Uma batalha legal está em curso entre os membros fundadores do Charlie Brown Jr. e Alexandre Lima Abrão, filho do lendário cantor Chorão, que faleceu há uma década.

A disputa, que tem como epicentro a propriedade da marca da banda, ganhou um novo capítulo com acusações de falsificação de assinatura.

Batalha pela propriedade de marca

Alexandre Lima Abrão alega ter assumido, antes da morte de Chorão, a administração da banda, inclusive tratando de questões burocráticas relacionadas ao grupo musical.

Porém, uma recente revelação da defesa de Marcão Britto e Thiago Castanho apontou para possíveis irregularidades, lançando dúvidas sobre a autenticidade de documentos apresentados pela equipe de Alexandre.

O foco da contestação recai sobre um “Acordo de Coexistência de Marcas”, em que supostamente a Peanuts Worldwide cedeu os direitos de uso da marca no Brasil para a empresa de Chorão, a Green Goes, atualmente administrada por Alexandre.

No entanto, a defesa dos fundadores do CBJR alega que a assinatura de Susan Osit, vice-presidente da Peanuts Worldwide, teria sido falsificada no referido documento.

Alexandre Lima, filho de Chorão – Imagem: Redes Sociais/Instagram/Reprodução

O desenrolar dessa disputa judicial lança luz sobre a complexa questão da propriedade da marca Charlie Brown Jr. no Brasil, especialmente após uma mudança de posicionamento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 2022, que acatou o pedido da Green Goes, empresa de Alexandre, para o registro da marca.

Enquanto as partes envolvidas na disputa mantêm silêncio público, o desfecho permanece incerto, mas a batalha legal promete revelar importantes detalhes sobre a herança musical e legado do Charlie Brown Jr. no cenário brasileiro.

A viúva de Chorão também está envolvida em uma batalha judicial com Alexandre. Em fevereiro do ano passado, a Peanuts Worldwide solicitou ao INPI a anulação do registro da marca Charlie Brown no Brasil, mas a decisão não faz menção ao documento em disputa atualmente.

As partes envolvidas ainda não se pronunciaram publicamente sobre o caso, mas a controvérsia permanece como uma sombra sobre a reputação de uma banda que deixou uma marca indelével na música brasileira.

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Na segunda-feira (6), completaram-se dez anos de um dos momentos mais tristes para os fãs brasileiros: a morte de Alexandre Magno Abrão, conhecido por todos como Chorão.

Ao lado de Champignon (baixista), Marcão (guitarrista), Thiago Castanho (guitarrista) e Renato Pelado (bateria), deu vida à banda Charlie Brown Jr.

A banda rendeu inúmeras canções amadas pelo público brasileiro, como a clássica “Dias de Luta, Dias de Glória”. Há também quem lembre de “Só os Loucos Sabem” e “Ela Vai Voltar”.

Esses são apenas alguns títulos que marcaram a carreira da banda antes de chegar ao fatídico dia em que Chorão faleceu.

Contudo, a fim de deixá-lo eternizado e relembrarmos um pouco mais da sua história, vale a pena revermos um documentário desenvolvido em 2021, “Chorão: Marginal Alado”.

Uma história que precisa ser lembrada

O documentário, desenvolvido pelo cineasta Felipe Novaes, aborda não só um pouco da história do vocalista e sua vida pessoal, mas também um pouco sobre a grande influência exercida pelo cantor no rock brasileiro naquela época.

Sem dúvida alguma, Chorão conseguiu atingir o ápice de sua fama ao longo de vinte anos, chegando até mesmo ao âmbito internacional.

Porém, sua vida não era regada apenas de sucesso e momentos bons. Isso porque várias foram as vezes que ele acabou envolvido em polêmica, até que sua morte aconteceu devido a uma overdose de drogas.

O cineasta responsável pela produção compartilhou um pouco de sua visão sobre o cantor e de seu objetivo com o documentário:

“Após a morte do Chorão, sentimos que a discussão em cima de seu comportamento ficou maniqueísta.

Entendemos que ali existia um personagem muito complexo, que merecia um retrato mais profundo. Buscamos sair do 8 ou 80 e mostrar que, como qualquer pessoa, ele tinha suas luzes e sombras.”

Ele ainda acrescentou:

“As imagens são soberanas… Elas gritam uma verdade do artista, que às vezes você não precisa falar… Só do público observar um olhar, um zoom, a gente consegue sentir a energia.

A pesquisa foi muito importante, mas principalmente essa pesquisa de imagem… Mergulhar nesse material deixou a equipe muito íntima do Chorão.”

Ao todo são três capítulos, com 30 minutos cada. O documentário “Chorão: Marginal Alado” está disponível apenas no Prime Video.

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