Ameaça à dublagem brasileira? Descubra o que tem preocupado os profissionais da área

Youtuber debate impacto da IA na dublagem e indústria reage para proteger profissionais; veja as implicações.

Recentemente, o youtuber Felipe Castanhari trouxe à tona uma discussão polêmica sobre o futuro da dublagem em português. Ele abordou como a inteligência artificial (IA) pode impactar negativamente o trabalho dos dubladores, levantando preocupações sobre a possibilidade de a dublagem tradicional ser substituída por vozes geradas artificialmente.

Neste artigo, exploraremos os pontos-chave dessa polêmica e as implicações da inteligência artificial na indústria do entretenimento.

A ameaça da IA generativa

A inteligência artificial generativa é uma tecnologia revolucionária capaz de criar textos, imagens, vídeos e vozes com base em conteúdos pré-existentes. Demonstrou ser capaz de imitar vozes humanas, levantando preocupações sobre a possibilidade de substituição de dubladores, narradores de audiolivros e locutores profissionais.

A IA tem o potencial de clonar vozes, tornando desnecessária a contratação de dubladores renomados, como Guilherme Briggs para dublar Henry Cavill, por exemplo.

Foto: Portal GMC/Reprodução

Plataformas como o revoicer.com já oferecem um amplo catálogo de vozes geradas pela IA a um preço acessível, ameaçando a profissão de dubladores. Essas soluções automatizadas podem oferecer uma alternativa mais barata e rápida para dublagens de filmes, séries e outros conteúdos, o que pode afetar negativamente a indústria de dublagem.

A atenção aos efeitos da inteligência artificial na indústria do entretenimento foi redobrada de tal maneira que aproximadamente 20 associações e sindicatos da Europa, Estados Unidos e América Latina se uniram para formar a Organização das Vozes Unidas (OVU).

O principal objetivo da OVU é proteger os interesses dos dubladores e locutores, incentivando projetos de lei que impeçam o uso não autorizado de suas vozes para treinar a inteligência artificial e estabelecendo cotas para o trabalho humano.

Em resposta à ameaça representada pela inteligência artificial (IA) na dublagem, alguns países da América Latina já tomaram medidas para regulamentar a tecnologia. O México apresentou um projeto de lei que visa controlar o uso da IA nesse setor, enquanto a Argentina já possui uma legislação que proíbe pessoas sem diploma de oferecer serviços de locução e dublagem.

A discussão sobre a ameaça da inteligência artificial na dublagem em português é uma reflexão importante sobre o futuro do entretenimento e do trabalho humano na era da tecnologia.

Embora a inteligência artificial generativa possa oferecer eficiência e economia de custos, é fundamental encontrar um equilíbrio e trazer soluções que beneficiem a todos, permitindo a coexistência harmoniosa entre tecnologia e arte.

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