Imagine enfrentar dois incêndios, a perda devastadora da esposa, a Grande Depressão e o turbilhão de uma guerra mundial.

Essa foi a trilha desafiadora pela qual o dinamarquês Ole Kirk Kristiansen percorreu antes de dar vida a um dos brinquedos mais amados do mundo: o Lego.

A jornada por trás de Lego

O nome Kristiansen é sinônimo de criatividade e inovação por trás das coloridas peças plásticas que se tornaram fonte de inspiração para crianças e adultos em todo o mundo.

A saga começou em Billund, uma pequena cidade dinamarquesa, onde Kristiansen se estabeleceu como carpinteiro durante a década de 1920.

Fabricando bancos, portas e contribuindo para a construção de casas, sua vida tomou um rumo inesperado com tragédias pessoais e a tempestade econômica da Grande Depressão. A resposta de Kristiansen à adversidade veio em forma de brinquedos.

Diante da ausência de grandes projetos, ele começou a criar produtos menores e mais acessíveis, incluindo trens e um pato de madeira, em colaboração com seu filho Godtfred e outros funcionários.

A procura por esses brinquedos cresceu, tornando-se a principal fonte de renda da família em apenas dois anos.

Primeiro brinquedo criado – Imagem: Lego/Reprodução

O nome “Lego“, que significa “brincar bem” em dinamarquês, foi escolhido para refletir a filosofia de Kristiansen sobre a qualidade e a diversão dos brinquedos.

O ano de 1936 marcou a oficialização desse nome, que se tornaria um símbolo global de criatividade.

A Segunda Guerra Mundial trouxe desafios, mas também oportunidades. Mesmo em tempos difíceis, pais ansiosos continuaram comprando brinquedos para entreter seus filhos.

No entanto, em 1942, um novo incêndio consumiu completamente a fábrica, exigindo que Kristiansen reiniciasse do zero.

A mudança de rumo que transformou o Lego

Família Kristiansen – Imagem: The Brothers Brick/Reprodução

A escassez de madeira pós-guerra levou Kristiansen a explorar novas matérias-primas, como o plástico. Em 1946, ele investiu em máquinas injetoras de plástico, introduzindo designs inovadores no catálogo.

Os blocos plásticos, facilmente montáveis e desmontáveis, marcaram o início de uma era.

A equipe liderada por Ole e, especialmente, por Godtfred mergulhou na pesquisa, no desenvolvimento e na experimentação com brinquedos de plástico.

O sucesso veio com o trator Ferguson em 1951, seguido pelo revolucionário sistema de construção de peças plásticas, coincidindo com a reconstrução pós-guerra na Europa.

Em 1958, a peça Lego com encaixe, patenteada por Godtfred, revolucionou a versatilidade do brinquedo.

O falecimento de Ole em 1958 não impediu a ascensão da Lego. Mais de seis décadas depois, suas criações de plástico continuam a encantar e inspirar.

O sucesso permitiu à Lego criar o mágico parque temático Legoland em 1968, que se expandiu para diversos países.

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Os beyblades, aqueles redemoinhos de nostalgia, nos transportam diretamente para uma época cheia de adrenalina e emoção.

Se você viveu a experiência dos beyblades, com certeza carrega consigo lembranças vívidas e um sorriso no rosto ao recordar os tempos em que esses incríveis piões dominavam as brincadeiras.

Uma jornada no mundo dos animes

Tudo começou em meados dos anos 2000, quando os Beyblades invadiram o cenário mundial, impulsionados pelo sucesso do anime que levava o mesmo nome.

Inspirados na série de TV japonesa, os “Beyblades” se tornaram um fenômeno global, conquistando corações por todo o planeta.

O anime, que estreou em 2001 no Japão e em 2002 no Brasil, seguia as aventuras de jovens Bladers, como eram chamados os mestres dos Beyblades.

Esses competiam em acirrados torneios para provar quem era o melhor. A trama cativante, combinada com a ação empolgante das batalhas entre os piões, criou uma legião de fãs fervorosos.

Os Beyblades eram mais do que simples brinquedos; eram extensões de nossa personalidade e estratégia. Havia diferentes tipos de Beyblades, cada um com características únicas.

Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

Desde os ágeis tipos de ataque até os robustos tipos de defesa, passando pelos equilibrados tipos de resistência e os versáteis tipos de equilíbrio, a variedade proporcionava uma gama de estratégias para os jogadores explorarem.

Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

Um brinquedo inovador

A forma como se brincava com Beyblades era uma arte por si só. Primeiro, escolhíamos cuidadosamente nosso Beyblade, considerando a estratégia que planejávamos adotar.

Em seguida, a arena de batalha se tornou o palco para duelos intensos, onde lançadores habilidosos competiam para manter seus piões girando o máximo possível e, assim, derrotar o oponente.

No Brasil, a febre dos Beyblades se espalhou como fogo em palha seca. Parques, quintais e corredores escolares se tornaram campos de batalha para esses piões giratórios.

Trocas, torneios improvisados e a busca pelos Beyblades mais raros eram partes essenciais da experiência.

A cultura japonesa já havia invadido o Brasil muito antes dos Beyblades, mas esses piões foram como uma explosão de cerejeiras em flor, adicionando uma camada extra de encanto oriental às brincadeiras diárias.

Bayblades e laços afetivos

A linguagem dos Bladers, os movimentos característicos durante as batalhas e até mesmo os desenhos e estilos dos Beyblades constituíam uma ponte que conectava as crianças brasileiras a uma cultura distante.

Hoje, ao olhar para trás, os Beyblades não são apenas brinquedos; são símbolos de uma era em que a diversão era simples, a imaginação era infinita e as amizades eram forjadas em meio a batalhas giratórias.

Para aqueles que viveram essa experiência, os Beyblades sempre terão um lugar especial em seus corações, girando eternamente como lembranças nostálgicas de uma infância cheia de emoção.

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Você já se viu sendo constantemente incomodado por seu filho, implorando para comprar um brinquedo que viu na televisão? Saiba que tem que agradecer (ou não) a um personagem de “Toy Story” muito inusitado, mas amado por todos.

Isso porque ele criou uma revolução em relação aos brinquedos e mudou muita coisa que era bem comum para a época. E é claro que vamos contar para você, já que ele merece toda a atenção do mundo, além de ser bem curiosa a criação. Você já tem ideia de quem possa ser esse personagem? Então, continue lendo.

Sr. Cabeça de Batata é o responsável por isso! 

O famoso boneco nasceu em 1949, pelas mãos de George Lerner, um talentoso criador de brinquedos de Brooklyn. A ideia original era que as crianças utilizassem uma batata de verdade para espetar diversos acessórios, como olhos, nariz e lábios.

Porém, essa proposta inicial não foi muito bem aceita. Isso porque os Estados Unidos ainda estavam se recuperando do racionamento de alimentos causado pela Segunda Guerra Mundial. Então, muitas pessoas achavam feio desperdiçar comida para criar um brinquedo.

Dois anos depois, Lerner vendeu os direitos do brinquedo aos irmãos Henry e Merrill Hassenfeld, proprietários de uma pequena empresa em Rhode Island, que em pouco tempo se tornaria a gigante Hasbro.

A licença foi adquirida pelo equivalente a 82 mil dólares nos dias de hoje, com uma comissão adicional de 5% por cada brinquedo vendido.

No dia 30 de abril de 1952, o medo dos pais se tornou realidade quando o Sr. Cabeça de Batata se tornou o primeiro brinquedo a ser anunciado na televisão.

Naquela época, a televisão estava ganhando imensa popularidade – apenas 9% dos lares norte-americanos possuíam um aparelho no início da década. Mas, em 1959, esse número já alcançava impressionantes 85,9%.

A Hasbro identificou uma oportunidade de unir esses dois mundos, e a história indica que essa aposta valeu a pena. A empresa vendeu mais de um milhão de unidades do Sr. Cabeça de Batata só no primeiro ano em que iniciaram os anúncios televisivos.

Então, depois disso, a moda de ter os anúncios de brinquedo na TV se espalhou rapidamente. Tudo para garantir que os anunciantes conseguissem destacar seu produto e entrar na corrida para aumentar as vendas.

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Você se lembra de todos os seus brinquedos da época em que você era criança? E, se você soubesse, hoje em dia, que o seu brinquedo possuía um tipo de “cristal do tempo“, o que você faria?

Pode parecer loucura, mas não é! De acordo com alguns físicos, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, um “cristal do tempo” foi encontrado em um brinquedo.

Essa descoberta foi relatada em pesquisas publicadas em 2018. O brinquedo em questão era aquele kit de experimentos científicos, em que a criança pode fazer suas próprias misturas em casa. Esses cristais se diferenciam em sua composição dos cristais comuns. Quer entender melhor? Veja mais informações a seguir:

‘Cristal do tempo’ encontrado em brinquedo nos Estados Unidos

É comum os cientistas terem conhecimentos sobre os cristais comuns, como a sua composição ou sua quantidade de átomos, até mesmo o tipo de sistema que reproduzem. Porém, após essa descoberta do “cristal do tempo”, novas informações sobre cristais apareceram, conforme as pesquisas iam avançando.

A primeira informação relevante é que eles foram encontrados pela primeira vez em 2016. O seu padrão se repete através do tempo, e não através do espaço físico, como os cristais que estamos acostumados a ver por aí. De acordo com alguns físicos, esse tipo de cristal pode ser benéfico para relógios atômicos, assim como nas tecnologias quânticas.

Outra característica interessante é que seu cultivo é incrivelmente fácil e simples. Talvez até tenha sido por isso que eles foram colocados em embalagens de brinquedos para crianças. Os físicos continuaram suas pesquisas a fim de encontrar a assinatura desse tipo de cristal do tempo.

“Nossas medições de cristal pareciam impressionantes logo de cara”, diz o professor da Universidade de Yale Sean Barrett. Com isso, o professor começou a perceber que não seria tão simples encontrar a assinatura.

“Isso nos estimulou a tentar um experimento de ‘eco’ do ‘cristal do tempo’, que revelou a navegação oculta, ou ordem quântica, dentro do sistema”, revelou o principal autor do estudo, Jared Rovny.

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