ALERTA! Solidão afeta gravemente a saúde, segundo estudos
Mal do século impacta profundamente a saúde humana.
A relação entre saúde e bem-estar está intrinsecamente ligada aos hábitos diários. Tanto a má alimentação como a falta de exercício físico são frequentemente associadas ao surgimento de doenças ao longo do tempo.
Contudo, um aspecto muitas vezes negligenciado é o impacto que a solidão tem na saúde humana.
Enquanto a atenção da mídia costuma se focar em contrapontos da dieta desregrada e do sedentarismo, a solidão também é um fator crucial para o equilíbrio físico e mental.
Pesquisas recentes revelam conexões entre a solidão e condições de saúde graves, mostrando um elo entre o isolamento social e doenças crônicas.
Sobretudo após o isolamento das pessoas após a pandemia de covid-19, vários estudos foram feitos e atestam que a solidão é, sim, responsável por desencadear doenças cardíacas, distúrbios mentais e enfraquecimento do sistema imunológico.
Dada a sua gravidade, essa discussão ganha espaço no âmbito científico, despertando a atenção para a importância das relações sociais saudáveis na promoção da saúde.
O ser humano não foi feito para ficar só
A essência humana reside na interação social e, por isso, a solidão contraria a nossa natureza. A jornada humana passa por estágios diferentes, da infância à velhice.
Entretanto, é comum que, na velhice, as pessoas se afastem, mergulhando na solidão. No entanto, é válido reforçar que não é necessário estar em uma determinada idade para começar a se isolar.
A necessidade intrínseca de conexão com os outros é vital em todas as fases da vida. Reconhecer e evitar a solidão na velhice é crucial para o bem-estar e a qualidade de vida, honrando a natureza social e relacional do ser humano.
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Que doenças a solidão pode provocar?
A conexão entre a solidão e o Mal de Parkinson tem sido objeto de estudo, trazendo à tona descobertas preocupantes.
Segundo a revista médica JAMA Neurology, uma pesquisa envolvendo 491.603 pessoas revelou uma associação alarmante: indivíduos solitários apresentam um risco 37% maior de desenvolver Parkinson.
Mesmo após descontar fatores genéticos e variáveis, os indivíduos solitários mantiveram uma probabilidade 25% maior de desenvolver a doença.
Essa descoberta suscita inquietações, pois a solidão, já reconhecida por gerar depressão, parece agora estar associada também ao Mal de Parkinson.
Pesquisadores especulam que a solidão pode ser tanto um sintoma precoce quanto posterior ao diagnóstico da doença.
Essa constatação reforça a importância não apenas do acompanhamento médico, mas também da atenção aos aspectos psicossociais na prevenção e tratamento de condições neurológicas, ressaltando a necessidade de abordar a solidão para preservar a saúde integral.