ALERTA: Ciência brasileira prevê novos surtos pandêmicos nos próximos 10 anos
Parece que as notícias não são nada boas. Depois da pandemia de covid-19, um cientista brasileiro afirma que, nos próximos dez anos, poderemos viver outro surto semelhante!
Se você achou que o mundo poderia estar livre de uma nova pandemia, está enganado(a). Depois do medo que o covid-19 causou, uma informação deixou muitas pessoas preocupadas.
Durante uma entrevista ao O Globo, Luiz Vicente Rizzo, imunologista e cientista que desempenhou um papel ativo e significativo no combate à pandemia de covid-19 em várias áreas, ofereceu uma explicação convincente sobre sua convicção de que enfrentaremos outra pandemia ou emergência sanitária de grande relevância.
Imagem: PAHO/Reprodução
Médico acredita que teremos mais uma pandemia nos próximos dez anos
Luiz Vicente Rizzo expressa sua convicção pessoal de que os próximos dez anos não passarão sem o surgimento de outra pandemia ou, no mínimo, uma epidemia de grande importância. E existem várias indicações que respaldam essa visão.
Os sinais preocupantes são evidentes em várias áreas, tais como a redução dos nichos ecológicos dos animais e o aumento da temperatura. Esse último está resultando no degelo do permafrost, uma região que abriga milhares de vírus pré-históricos. Além disso, também está afetando o padrão migratório das aves.
A cada vez que ocorre uma emergência zoonótica, essas percepções são reforçadas, consolidando a convicção de Rizzo.
De acordo com Rizzo, é altamente provável que um vírus proveniente de aves seja o responsável pela próxima pandemia. No entanto, ele não necessariamente será uma cepa de influenza, uma vez que os maiores riscos e chances estão associados às ameaças que se aproximam diretamente das pessoas.
No entanto, é importante destacar que a exploração e invasão de ecossistemas anteriormente preservados sempre acarretam um risco, pois pode surgir algo para o qual não estamos preparados.
Um exemplo disso é o surgimento do Sars-CoV-2, para o qual o mundo não estava preparado, não por ser algo totalmente novo e desconhecido, mas, sim, porque não se deu a devida atenção aos coronavírus que surgiram anteriormente, como o Sars e o Mers.
Ele enfatiza a importância de ensinar crianças e adolescentes a adotar o método e o pensamento científico. Isso não é apenas para moldar futuros cientistas que enfrentarão os grandes desafios da humanidade, mas também para resolver os problemas cotidianos.
Rizzo afirma que o pensamento científico é fundamental para encontrar soluções, pois os problemas só podem ser resolvidos quando são adequadamente definidos.
Luiz Vicente Rizzo acredita que, por natureza, a criança e o jovem sempre representaram a essência da ciência, pois possuem as duas características principais dessa área: desafiam o status quo e fazem perguntas.
Para ele, a essência da ciência reside nas perguntas, e não nas respostas, contrariando o que algumas pessoas acreditam. Além disso, outra característica desses jovens é a não conformidade com o status quo.
Não existem cientistas acomodados, pois estão sempre em busca de novidades. Portanto, para Rizzo, o ensino de ciências para crianças é algo instintivo, e elas representam o público mais receptivo para a aprendizagem. E tudo isso pode ser um cenário favorável no combate a novas pandemias.