Artistas engenhosos frequentemente adotam métodos pouco convencionais ou abordagens incomuns em seus projetos, e o mestre Alfred Hitchcock não foi exceção.

Em muitas avaliações críticas, ‘Um Corpo que Cai’ (1958) é citado como um dos melhores filmes de todos os tempos.

No entanto, Hitchcock não se limitou a esse sucesso, criando outras obras-primas notáveis, desde ‘A Sombra de uma Dúvida’ (1943) e ‘Psicose‘ (1960).

Esses filmes sustentam sua reputação como um dos maiores diretores da história do cinema, mesmo décadas após sua morte em 1980.

Assim como Stanley Kubrick, um perfeccionista notório, Hitchcock empregou métodos que geraram muita discussão.

Os atores: não gados, mas tratados como tal

“Os atores são gados” é uma das declarações mais famosas atribuídas ao mestre do suspense britânico, apresentada como fato em junho de 1972 no ‘The Dick Cavett Show’, embora Hitchcock nunca tenha proferido tais palavras.

Pouco tempo depois, ele emitiu uma declaração pública para esclarecer o mal-entendido:

“Eu nunca diria algo tão insensível e rude sobre atores. O que eu provavelmente disse foi que todos os atores deveriam ser tratados como gado. De uma forma agradável, é claro”, afirmou Hitchcock.

Diretor Alfred Hitchcock, considerado mestre do suspense – Imagem: Wiki Commons/Reprodução

Tais palavras lançam luz sobre a abordagem do diretor em relação à produção cinematográfica. Para Hitchcock, os atores eram uma parte fundamental do processo, mas a ênfase recaía nos preparativos, roteiro, cenários e tecnologia.

Quando chegava a hora de filmar, ele buscava minimizar a necessidade de intervenção constante nos atores, buscando a execução eficiente de sua visão.

Hitchcock e sua ideia de atuação

“A minha ideia de um bom ator ou atriz é alguém que não seja realmente bom em nada”, afirmou Hitchcock em 1967.

Para ele, as emoções e o controle da voz eram secundários; o mais crucial era a autoridade do ator, resultando no timing perfeito diante da câmera.

O diretor deixou claro que, para ele, o método de atuação era incompatível com sua meticulosa preparação e planejamento.

“Isso não é atuar, é escrever”, expressou Hitchcock a Bryan Forbes em determinada ocasião.

Apesar da reputação que o precedia, muitos parceiros de filmagem de Hitchcock elogiaram sua direção.

O cineasta foi capaz de elevar estrelas como Grace Kelly, James Stewart e Cary Grant para algumas de suas melhores performances, evidenciando a eficácia de sua abordagem única na sétima arte.

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Recentemente, um episódio de protesto aconteceu no Festival Internacional de Cinema de Veneza. Na ocasião, manifestantes interromperam a estreia de um filme de Woody Allen, renomado cineasta, alegando veementemente “Não à cultura do estupro”.

Na estreia de “Coup de Chance”, manifestantes interromperam o evento, destacando acusações de estupro contra o cineasta de 87 anos, conforme relatado pelo The Hollywood Reporter.

Durante as manifestações, cerca de 20 pessoas gritaram mensagens como “não à cultura do estupro”; “estamos falando pelos que não têm voz contra os predadores diretores”; “um estuprador não é um homem doente, ele é o filho saudável do patriarcado”; “nenhum destaque para diretores estupradores” e “o macho alfa não existe”, informou o site.

Entenda as acusações contra o cineasta Woody Allen

Foto: Gravier Production/Collection Christophel/AFP

O cineasta tem uma carreira renomada em Hollywood. Dentre as produções de Allen, estão alguns dos maiores projetos cinematográficos, como “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” (1977), “Hannah e Suas Irmãs” (1986), “Meia-Noite em Paris” (2011), “Annie Hall” (1977), “Manhattan” (1979) e “Match Point” (2005).

Apesar do brilhantismo nos cinemas, sua vida pessoal também é marcada por uma grave acusação de estupro.

As acusações mais notórias datam da década de 1990, quando Allen estava envolvido em uma batalha pública e acrimoniosa de custódia com sua então parceira, Mia Farrow. Durante esse conflito, a filha adotiva de Farrow, Dylan Farrow, alegou que Woody Allen havia abusado sexualmente dela quando era criança, uma acusação que Allen negou.

Em 2021, o documentário “Allen vs. Farrow”, exibido pela HBO, trouxe à tona relatos de Mia Farrow e de alguns de seus filhos abordando a natureza de sua relação com o cineasta.

O documentário destacou que Dylan, que alegou ser vítima de abuso por parte de Allen aos 7 anos, manteve consistentemente sua versão dos eventos ao longo de 30 anos. Além disso, a série documental apontou inconsistências nos relatórios da investigação.

Inclusive, Allen carrega mais polêmicas, como seu casamento com Soon-Yi Previn, filha adotiva de sua ex-esposa Mia Farrow com o músico André Previn.

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[Atenção: este texto contém spoilers de “Encontros e Desencontros”.]

“Encontros e Desencontros” (2003), dirigido pela renomada cineasta Sofia Coppola, é um filme que conseguiu cativar o público com sua narrativa única e atmosfera melancólica.

O enredo segue a história de Bob Harris (interpretado por Bill Murray), um ator de meia-idade que viaja para Tóquio para filmar um comercial de uísque.

Enquanto isso, Charlotte (interpretada por Scarlett Johansson), uma jovem recém-casada, acompanha seu marido fotógrafo em uma viagem de trabalho à mesma cidade.

Ambos os personagens encontram-se em um ambiente estrangeiro, no qual a barreira da língua e a sensação de alienação os unem de maneira inesperada.

O filme é uma exploração emocional das experiências de isolamento e desconexão que muitos enfrentam em algum momento da vida. Bob e Charlotte desenvolvem uma amizade profunda, encontrando conforto um no outro enquanto enfrentam a solidão e a incerteza.

Suas interações são marcadas por diálogos sutis e momentos de silêncio, e a química entre Bill Murray e Scarlett Johansson é notável.

Uma cena, uma incógnita

No entanto, o que torna “Encontros e Desencontros” ainda mais intrigante é uma cena enigmática que ocorre no final do filme. Sem dar muitos spoilers, esta cena apresenta um momento de despedida entre os personagens principais que, mesmo após mais de 20 anos desde o lançamento do filme, ainda deixa muitos espectadores com perguntas não respondidas.

Isso acontece porque a cena em questão é puramente ambígua, deixando espaço para interpretações diversas e debates contínuos sobre o que realmente aconteceu naquele momento crucial.

Nele, vemos Bob Harris cochichando algo no ouvido de Charlotte. No entanto, Sofia Coppola não se deu ao trabalho de revelar o que teria sido dito. Desde então, os fãs começaram a especular a respeito da frase misteriosa e, mesmo após tanto tempo, há quem ainda tenha dúvidas a respeito.

Resposta finalmente é revelada por Sofia Coppola

Assim que Sofia Coppola decidiu se pronunciar a respeito da cena, durante uma conversa, ela mencionou uma resposta que, certamente, não agradou a todos. Leia um trecho abaixo.

“É certo afirmar que muitas pessoas questionam sobre o que Bob teria cochichado. Em resposta, prefiro mencionar o que Bill Murray disse uma vez: ‘isso deve ficar apenas entre amantes’. Então, a melhor escolha é deixar assim.”

Então, ao que parece, os amantes do filme terão que se contentar com uma resposta vaga ou criar suas próprias teorias…

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Em uma noite carregada de emoção e festividade, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 irradiou intensamente o reconhecimento às mais destacadas produções e talentos da indústria cinematográfica nacional. Entre os grandes destaques da noite, estão o filme “Marte Um” e a talentosa atriz Adriana Esteves, consolidando-se como grandes vencedores.

Foto: Reprodução

Filme levou diversos troféus para casa

“Marte Um”, uma obra de ficção científica audaciosa e cativante dirigida por Gabriel Martins, surpreendeu ao conquistar oito cobiçados troféus Grande Otelo.

O filme não apenas levou para casa o título de Melhor Longa-Metragem de Ficção, mas também destacou a habilidade de sua equipe técnica e elenco, sendo agraciado com os prêmios de Melhor Direção, Melhor Ator para Carlos Francisco e Melhor Ator Coadjuvante para Cícero Lucas.

Foto: Embaúba Filmes/Reprodução

Já o prêmio de Melhor Atriz foi para Dira Paes (“Pureza”), com destaque também para Adriana Esteves, que venceu na categoria Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme “Medida Provisória”.

A cerimônia, realizada em meio a um clima de renovação, contou também com a presença da ilustre Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. Em suas palavras, ela celebrou a notável nova retomada do cinema nacional, destacando o papel vital na cultura brasileira.

Magalhães ressaltou ainda a importância histórica do cinema brasileiro, mencionando o marco de 125 anos de produções em solo nacional. Além disso, ela fez questão de lembrar o Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, como um dos pioneiros na produção cinematográfica global.

A noite da premiação, de acordo com Magalhães, foi mais do que uma simples cerimônia; foi uma jornada pelo tempo, relembrando as visões únicas e as contribuições inestimáveis ​​dos cineastas brasileiros ao longo das décadas.

“Esse é um ano muito especial para o cinema brasileiro: são 125 anos de existência. Vale lembrar que o Brasil, o Rio de Janeiro especificamente, foi um dos primeiros lugares do mundo onde se filmou. Essa noite é uma celebração a toda essa história. Uma viagem através do tempo e dos olhares desses nossos grandes documentaristas”, disse Renata.

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Um dos cineastas mais prestigiados do universo cinematográfico por sua originalidade, visão artística e trabalho impecável, é o Tim Burton. O diretor é conhecido pela forma sombria de seus filmes, com personagens marcantes e estética gótica em cenários fantasiosos.

O criador dos filmes “Alice no País das Maravilhas” (2010) e “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (2005) costuma criar uma conexão entre o público e seus personagens excêntricos e incompreendidos. Por isso, relembrar seus filmes é sempre uma experiência interessante.

Contudo, é possível que muitos percam a chance de assistir mais uma vez uma de suas obras, considerada muitas vezes como seu melhor filme, já que este está com data marcada para sair do catálogo do streaming atual!

Melhor filme de Tim Burton está prestes a sair da HBO Max

Foto: HBO Max/Reprodução

Estamos falando de uma de suas animações em stop-motion de maior sucesso, indicada ao Oscar de melhor animação em 2005, “A Noiva Cadáver“. Esse romance gótico está com os dias contados no streaming da HBO Max.

Sendo assim, não perca tempo de assistir ao icônico filme de Tim Burton que, mais uma vez, traz Johnny Depp e Helena Bonham Carter como protagonistas, atores frequentes em seus filmes.

Além disso, a trama é totalmente inédita e apresenta elementos únicos e características macabras, porém divertidas, que evocam lembranças de sua obra anterior “O Estranho Mundo de Jack” (1993).

Sobre ‘A Noiva Cadáver’

Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de assistir, a história se passa no século XIX, onde o protagonista Victor Van Dort (Johnny Depp) é um herdeiro prestes a se casar com a filha de um aristocrata, Victoria Everglot, interpretada por Emily Watson.

No entanto, o jovem rapaz se vê ansioso e vai para o meio da floresta. Enquanto declara seus votos ao vento, coloca a aliança em um galho que, para sua surpresa, na realidade, é o dedo da falecida Emily (Helena Carter).

Agora, a noiva cadáver, morta antes do casamento, leva Victor ao mundo dos mortos e praticamente aprisiona o garoto, que tenta incansavelmente voltar para sua amada.

Embora a trama seja sombria, Burton consegue trazer uma perspectiva reflexiva e sensível ao filme. Mesmo com aspectos cômicos, o longa ainda se mostra maduro e agradável para todas as idades.

Se você ainda quiser assistir à obra de Tim Burton e Mike Johnson, ela estará disponível até o dia 31 de julho no streaming da HBO.

Confira o clássico trailer do filme:

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Mais um cineasta envolvido com abuso sexual, desta vez, é um caso de prisão, que envolve Paul Haggis, que é diretor e roteirista. Ele foi preso na Itália, após uma jovem – que não foi identificada – acusá-lo de abuso sexual e ainda agressão.

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Quem expôs o caso foi a Variety, que confirmou as informações com a promotoria da cidade onde o cineasta foi apreendido. A prisão aconteceu em Brindisi e, segundo as autoridades, a vítima alega ter sido mantida em cativeiro por dois dias em Ostuni, onde Haggis daria palestras no Festival de Allora. Foi nestas condições que a jovem foi estuprada e agredida pelo cineasta.

Após tudo isso, Haggis teria deixado a vítima em péssimas condições físicas e psicológicas no aeroporto de Papola Casale, onde recebeu os primeiros socorros ao ser atendida pela polícia. A jovem foi levada para o hospital e, em seguida, prestou queixa contra o cineasta.

Em breve, o Festival de Allora deve se manifestar por meio de um comunicado, mas Silvia Bizo, que é uma das organizadoras do evento, já confirmou a prisão de Haggis e que “o evento vai se distanciar completamente” dele.

Essa não é a primeira denúncia do tipo contra o diretor, já que em 2018 Haleigh Breest – uma publicitária – denunciou que Haggis a estuprou violentamente após um evento em 2013, depois disso, mais três mulheres o acusaram de crimes semelhantes.

O cineasta é conhecido por seu trabalho no filme Menina de Ouro e Crash: No Limite, com o recebeu uma estatueta no Oscar. Ele também criou a série Chuck Norris: O Homem da Lei, que foi exibida entre 1993 e 2001.

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Em relação ao Michael Bay, existem momentos memoráveis, como a introdução do herói de usa um colarinho azul de Bruce Willis. Tem, também, Harry Stamper junto aos seus amigos durões que provocam os manifestantes do Greenpeace arremessando bolas de golfe de uma plataforma. Há a infame cena dos biscoitos, na qual mosta Bem Aflleck e Liv Tyler se envolvendo em uma incompreensível atração de um roteirista de conversa mole com uma amante, enquanto “Don’t Wanna Miss A Thing’’ do Aerosmith toca na trilha sonora.

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Os espectadores podem  lembrar-se  com afeto de Peter Stormare e seu memorável sotaque russo, assim como o discurso de despedida choroso de Willis ou o clímax fantástico do longa, onde um asteroide do tamanho do Texas está vindo em direção à Terra e está prestes a destruir tudo, porém, é impedido por alguns bons e velhos meninos caseiros.

O que o espectador pode não se lembrar é o intervalo visual tranquilo e quase malicioso em que Bay espalha pela extensão gigante deste filme épico e memorável de 150 minutos. Bay acaba se afastando das suas façanhas heroicas e acaba voltando seu foco para os moradores preocupados em terra firme.

Durante esse período, Bay está encenando esses momentos em muitos pontos pelo mundo, normalmente, enquanto ouve algum noticiário proibido, esbanjando beleza em fotos do coração americano: por mais fútil que Armageddon seja, o personagem nunca esquece que existem vidas reais em jogo dentro do quadro desta história. Existe algo, que não se pode negar, americano para o bem e para o mal na negativa de Harry Stamper à experiência da NASA: Harry e sua equipe de fortes homens que fazem perfurações, vão executar o trabalho à maneira antiga, faça um calor infernal ou um frio de congelar.

Michael Bay é a definição de um cineasta norte-americano que está nos registros, de acordo com o fantástico “ An Oral History of Michael Bay ”, da GQ , falando: “Eu sou, tipo, um verdadeiro americano”. Portanto, de novo, Bay ainda precisa dizer isso? É suficiente olhar toda a sua trajetória como Pearl Harbor, Transformers, 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi e muito mais.
Estas obras não se restringem em ser apenas bons longas-metragens americanos e sim, filmes que trazem aos espectadores uma visão sobre o mundo e os conjuntos de preocupações que, por si só, são únicos para os EUA e toda sua história conturbada.
Neste momento, iremos esclarecer, logo de cara, um erro: ainda que as acusações sobre as atitudes culturais regressivas que, em certos momentos, se mostram acertadas nos filmes de Bay, falando que ele é um cineasta ultra consumidor. Porém, isso não quer dizer que o cineasta fez só Underground seja um libertário, longe disso. Ainda que Bay esteja apaixonado pela força militar norte-americana, ele se mostra um contador de histórias autoconsciente.

Tomando o filme 13 horas, por exemplo. Esse longa de ação é sobre a vida real e trata-se de um relato explosivo de seis ex-soldados americanos que tentaram, de todas as formas possíveis e impossíveis, proteger um complexo dos EUA em Benghazi de militantes armados.
Observando a história apolítica de Bay e sua vontade bem nítida de divulgar o militarismo pelos EUA, alguns críticos dizem que 13 horas seria um filme tendencioso à direita e, quem sabe, até um trabalho sensível contra Hillary Clinton. Assim, como ocorre em todos os seus trabalhos, o cineasta se foca em histórias simples e contadas pelos heróis norte-americanos que salvam vidas americanas.
Bay veio de uma escola de diretores de videoclipes nos anos 80 e 90, que também incluía outros nomes de sucesso como David Fincher e Spike Jonze, que tem o hábito de fazerem filmes ambientados na América, como se fosse uma espécie de padrão artísticos, porém, você não teria pensado em enfatizar de que os dois são diretores americanos.

Com Bay, o espectador, literalmente, perde a capacidade de pensar em seus filmes ambientados em outro lugar. Ainda que seus longas se desenrolem em terras do exterior (6 Underground) ou até na superfície lunar, em Transformers: Dark of the moon, eles lembram norte-americanos quase que em medida molecular.

Na ampla maioria dos filmes de Michael Bay, o mundo, uma nação inteira e seu futuro estão em jogo. Ele não é um cineasta que se interessa por histórias nas quais as pessoas normais e humanas sentam-se em suas sacadas com cafés preferidos e falam sobre suas questões. O alvo do diretor é bem mais amplo que isso, porém, existe uma exceção a regra Bay: Pain & Gain, uma comédia de humor negro, de 2013, que talvez seja a única vez em que Bay saiu da sua linha de filmografia.

Pain & Gain é uma sátira insana que se baseou em uma história real sobre um trio de fisiculturistas imorais, residentes da Flórida que são conhecidos como a gangue Sun Gym, eles têm como líder um valentão inseguro chamado Daniel Lugo (Mark Wahlberg). Analisando brevemente, Pain & Gain é uma jogo insano para Bay. Foi um filme que não contou com explosões, robôs e cenários de nivelamento da cidade. Ao produzir  Pain & Gain, Bay se inspirou no filme do diretor Joel e Ethan Coen.

No filme Pain & Gain, Bay explica que a razão pela qual os três personagens, pouco inteligentes, sequestram e torturam um homem de negócios rico e com muitas posses (Tony Shaloub) é porque os personagens acreditam, de forma errada, que possuem direito sobre uma parte da fortuna do ricasso. Os três aceitam que erraram de forma americana e, na verdade, possuem mais do que trabalharam para ter, fizeram muito pouco por suas conquistas. Os três acreditam que se trabalharem bastante, terão a sorte e acabarão ganhando um dia seu pagamento, porém esse fato leva à queda deles.
Isso mosta que Michael Bay está bem mais ciente do prisma perigoso do que o dogma de ‘’poder fazer’’. Algo que todos nós estamos muito mais acostumados.

Porém, isso não diz que Bay é um bêbado e apaixonado pelo pensamento fixo na América. Isso fica claro no difamado Pearl Harbor, que é uma visão iludida e moralmente descomplicada de um país ideal, como antigamente era.
Você até vê isso no seu trabalho do suspense direto de um filme como The Rock, são longas nos quais é muito legal ser um patriota, o que é considerado muito problemático e até feio no clima político do país nos dias de hoje. Uma palavra com significado tão pueril como ‘patriota’ mudou sua semântica quando comparada com seu sentido há 30 anos atrás.

E esta é a contradição tensa em que anda-se quando se opta por defende-lo. Afinal, os EUA não é tem apenas uma característica. A América não é boa, ruim, ótima ou péssima. Com certeza, não é sempre a terra da liberdade e o lado dos bravos e sim, uma confusão de contradições, vista por uma história cheia de espinhos, em várias ocasiões sombria e que grande parte das pessoas, aos poucos, está começando a desvendar de forma importante. É impossível resumir a América em uma palavra ou descrição simples que faça uma redução dela. E nem a filmografia de Michael Bay.

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O cineasta independente Robert Downey Sr., e pai do astro Robert Downey Jr., faleceu noite passada (06/07) aos 85 anos.

Robert Downey Jr., ator da franquia Homem de Ferro da Marvel, confirmou a notícia em seu instagram e citou que o motivo do óbito foram complicações do Mal de Parkinson:

 

 

 

 

 

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