Ameaça do espaço: conheça o protocolo global para meteoritos

O protocolo oficial de alerta global é acionado em caso de meteorito em rota para a Terra.

A imagem de um meteorito em rota para a Terra, popularizada pelo cinema, desperta desespero e até curiosidade sobre como a humanidade lidaria com tal ameaça.

Contrariando as narrativas cinematográficas, a NASA já delineou um procedimento oficial para lidar com tal possibilidade, isso vai além da ideia de enviar mineradores para explodir o asteroide ao som de músicas épicas.

Protocolo oficial para alertar o mundo da ameaça de meteorito

Meteoritos em choque com a Terra são uma preocupação considerável – Imagem: Canva Pro/Reprodução

O nosso planeta tem uma história tumultuada com quedas de meteoros, influenciando até mesmo a formação dos continentes.

No entanto, desde a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos, entramos em um período de relativa calmaria.

O asteroide Chicxulub, responsável pela extinção dos grandes répteis, tinha pelo menos 10 km de diâmetro, causando um impacto equivalente a duas milhões de vezes uma bomba de hidrogênio.

A diferença crucial agora reside no fato de que a NASA desenvolveu medidas preventivas e um protocolo claro para alertar o mundo sobre a iminência de um meteorito.

A agência americana trabalha em conjunto com a Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN, na sigla em inglês), uma coalizão global de astrônomos que monitora asteroides potencialmente perigosos.

Como funciona o protocolo?

A principal ferramenta da NASA é o rastreamento constante de asteroides. Em colaboração com a IAWN, a agência analisa e compartilha dados sobre rochas espaciais potencialmente perigosas.

Se houver consenso sobre a ameaça, a NASA emite um alerta. Caso o asteroide represente uma ameaça aos Estados Unidos, a Casa Branca é notificada; para ameaças internacionais, o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral (UNOOSA) é informado.

Lindley Johnson, executivo do Programa para o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária, enfatiza a importância de encontrar asteroides antes que eles nos encontrem.

Não há telefone vermelho na mesa, mas procedimentos formais garantem a notificação de um impacto sério.

Para ser considerado potencialmente perigoso, um asteroide precisa ter mais de 140 metros de diâmetro e estar a 0,5 unidade astronômica de distância da Terra.

Com mais de 2.300 asteroides perigosos já mapeados, a NASA está preparada para agir. Quando um asteroide conhecido apresenta chance de impacto, como o Benu, a agência tem estratégias definidas.

O protocolo oficial oferece uma abordagem séria e coordenada para enfrentar ameaças celestiais, garantindo que, se um dia enfrentarmos um meteorito em direção à Terra, estaremos prontos para agir em conformidade com o protocolo estabelecido pela NASA.

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