de um programa de televisão da BBC, cientistas do Reino Unido replicaram condições semelhantes com um porco morto.

Eles enrolaram o porco em um cobertor antes de incendiá-lo. Os pés do porco foram deixados para trás, exatamente o resultado de muitos casos de combustão humana espontânea.

A teoria do pavio indica que a gordura age como uma perfeita fonte de combustível, e um corpo humano é capaz de se manter em chamas por meio de sua própria gordura. Ou seja, tecidos agem como um pavio de vela.