Recentemente, na cidade de Ahmedabad, na Índia, uma mulher passou por uma experiência perturbadora e invasiva ao começar a receber notificações de que um AirTag estava próximo a ela em diferentes momentos do dia.

A situação tornou-se ainda mais alarmante quando ela percebeu que essas notificações ocorriam principalmente quando estava em seu veículo. Essa série de eventos desconcertantes começou a levantar questões sobre sua privacidade e segurança.

As notificações do AirTag não se limitaram apenas ao dispositivo da mulher, pois sua filha e até mesmo o motorista do carro também começaram a receber alertas. Diante dessa estranha situação e sem entender o que estava acontecendo, a mulher decidiu buscar ajuda da polícia.

Após uma investigação minuciosa, a polícia descobriu que o ex-marido da mulher havia colocado o AirTag no veículo dela como parte de um esforço para rastreá-la e monitorar seus movimentos. O dispositivo estava sendo utilizado de maneira invasiva, com o objetivo de obter informações sobre a localização da mulher sem seu consentimento.

Essa invasão de privacidade levantou questões legais importantes na Índia, e o ex-marido foi responsabilizado por violar as leis de segurança do país, de acordo com o Código Penal local.

As leis de privacidade e segurança variam de país para país, mas em muitas jurisdições, o uso indevido de dispositivos de rastreamento como o AirTag para monitorar pessoas sem consentimento pode ser considerado ilegal e resultar em penalidades severas.

Mas, afinal, o que é o AirTag?

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Agora, em relação ao AirTag em si, é importante entender que esse dispositivo foi desenvolvido pela Apple como uma ferramenta legítima para ajudar as pessoas a rastrear e localizar objetos pessoais, como chaves, carteiras e mochilas.

Ele funciona por meio da tecnologia Bluetooth de baixa energia e pode ser emparelhado com um dispositivo iOS, como um iPhone ou iPad, através do aplicativo Buscar, da Apple.

Isso permite que os usuários localizem seus objetos perdidos em um mapa. Enquanto isso, os AirTags emitem um som para auxiliar na localização e enviam notificações quando se aproximam do objeto perdido.

No entanto, é fundamental utilizar o AirTag de maneira ética e respeitando as leis e direitos individuais de privacidade. Se alguém for utilizar um AirTag em um contexto que envolva outra pessoa, é necessário obter seu consentimento adequado para evitar violações de privacidade e problemas legais, como no caso mencionado acima.

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Viver na era da tecnologia traz inúmeras vantagens, mas também apresenta riscos de espionagem que podem comprometer a nossa privacidade e segurança. Em um mundo cada vez mais conectado, onde dispositivos inteligentes estão presentes em todos os aspectos de nossa vida, é essencial estar ciente dos potenciais perigos.

A coleta de dados pessoais por empresas e governos, aliada à possibilidade de dispositivos serem hackeados, ameaça nossa privacidade. Ademais, o uso de malwares e a análise de comportamento suscitam preocupações acerca da segurança cibernética e da liberdade individual.

Reduzir esses riscos requer a adoção de práticas de segurança, tais como a realização de atualizações regulares, a criação de senhas robustas e a consciência sobre o compartilhamento de informações. Encontrar um equilíbrio entre a conveniência tecnológica e a proteção da privacidade é crucial neste cenário em constante evolução.

Atualmente, por exemplo, dispositivos de rastreamento, como os populares AirTags, da Apple, já fazem parte de nossas vidas. Embora eles tenham um propósito legítimo, como auxiliar na localização de objetos perdidos, seu uso também pode ser explorado por indivíduos mal-intencionados.

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Reconhecendo esse problema, o sistema operacional Android lançou uma ferramenta, com o objetivo de manter os usuários informados e protegidos contra o rastreamento indesejado. A seguir, vamos explorar o passo a passo desse novo recurso e como ele pode garantir a sua privacidade.

Recurso do Android contra o rastreamento indesejado

O sistema operacional Android já possui um sistema integrado de detecção de rastreadores, o que dispensa a necessidade de instalação de aplicativos adicionais. Essa funcionalidade pode ser acessada pelos usuários por meio de uma atualização dos serviços do Google Play.

Para acessar esse recurso, basta abrir as configurações do celular Android. Dentro desse menu, localize e toque na seção “Segurança e Emergências”. Essa etapa é padronizada na maioria dos dispositivos Android, garantindo que os usuários possam facilmente encontrar essa função.

Nesta seção, os usuários encontrarão a opção “Alertas sobre Dispositivos de Rastreamento Desconhecidos”. Se não estiver visível imediatamente, não há motivo para preocupação. A realização de uma atualização dos aplicativos via Google Play normalmente adicionará essa opção.

Uma vez nesta seção, o smartphone começará a notificá-lo sobre a detecção de dispositivos de rastreamento nas proximidades. Ainda é possível realizar uma busca manual por dispositivos suspeitos. No entanto, é importante lembrar de nunca desativar a função “Permitir Alertas”, pois isso comprometeria o papel de vigilante do dispositivo.

Caso algum rastreador seja detectado, o Android não apenas identificará a presença, mas também permitirá uma investigação mais profunda. Ao clicar sobre o dispositivo detectado, você poderá acessar informações adicionais sobre ele.

Se sentir que você está sendo monitorado, existe a opção de fazer o dispositivo emitir um som discreto. Instruções adicionais sobre como desativar o dispositivo também podem ser encontradas nessa etapa.

Seguindo essas etapas simples e eficazes, você estará preparado para navegar no mundo digital com confiança renovada e a garantia de que a sua privacidade permanecerá intacta. Com esse novo recurso de detecção de rastreadores do Android, essa proteção está ao alcance de todos os usuários.

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Não é novidade para ninguém que o mercado da tecnologia avança cada vez mais. O ramo é bastante diverso e se renova diariamente. E nas grandes empresas e plataformas como Google e Apple, essas inovações não são surpresas. Até porque lançamentos diários são comuns para as grandes líderes do mercado.

No último dia 10, Google e Apple anunciaram uma parceria durante o evento anual Google I/O. A nova parceria tem relação com o mais novo lançamento das empresas, uma ferramenta desenvolvida para smartphones Android que emite alerta quando o usuário está sendo acompanhado por um AirTag desconhecido.

O que são AirTags?

Os AirTags são uma tecnologia desenvolvida exclusivamente pela Apple. Eles são dispositivos que servem para rastrear objetos de uso pessoal, como mochilas e notebooks.

Apesar de inovadora e útil, em alguns países, como Estados Unidos e Canadá, a tecnologia tem sido usada para fins criminosos. Infelizmente, alguns indivíduos têm usado essa tecnologia para rastrear pessoas sem elas saberem.

Os criminosos colocam os AirTags nas bolsas das pessoas sem que percebam. Dessa forma, conseguem ter acesso ao local onde estão, a fim de promover sequestros e assaltos.

Tendo isso em vista, o Google e a Apple se uniram e desenvolveram a ferramenta que alerta os aparelhos Androids sobre quando existe um AirTag desconhecido acompanhando o usuário. A nova tecnologia deverá estar disponível nos próximos meses.

Contudo, no mesmo evento em que houve o anúncio da nova parceria, o Google não perdeu a oportunidade de dar uma “alfinetada” na Apple em relação a um assunto antigo: RCS.

Entenda o que são RCS

Rich Communication Services, ou RCS, é um código de comunicação entre as operadoras de telefonia que substitui o SMS. O RCS é considerado melhor e mais seguro para a interoperabilidade.

Já faz algum tempo que o Google passou a utilizar o código nos aparelhos Androids. Além disso, vem criticando a Apple por não adotar a medida nos aparelhos iOS.

Durante o evento, o vice-presidente de gerenciamento de produtos do Google, Sameer Samat, fez um discurso que garantiu risadas e aplausos da plateia ao criticar a empresa concorrente.

“Esperamos que todos os sistemas operacionais móveis captem a mensagem e adotem o RCS para que todos possamos participar de um bate-papo em grupo, não importa qual dispositivo você esteja usando”, afirmou o executivo.

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Após a polêmica que envolvia a Apple e o uso de seus rastreadores, foi liberado uma atualização: um sistema novo para o AirTag. A novidade é uma função que alerte as pessoas quando elas estão sendo rastreadas.

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Essa ação é tipificada como crime no Código Penal Brasileiro como perseguição e impõe uma pena de seis meses a dois anos de reclusão e aumenta para três, caso o crime seja praticado contra mulher.

Violações de segurança

As polêmicas sempre permearam o AirTag, desde o seu lançamento em abril de 2021, devido à possibilidade de rastrear seres humanos. Em 2021, um jornalista contou que realizou uma série de testes na tentativa de burlar as medidas de segurança implementadas pela Apple e diz que em vários deles obteve sucesso.

O jornalista rastreou um colega, com consentimento, pelo período de uma semana, nesse período, os profissionais perceberam que o AirTag conseguia mostrar a localização exata da pessoa rastreada.

Em 2022, o New York Times divulgou relatos de uma série de usuários que faziam reclamações sobre situações parecidas. Os repórteres do jornal foram até a Apple para ouvir o que a empresa tinha a dizer sobre as medidas de segurança adotadas e a empresa fez um pronunciamento público sobre suas melhorias contra perseguidores.

Aqueles que possuem celulares com sistema Android contam com uma app que conseguem revelar se possui um AirTag ou não por perto.

Como saber se a nova atualização está disponível

Já é possível descobrir se a mais nova versão está disponível abrindo o app Buscar do iPhone, selecionando a AirTag.

Logo, quando tocar no nome do rastreador digital, número de série e a versão correspondente deverá aparecer. A versão mais recente é a 1.0.391.

O preço sugerido do AirTag é de R$ 369, porém, muitos usuários o encontram por R$ 271 na Amazon. O produto tem como objetivo encontrar de forma rápida os pertencer do dono como mochilas, malas e chaveiros.

A Apple não indica que se utilize em pessoas e animais.

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Um fato inusitado ocorreu, acontece que um fotógrafo, que teve seu equipamento roubado, conseguiu recuperar todos os itens graças a uma ajuda que surpreendeu a todos: a localização que foi fornecida por um AirTag.

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Esse rastreador inteligente da Apple consegue manter o dono de determinados equipamos atualizado acerca da localização de seus objetos, facilitando na hora de encontrá-los quando os perdemos.

Em vista disso, é válido salientar que esse caso ocorreu na Austrália com Graham Tait, quando foi fazer um passeio no feriado no sul do país e acabou tendo seu carro invadido, enquanto estava estacionado próximo ao hotel onde estava hospedado.

No roubo, os bandidos conseguiram levar cerca de 10 mil dólares australianos, cerca de 36 mil reais ou 7 mil dólares convertendo diretamente a moeda. Além disso, conseguiram levar equipamentos, câmeras, tripés, baterias, unidades de armazenamento, uma GoPro e um notebook.

No entanto, para a sorte de Graham Tait, tanto a mochila quanto sua câmera e notebook possuíam AirTags acopladas e, fazendo o uso do aplicativo Find My do celular, ele conseguiu rapidamente encontrar a localização dos criminosos.

Por sorte, os criminosos estavam em outro quarto no mesmo hotel e foram detidos após Tait chamar a polícia. Destarte, vale salientar que, em abril de 2021, a Apple lançou os AirTags para manter o controle sobre objetos como malas e chaves que facilmente são perdidos e, na maioria das vezes, gera um incômodo para encontrá-los.

Depois, os criminosos foram levados presos e cidadão australiano conseguiu recuperar suas coisas.

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Ano passado, a Apple lançou um dispositivo muito interessante, que permite que você encontre seus pertences perdidos com um clique. O Apple AirTag é um dispositivo bem pequeno, em formato de botão, que você pode prender em chaves, carteiras, ou qualquer coisa que você possa ter o perigo de perder. Com o aplicativo no celular, é possível rastrear o dispositivo facilmente.

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Mas como isso pode estar tirando o sono de algumas mulheres?

Nos Estados Unidos, há vários relatos onde este dispositivo está sendo usado para rastrear mulheres. Como foi o caso de Amber Norsworthy de 32 anos, do Mississipi, que relata ter recebido uma mensagem em seu celular que dizia que um dispositivo desconhecido estava acompanhando seus movimentos. No aplicativo, mostrava que o mesmo havia acompanhado todo seu trajeto.

“O aplicativo me mostrou toda a minha rota. Dizia ‘a última vez que o proprietário viu sua localização foi às 15h02’ e eu pensei: ‘isso é agora, estou em casa’.“

Ao entrar em contato com a Apple, constatou que realmente se tratava de um AirTag que, até agora, não foi encontrado por ela. Já a policia não soube o que fazer.

Mais seis mulheres relataram a BBC que foram rastreadas por dispositivos Apple AirTag.

Quando criou o dispositivo, a Apple tomou algumas medidas de segurança para avisar as pessoas caso estejam sendo rastreadas. Uma destas medidas é que celulares com sistema IOS seriam notificados, caso um AirTag estivesse seguindo seu trajeto, como foi o caso de Amber. Em dezembro, a empresa lançou um aplicativo para Android, para que usuários que não tem dispositivo IOS possam se proteger do rastreio criminoso.

Mas a insegurança ainda paira sobre as mulheres, que consideram as medidas da Apple insuficientes, pois segundo a empresa, os bipes do aplicativo, avisando sobre um AirTag indesejado, só começam após 8 horas. Para alguns usuários, pode ser tarde demais.

“Se você cria um item que é útil para rastrear itens roubados, também cria uma ferramenta perfeita para perseguição“, diz Eva Galperin, diretora de segurança cibernética da Electronic Frontier Foundation.

Infelizmente, sempre tem quem use a evolução da tecnologia para o mal.

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Os AirTags foram lançados no intuito de auxiliar no controle dos objetos de valor, mas as pessoas tem se aproveitado de sua eficiência ao usar para outros propósitos, entre eles, o de rastrear pessoas. Para isso, em seu blog, a Apple anunciou diversas atualizações que impedirão o rastreamento indevido através dos AirTags.

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No post do blog, a Apple disse : “O AirTag foi projetado para ajudar as pessoas a localizar seus pertences pessoais, não para rastrear pessoas ou propriedades de outras pessoas, e condenamos nos termos mais fortes possíveis qualquer uso malicioso de nossos produtos. O rastreamento indesejado tem sido um problema social há muito tempo, e levamos essa preocupação a sério no design do AirTag. É por isso que a rede Find My foi criada com a privacidade em mente, usa criptografia de ponta a ponta e por isso inovamos com o primeiro sistema proativo para alertá-lo sobre rastreamento indesejado. Esperamos que isso inicie uma tendência do setor para que outros também forneçam esses tipos de avisos proativos em seus produtos”.

Os usuários do iOS serão alertados se um AirTag desconhecido estiver viajando com eles, além disso, poderão localizar o AirTag usando o novo recurso de sequência de tons.

Dentre as atualizações, os aparelhos da Apple terão uma notificação que mostre quando um rastreador indesejado, que não está emparelhado com o seu próprio (iPhone), estiver viajando com você. Os aparelhos iPhone 11, iPhone 12 e iPhone 13 poderão usar o Precision Finding para encontrar a localização exata do AirTag se necessário. À medida que um usuário do iPhone se move, o Precision Finding funde a entrada da câmera, ARKit, acelerômetro e giroscópio para guiá-los ao AirTag por meio de uma combinação de som, toque e feedback visual.

O recurso de sequência de tons é bem simples e funcional, quando for identificado uma AirTag desconhecida será enviado um alerta sonoro.

Toda parte de suporte de rastreamento indesejado foram atualizados no site oficial da empresa, facilitando o auxílio caso haja necessidade de comunicar algo relacionado à segurança dos acessórios de rede AirTag, AirPods e Find My. Os usuários, que forem identificados usando indevidamente as AirTags, serão penalizados.

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