Um vídeo viral de uma blitz da Lei Seca trouxe à tona uma situação intrigante que despertou a atenção nas redes sociais. Na gravação, uma motorista submetida ao teste do bafômetro foi surpreendida com um resultado positivo, mesmo assegurando não ter ingerido álcool.

Álcool zero, bafômetro positivo: entenda por quê

A reviravolta na história revelou que o bafômetro captou a presença de álcool no ar do veículo, proveniente do uso de álcool em gel por sua caroneira. Tal situação, embora peculiar, não é um fenômeno isolado.

Alguns bafômetros são extraordinariamente sensíveis, capazes de detectar a presença de álcool no ambiente interno do automóvel, sem necessariamente refletir o consumo pelo condutor.

Teste do bafômetro é feito quando a autoridade desconfia de embriaguez do condutor – Imagem: Reprodução

Tais dispositivos possibilitam testes através da proximidade da boca ou nariz, eliminando a necessidade de contato direto. A praticidade desse método é evidente, permitindo uma detecção rápida da presença de álcool.

Porém, é essencial destacar que, em caso de resultado positivo, é necessário realizar um segundo teste com o bafômetro tradicional, que mensura a quantidade de álcool no sangue do condutor.

Essa situação destaca a importância da contraprova nesses casos. Sem repetir o teste, a motorista estaria sujeita a multa significativa e suspensão do direito de dirigir.

Embora o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não especifique o direito à contraprova, tal prática é abordada no contexto de processos judiciais por crimes de trânsito.

Conhecer os direitos é fundamental, principalmente em abordagens da Lei Seca. Os condutores podem se recusar a fazer o teste do bafômetro, respaldados por um princípio constitucional que protege contra autoincriminação.

No entanto, é imprescindível entender que recusar o teste não exime o motorista das penalidades da Lei Seca.

Por fim, o episódio destaca a necessidade de consciência sobre os procedimentos legais, solicitação de contraprova quando apropriado e verificação da validade dos equipamentos utilizados nas blitze da Lei Seca.

Essas precauções são essenciais para evitar situações injustas e proteger os direitos dos condutores.

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A regra é clara: se beber, não dirija. Claro que o verão pode ser uma época difícil para quem tem carro e não gosta de abrir mão de uma cervejinha.

Se este é o seu caso, você pode optar por versões de cerveja sem álcool. Ainda assim, é necessário ter cautela em seu consumo, que deve ser limitado.

Tendo isso em mente, sempre há dúvidas sobre até quantas cervejas se pode beber sem ser pego no bafômetro.

Isso acontece porque, apesar de serem vendidas como sem álcool, as bebidas ainda contêm uma porcentagem pequena do composto.

Então, existe, sim, um certo limite em que podem ser ingeridas com segurança pelos motoristas brasileiros. Mas qual é esse limite, afinal?

Multa por beber e dirigir pode chegar até a R$ 5.869,40 – Imagem: katarzynaBialasiewicz/Getty Images

Até quantas cervejas posso consumir sem ser pego no bafômetro?

Antes de tudo, você precisa garantir que a cerveja a ser consumida tenha até 0,5% de teor alcoólico. Com isso, o teste do Inmetro aponta que a dose segura é de até 700ml, o que daria em média duas latinhas.

Caso decida beber mais do que isso, pode ultrapassar os 0,3mg/l de álcool no sangue, que é a tolerância do teste do bafômetro.

Dessa forma, deverá receber uma multa de R$ 2.934,70, que é multiplicada por 10 devido ao risco que o motorista embriagado apresenta ao trânsito.

Se esse indivíduo for reincidente dentro de uma janela de um ano, ela pode chegar a R$ 5.869,40, além da cassação da carteira por 24 meses.

Apenas bebidas alteram o nível de álcool no sangue?

Além das bebidas convencionais, como cerveja, vinho e vodca, outros alimentos podem fazer um motorista cair no bafômetro.

Entre eles, as sobremesas alcoólicas são mais comuns, mas muitas pessoas as subestimam. Logo, antes de dirigir, é importante evitar os bombons de licor, mousses com vodca etc.

Ademais, se procura pelas melhores opções de cerveja sem álcool, a Itaipava é uma das poucas no Brasil com exatamente 0,0%.

Ou seja, você pode consumir quantas quiser antes de pegar o seu carro. Além disso, outras marcas, como Budweiser, Corona e Brahma, também possuem suas versões 0,0%.

Ainda assim, o recomendado mesmo é ficar na água ou no suco. Claro, também se pode beber e optar por voltar de táxi, aplicativos de transporte, etc.

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Um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de Stanford e Toronto sugere que os smartphones podem se tornar aliados na detecção de embriaguez por meio de mudanças na voz.

Publicada no Journal of Studies on Alcohol and Drugs, a pesquisa revelou que os sensores presentes em smartphones e alto-falantes inteligentes foram capazes de identificar a intoxicação alcoólica com 98% de precisão.

O experimento envolveu 18 adultos, com 21 anos ou mais, que receberam doses de álcool com base em seus pesos.

Os participantes foram submetidos a trava-línguas antes e após a ingestão, lendo em voz alta enquanto seus smartphones gravavam as vozes a uma distância de 30 a 60 centímetros.

A análise das mudanças nos padrões de voz ao longo do experimento previu a intoxicação alcoólica com alta precisão.

Intervenções para segurança viária

O pesquisador principal, Brian Suffoletto, professor associado de medicina de emergência em Stanford, destaca o potencial da pesquisa para fornecer intervenções eficazes na prevenção de lesões e mortes em acidentes de carro.

Ele enfatiza a importância de ferramentas de intervenção fáceis de usar e prontamente disponíveis, apontando para a ubiquidade dos smartphones como uma solução viável.

Imagem: Freepik/Reprodução

Suffoletto também vislumbra a possibilidade de combinar vários sensores, como análise do comportamento de locomoção, voz e mensagens de texto, para aumentar a precisão na detecção.

Contudo, ressalta a necessidade de mais estudos, envolvendo pessoas de diferentes origens, para confirmar a validade dos padrões de voz como indicadores confiáveis de intoxicação.

A pesquisa destaca a importância do tempo na eficácia das intervenções, apontando que os lembretes de limites de consumo no início do processo de ingestão alcoólica podem ter um impacto significativo.

No entanto, uma vez que a pessoa esteja intoxicada, a eficácia dessas intervenções pode diminuir.

Esse avanço na detecção de embriaguez por meio de smartphones abre portas para tecnologias de segurança viária inovadoras e eficazes, alinhadas ao objetivo de reduzir acidentes e promover um ambiente mais seguro nas estradas.

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