O céu promete boas surpresas em 2024, especialmente para quem gosta de astronomia. Chuvas de meteoros, passagem de cometa famoso e vários eclipses são alguns dos fenômenos aguardados para o próximo ano.

O cometa mencionado é o 12P/Pons-Brooks, um dos mais esperados pela comunidade astronômica e conhecido como ‘Cometa do Diabo’. Ele recebeu esse nome por causa da formação de dois ‘chifres’ compostos de gelo e água, ocorrida durante suas últimas explosões.

Ele poderá ser visto com mais facilidade à medida que se aproximar do Sol. Anote na agenda: o periélio, nome dado ao ponto de órbita mais próximo da estrela, deve ocorrer no dia 21 de abril de 2024.

E tem risco ao planeta?

Eclipse solar em abril de 2024 poderá ser visto da América do Norte – Foto: Imagem/ Reprodução

Quando se fala em cometa, logo surge o temor de um possível risco ao planeta. Nesse caso, não terá nenhum perigo.

A distância mais próxima que ele passará de nós será de 232 milhões de quilômetros, no início do mês de junho, ou seja, longe demais para representar qualquer ameaça.

Além do cometa, está previsto um eclipse solar total no dia 8 de abril, que só será visto dos Estados Unidos, Canadá e México. Quem mora nesses locais poderá ver o céu escuro, como se fosse noite, pois a Lua ficará na frente do Sol.

O segundo eclipse do ano ocorrerá entre os dias 17 e 18 de setembro, e será um eclipse lunar parcial. Além da América do Norte, países da América do Sul, Europa, Ásia Ocidental e África poderão vê-lo.

O pico ocorrerá às 23h44, quando uma parte da Lua entrará na sombra da Terra e será possível ver a sombra do nosso planeta.

Um outro eclipse está previsto para o dia 2 de outubro, quando a Lua passará entre a Terra e o Sol, formando um eclipse solar anular.

Apenas quem mora na Argentina e no Chile terá visão completa do fenômeno. Já moradores do sul da América do Norte e parte da América do Sul terão visão parcial.

Superluas

O ano de 2024 terá também duas superluas. O nosso satélite natural poderá ser visto em seu ponto de órbita mais próximo da Terra nos dias 18 de setembro e, depois, em 17 de outubro.

A primeira será a ‘Lua da Colheita’, na constelação de Peixes, e é chamada assim por ajudar os agricultores a trabalharem até tarde da noite.

A segunda, chamada de ‘Lua do Caçador, tem essa alcunha por ser conhecida como o “momento perfeito” para os caçadores dos Estados Unidos saírem em busca de comida. Assim como a primeira, ela também estará na constelação de Peixes.

Chuvas de meteoros

Para aqueles que gostam de observar as chuvas de meteoros, 2024 promete boas e múltiplas oportunidades. Confira o calendário desses eventos abaixo e aproveite:

• 4 de janeiro — Quadrântidas;

• 19 de janeiro — Gama Ursae Minorida;

• 9 de fevereiro — Alfa Centaurídeos;

• 15 de março — Gamma Normid;

• 22 de abril — Líridas;

• 23 de abril — Pi Pupídeos;

• 5 de maio — Eta Aquariids.

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Se existe algo naturalmente bonito e chamativo, é o céu estrelado. Desde os primórdios da humanidade, olhamos para as estrelas para compreendermos as leis e os fenômenos que regem o Universo ou para nos guiarmos por meio das posições dos astros. Além disso, essa linda visão privilegiada é inspiração artística para várias pessoas.

Infelizmente, alguns fatores ambientais causados pelos seres humanos resultam na dificuldade da visualização dos corpos brilhantes nos céus.

A poluição da atmosfera, por exemplo, que causa mudanças climáticas e torna o céu mais cinza, principalmente em grandes capitais, é um desses fatores.

Apesar disso, outra criação humana também pode acabar de vez com o brilho das estrelas.

Por que estrelas vão sumir de vista nas próximas décadas?

Recentemente, o jornal The Guardian divulgou um estudo de astrônomos que revelou uma notícia chocante, principalmente para os fãs e apreciadores do cosmos.

De acordo com a publicação, a poluição luminosa causada pela quantidade exagerada de luzes artificiais pode ofuscar o brilho das estrelas dentro de duas décadas.

Os pesquisadores identificaram as luzes LED como as principais vilãs e atuantes na poluição luminosa. O amplo uso desse tipo de lâmpada tem aumentado a iluminação do céu em uma taxa de 10% ao ano.

Por isso, o ofuscamento das estrelas faz com que lugares hoje iluminados por 250 estrelas visíveis, por exemplo, passem para 100 nos próximos 20 anos.

Como o LED ofusca as estrelas e pode influenciar nossas vidas?

Há muito tempo, quando o LED ainda não havia sido tão popularizado e com as cidades um pouco menos desenvolvidas, era possível ter diferentes visões do cosmos. Porém, atualmente, os céus estrelados têm se tornado cada vez mais raros.

Isso não só afeta nossa admiração e capacidade de observação cósmica, mas também um pouco de nossa saúde. O estímulo da produção de melatonina, usada pelo corpo no metabolismo, é feito pela exposição às faixas quentes de luz, que não estão nesse tipo de lâmpada.

Além disso, insetos e pássaros importantes para a manutenção do ecossistema são atraídos pela energia luminosa vinda dos dispositivos LED. Por isso, muitos acabam morrendo ao entrar em contato com as lâmpadas. Contudo, mesmo que não morram, os pássaros desviam seus caminhos, pois são guiados pelo reflexo da Lua.

Uma maneira de evitar essa degradação visual seria apontar as lâmpadas para baixo, com potência suficiente para iluminar o local, sem exagero e limitando o brilho do ambiente.

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