O Sol, fonte vital de energia para a Terra, atravessa ciclos periódicos que impactam diretamente as condições espaciais ao nosso redor.

A cada 11 anos, esse astro-rei atinge seu ápice de calor antes de retornar ao seu padrão de emissão térmica.

No entanto, evidências recentes indicam que esse pico pode ocorrer surpreendentemente antes do esperado, trazendo consigo consequências significativas para vários seres vivos do planeta Terra.

1. Medição reveladora do ciclo solar

Imagem: Shutterstock/Lukasz Pawel Szczepanski

Cientistas da NASA monitoram o ciclo solar contando as manchas solares na superfície do Sol, que são indicativas de atividade magnética intensa.

Surpreendentemente, o número dessas manchas ultrapassou as previsões e persistiu em crescimento por 30 meses consecutivos.

O pico ocorreu em dezembro de 2022, registrando o maior número em oito anos. Em junho de 2023, as manchas solares atingiram o valor mais alto desde setembro de 2002.

2. Sinais da iminente elevação térmica

Outro indicativo crucial é a diminuição das nuvens noctilucentes, raras formações em forma de nevoeiro que ocorrem na alta atmosfera terrestre.

Compostas por cristais de gelo, essas nuvens são visíveis durante o crepúsculo astronômico.

Em 2023, o avistamento dessas nuvens diminuiu consideravelmente entre junho e agosto, devido ao aumento da radiação solar, aquecendo a mesosfera e reduzindo o vapor d’água necessário para sua formação.

3. Brilhos e luminescência como indicadores visuais

Um fenômeno visual, conhecido como luminescência atmosférica ou airglow, torna-se mais frequente à medida que o Sol se aquece.

Partículas energéticas que penetram na magnetosfera terrestre estimulam moléculas de gás na alta atmosfera, resultando em um brilho gradual e colorido.

Em julho deste ano, observações revelaram um aumento significativo na ocorrência desse fenômeno, que persistiu nos meses seguintes.

Em suma, esses três sinais apontam para uma possível antecipação do pico de aquecimento solar, alertando para potenciais impactos nas comunicações, sistemas de energia e atividades espaciais.

A vigilância constante desses indicadores torna-se crucial para compreender e mitigar os efeitos dessa iminente mudança solar.

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Os cientistas estão em constante realização de pesquisas e estudos para compreender os acontecimentos do Universo e como impactam a vida na Terra. Um dos conhecimentos é de que o Sol finaliza o Ciclo Solar a cada onze anos, o que determina diferentes fenômenos que acontecem por conta do comportamento das ondas solares.

Ao final desse período, o Sol atinge o Máximo Solar. É nesse momento que as ondas ficam ainda mais intensas e podem afetar as comunicações no planeta Terra.

Como o fenômeno atinge a Terra

A mudança na intensidade das ondas solares pode atingir comunicações que se propagam pelo ar. Para exemplificar, é possível pensar nos sinais de rádio: para que cheguem ao destino, precisam ser refletidos na ionosfera.

Com o Máximo Solar, as partículas solares atingem essa camada, o que prejudica o processo de envio e recebimento das ondas radiofônicas.

Além do rádio, outras tecnologias são afetadas, entre elas os equipamentos para monitoramento do tempo, GPS de aviões, comunicações via rádio e os transformadores, que podem explodir.

Por conta desse impacto, a comunidade científica lança o alerta para que reduzam os danos do fenômeno.

Como ocorre o Máximo Solar?

O fenômeno Máximo Solar acontece por meio dos polos magnéticos do Sol, que surgem em uma zona de convecção, com a fervura do plasma em direção à superfície, para depois afundar em direção ao núcleo da estrela.

Ao completar esse ciclo, acontece uma instabilidade na convecção, que inverte os polos e gera uma alta quantidade de massa da coroa.

Esse ciclo resulta em ventos solares que interferem no funcionamento de satélites e de outros meios de comunicação, após entrar em contato com o campo magnético da Terra.

Na superfície do planeta, os habitantes devem se preocupar com os danos materiais. Enquanto os astronautas em missão precisam redobrar os cuidados com a saúde, uma vez que a exposição às partículas solares pode ser fatal.

Apesar disso, o Máximo Solar também traz algum benefício. O fenômeno permite que os pesquisadores tenham uma maior quantidade de material para estudo do Sol, com imagens de manchas, explosões e ejeções de massa coronal.

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