Alerta! Casos de dengue no Brasil disparam e geram preocupação
Doença já acometeu milhares de pessoas somente este ano e tem sido motivo de preocupação. O medo é que o quadro piore ainda mais.
O aumento dos casos de dengue no Brasil, neste início de ano, já acendeu o sinal de alerta dos órgãos de saúde.
Os números, mais uma vez, colocam o país diante do desafio que é conter a ação do mosquito e promover ações amplas de prevenção.
Até a última quarta-feira (7), segundo o Ministério da Saúde, mais de 392,7 mil casos prováveis da doença já tinham sido registrados.
Fora isso, 54 pessoas morreram em decorrência da dengue, e outros 273 óbitos estão sendo investigados para que a causa seja confirmada.
A explosão de casos levou três estados (Acre, Minas Gerais e Goiás), além do Distrito Federal, a decretarem situação de emergência. Além deles, a cidade do Rio de Janeiro também está nessa preocupante situação.
A previsão não é nada boa para o restante do ano. Estima-se que o Brasil chegue a mais de 4,1 milhões de casos ainda em 2024.
Proliferação do mosquito da dengue gera preocupação no Brasil – Foto: Reprodução
Números da dengue por estado
Conforme o último boletim epidemiológico, referente a 2024, os números de casos e mortes em razão da dengue no Brasil se dividem da seguinte forma, por estado:
Casos da doença (10 estados mais afetados)
- Minas Gerais: 135.716;
- São Paulo: 61.873;
- Distrito Federal: 48.657;
- Paraná: 44.200;
- Rio de Janeiro: 28.327;
- Goiás: 23.258;
- Espírito Santo: 11.128;
- Santa Catarina: 8.763;
- Amazonas: 4.805;
- Acre: 4.475.
Mortes de dengue no Brasil em 2024
- Minas Gerais: 11;
- Paraná: 10;
- Distrito Federal: 8;
- Santa Catarina: 5;
- São Paulo: 6;
- Goiás: 4;
- Rio de Janeiro: 3;
- Rio Grande do Sul: 2;
- Mato Grosso: 2;
- Amapá: 1;
- Bahia: 1;
- Espírito Santo: 1.
Ministra faz apelo
A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um pronunciamento na terça-feira (6) no qual clama para que a sociedade adote os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
De acordo com a ministra, 75% dos focos de atração do Aedes aegypti estão localizados nas residências, ou seja, é uma questão de cuidado e atenção particular.
A contenção da doença passa, obrigatoriamente, pelo combate ao mosquito.
Por conta disso, é importante adotar medidas de prevenção contra o acúmulo de água parada, como:
- Mantenha a caixa d’água bem fechada;
- Amarre bem os sacos de lixo;
- Coloque pneus em locais cobertos;
- Evite acumular sucatas e entulhos;
- Receba os agentes de saúde e endemia;
- Limpe bem as calhas de casa;
- Coloque areia nos vasos de planta;
- Esvazie garrafas pet, potes e vasos.
Cuidados individuais
Existem ainda alguns cuidados individuais que podem ser implementados para diminuir as chances de que você seja picado pelo mosquito. Confira abaixo:
- Proteja áreas do corpo que o mosquito possa picar, usando calças e camisas de manga comprida;
- Use repelentes à base de DEET (dietilmetatoluamida), IR3535 ou icaridina nas partes do corpo que ficam expostas. Eles também podem ser aplicados sobre as roupas;
- Utilize mosquiteiros sobre a cama, telas em portas e janelas e, se possível, ar-condicionado.
Sintomas da doença
Assim como qualquer doença, quanto antes a dengue for identificada, mais rápido e eficaz será o tratamento. Fique atento a possíveis sintomas.
Caso você ou alguém próximo apresente sinais de que está com dengue, procure uma unidade de saúde.
Os principais sintomas da dengue são:
- Dor de cabeça ou na região atrás dos olhos;
- Febre alta e persistente;
- Diarreia ou dor forte na barriga;
- Náusea e vômitos frequentes;
- Pressão baixa;
- Sangramento espontâneo;
- Diminuição da urina;
- Manchas vermelhas (exantema);
- Dores musculares e nas articulações;
- Extremidades frias (pés e mãos);
- Agitação ou sonolência.
Vacinação
Vale lembrar que já existe uma vacina contra a dengue no Brasil, mas ela ainda é insuficiente para toda a população. O governo federal já encaminhou doses para os estados e está priorizando locais com maior incidência da doença.
As doses estão sendo distribuídas para 521 cidades que ficam dentro das regiões consideradas endêmicas para a doença. A prioridade, nesse momento, é imunizar crianças de 10 a 14 anos.
Essa faixa etária é a que concentra o maior índice de hospitalizações por dengue, atrás somente dos idosos. Alguns laboratórios e clínicas particulares, também, já começaram a oferecer a vacina. Fique atento!