Alavancar a carreira é um objetivo muito comum entre as pessoas e, para alcançá-lo, elas usam diversas estratégias diferentes.

Enquanto alguns procuram aprimorar suas habilidades e conhecimentos por meio de cursos, treinamentos com certificações, outros buscam oportunidades de networking, conhecendo pessoas a fim de expandir seus contatos e criar laços profissionais.

Contudo, uma habilidade pouco explorada e por vezes subestimada que, na realidade, deveria ser desenvolvida por todos os trabalhadores que almejam um crescimento profissional é a autoconsciência.

Isso pode parecer um tanto estranho e pouco revelador, mas uma neurocientista formada em Harvard afirma que esse é o segredo usado por pessoas bem-sucedidas.

Neurocientista revela traço comum para o sucesso  

Foto: Unileão/Reprodução

Embora não seja uma certificação ou um curso de qualificação, a autoconsciência pode auxiliar diretamente na evolução do seu trabalho.

Segundo Juliette Han, essa habilidade, quando explorada adequadamente, eleva as possibilidades de sucesso e desempenho. No entanto,  como isso realmente afeta nossa carreira?

De acordo com ela, a autoconsciência não se resume a entender as emoções, mas a alinhar suas capacidades aos seus interesses e objetivos.

Dessa forma, é possível criar metas compatíveis com quem você realmente é, fator que facilita suas decisões e rumos a serem tomados.

Como ter mais autoconsciência?

Pensando em como ajudar os profissionais a desenvolverem essa conscientização própria, Juliette propõe três exercícios para praticar a autorreflexão e entendimento. Veja a seguir quais são:

1. Compare suas habilidades aos seus propósitos

Primeiramente, Han esclarece que devemos nos questionar e refletir acerca de duas perguntas, sendo elas: “No que sou bom?” e “O que gosto de fazer?”.

A partir daí, pode-se identificar certos tipos de trabalhos e tarefas que fazemos com maestria, a depender da área associada a seu conhecimento, habilidades e talentos.

Com essas respostas, definir um objetivo claro e correspondente à sua capacidade torna-se mais fácil e, assim, você poderá focar no crescimento da carreira correta, evitando indecisões e frustrações.

2. Feedbacks ampliam perspectivas

Além de refletir sobre si, é importante, de acordo com a neurocientista, que sua visão seja expandida para além do próprio olhar. Portanto, seria plausível perguntar a um colega de trabalho ou superior se algo que você já fez foi útil ou influenciou a carreira dessa pessoa.

Assim, você receberá um feedback de uma pessoa que te analisa exteriormente. A partir disso, é possível entender o seu impacto na vida alheia, além de identificar seus pontos fracos e fortes para trabalhar o que for necessário.

3. Traçar objetivos

Após entender qual a melhor área a qual você se adequa e ter em mente suas falhas e acertos, pode-se definir metas e caminhos a seguir, sempre vigiando o progresso e refletindo com a autoconsciência.

Os novos objetivos podem ser muito mais parecidos com suas vontades e talvez você não sinta insatisfação ao realizar uma tarefa repetidas vezes.

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Levando em consideração uma tese filosófica, a autoconsciência é um fator decisivo na racionalidade humana, pois é o fator que nos permite entender o que nos diferencia dos demais seres, fato que nos torna únicos.

Partindo desse princípio, entender se os animais são dotados desse mesmo dom vai além de uma simples curiosidade e envolve entender que essa capacidade em um animal “irracional” pode ter um significado maior.

Alguns animais são autoconscientes

Em 2006, nos Estados Unidos, foi realizado um estudo para entender se os animais são capazes de reconhecer os seus próprios reflexos. O experimento testou três elefantes asiáticos e descobriu-se que esses animais, de fato, são capazes de reconhecerem a si mesmos.

Para comprovar tal tese, os pesquisadores marcaram os elefantes com símbolos distintos. A intenção era apurar se os animais conseguiriam identificar qual era o seu corpo.

O resultado é que a interação entre os animais e os seus reflexos se deu de forma consciente. Os elefantes pareciam entender que aquele sinal era o que os identificava. Entre as ações, os elefantes moviam suas trombas da mancha para a boca.

Alguns até mesmo pareciam estudar sua anatomia, como foi o caso de Maxine. Esse animal levou a tromba até a boca no espelho e, em outra ocasião, usou a tromba para “puxar” a orelha. Os movimentos eram feitos de forma lenta, como se os paquidermes estivessem analisando as suas reações.

Os símios (uma espécie de macacos sem caudas) também foram objetos de estudos. O resultado dessa pesquisa foi interessante, pois se observou que apenas os macacos adultos interagiram com o reflexo.

Além do mais, os mamíferos mais jovens pareciam ainda não ter desenvolvido a autoconsciência, enquanto os mais velhos pareciam tê-la perdido.

Além de elefantes e macacos, animais como orcas e golfinhos também já demonstraram possuir essa capacidade.

A pergunta que fica agora é: até onde essa capacidade vai? Seriam tais animais capazes de ter uma consciência mais profunda sobre a sua existência?

Até o momento, não existe uma resposta para essas questões. Só podemos esperar que novos estudos abordem esse tema.

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