‘Anéis de Poder’: Saiba como raças malignas mudaram a percepção do público

De maneira inédita, agora as criaturas malignas da série são mostradas sob uma nova perspectiva, a qual é diferente de todas as mostradas anteriormente.

Recentemente, a série “Senhor dos Anéis: Anéis de Poder” percorreu um longo caminho para corrigir uma das maiores críticas às obras de Tolkien e às subsequentes adaptações da trilogia de filmes de Peter Jackson. 

Essa crítica foi sobre sua apresentação das “raças más”. Nas histórias originais de “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”, há uma distinção clara e definida entre as boas raças do mundo, incluindo os elfos e os hobbits, e as raças más, como os orcs e os goblins.

A trama mostrou com muita inteligência, pela primeira vez, elfos que eram vistos como pomposos, hipócritas e até injustamente opressivos para com os sulistas. Isso começou a desafiar a ideia de se raças inteiras poderiam ser realmente boas ou más. 

Na verdade, o alto rei Gil-galad compartilha as características que tornaram Thranduil tão odiado nos filmes. Ele também tem a arrogância e a superioridade que começaram a quebrar a ideia aparentemente dourada dos elfos como uma raça de seres.

No terceiro episódio da série, ficou bem claro que os orcs também eram diferentes de sua representação nos filmes dos anos 2000. Houve mudanças em tudo, desde aparência e movimentos até o tratamento que dispensavam aos elfos.

Eles ainda não demonstraram compaixão pelos escravos que haviam encarregado de cavar o canal para o Monte Doom. As criaturas do filme “O Senhor dos Anéis pareciam inclusive contentes em espancar um ao outro até a morte e possivelmente comer os restos mortais.

Contudo, na trama atual, eles mostraram amor e respeito por seus mortos, uma característica especialmente demonstrada por Adar, a quem os orcs chamam de pai.

A promessa de Adar a Galadriel de que ele construiria um lar para os orcs, onde eles finalmente pertenceriam e estariam seguros, foi uma visão muito nova e interessante da imagem anteriormente sedenta de sangue da raça.

Contudo, isso não significa que as raças tenham trocado de papel. Os elfos não se tornaram sádicos e os orcs não se tornaram santos.

No entanto, definitivamente houve uma mudança no entendimento de que há variação em todas as raças e, de fato, dentro de cada indivíduo.

A explicação é que nem todos os orcs, tampouco todos os elfos, podem ser manchados com o mesmo pincel.

Por fim, ainda não se sabe como essa nova complexidade moral se desenvolverá, mas certamente será um ponto de foco importante para a segunda temporada do programa.

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