Ameaçados de extinção: quase metade dos animais do planeta corre risco de desaparecer

Se já havia preocupações sobre o futuro dos animais, agora o problema piorou.

O constante crescimento da população e a urbanização afetam drasticamente os sistemas naturais de fauna e flora. Por isso, sabemos que as ameaças provocadas pela humanidade aos membros do reino animal são pautas tradicionais do ambientalismo.

Diversas espécies de animais foram extintas nos últimos séculos, e há uma preocupação crescente quanto ao risco que as espécies ainda existentes sofrem. Com isso, torna-se necessário o conhecimento de estratégias para combater essa ameaça, além de estatísticas que possam nos mostrar quais são os grupos mais afetados.

Foi pensando nisso que um novo estudo fez uma abordagem diferente em relação ao método usado para classificar as espécies. O resultado é impressionante e muito mais preocupante que o esperado.

Método de pesquisa sobre animais em extinção

Pesquisa revela novos números de espécies em risco de extinção
Foto: Adriano Gambarini/Reprodução

É importante ter em mente que os métodos hoje utilizados para classificar os animais advém dos parâmetros estabelecidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). São quatro critérios no total, a saber:

  1. Diminuição da população nas últimas três gerações ou a projeção para as próximas três;
  2. Quantidade de indivíduos para se reproduzir;
  3. Área ocupada pela espécie;
  4. Análises quantitativas que indicam extinção nas próximas três gerações.

A partir dessas análises, é possível classificar as espécies em oito categorias diferentes, sendo elas, do menor ao maior risco: deficiente de dados; pouco preocupante; quase ameaçada; vulnerável; em perigo; criticamente em perigo; extinta na natureza; e extinta.

Com base nesses critérios, o levantamento da IUCN indica que 28% das espécies estão ameaçadas atualmente.

Nova pesquisa com método de avaliação diferente

A pesquisa com a maior base de dados existente foi produzida na Universidade de Belfast, na Irlanda do Norte, e avaliou mais de 70 mil animais de diversas espécies. O único parâmetro analisado foi o crescimento, diminuição ou estabilidade de uma espécie. Mesmo assim, os números são alarmantes.

O estudo publicado na Biological Reviews mostrou um declínio no número populacional de 48% das espécies avaliadas, sendo que apenas 3% estão em crescimento.

Além disso, essa pesquisa revelou que 33% dos animais tidos em categorias consideravelmente seguras também correm risco de extinção. Tais dados revelam que a questão é ainda mais grave do que se imaginava.

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