Afinal, por que a Netflix remove títulos do catálogo?

Você já se perguntou por qual motivo algumas produções são removidas? Esse é um dos maiores mistérios da plataforma.

A experiência é seguir representa algo que você provavelmente já passou ao utilizar a Netflix: acessar o site ou aplicativo, colocar um filme ou série na lista para assistir depois e, após algum tempo, perceber que o conteúdo não está mais disponível nesse streaming.

Com certa frequência, a Netflix remove filmes e séries de seu catálogo, frustrando aqueles que planejavam assistir a esses conteúdos em outro momento ou estavam no meio de uma temporada. Mas você já se perguntou exatamente por que isso ocorre?

Diversos motivos levam a Netflix a retirar filmes e séries de seu catálogo, e a maioria, se não todas essas decisões, têm base na dinâmica do mercado de entretenimento.

Por que a Netflix remove conteúdos do catálogo?

A própria plataforma já esclareceu e afirmou que a principal razão para a remoção de filmes e séries do catálogo está relacionada à disponibilidade dos direitos.

Em termos simples, é necessário adquirir os direitos de produção para que os conteúdos possam fazer parte do catálogo da plataforma.

Esse tipo de contrato possui uma validade determinada e, caso não seja renovado, os conteúdos são retirados após uma data específica.

A decisão de renovar ou não deve ser acordada por ambas as partes; isto é, tanto a Netflix precisa expressar o desejo de manter o conteúdo quanto os estúdios e distribuidoras precisam concordar com a continuidade.

Outro ponto importante é a questão geográfica: os catálogos de filmes e séries nos Estados Unidos são diferentes dos disponíveis no Brasil.

Dessa forma, as produções podem entrar e sair dos catálogos em momentos distintos, uma vez que os acordos são estabelecidos regionalmente.

A plataforma de streaming também leva em consideração a popularidade do título, incluindo a quantidade de acessos e horas assistidas, além do custo de licenciamento, que pode variar de acordo com o sucesso do programa.

Em outras palavras, se um filme ou série não alcançar a popularidade esperada e estiver gerando gastos elevados, a tendência é que a produção seja retirada do catálogo.

A série ‘The Office’ já foi adicionada e removida do catálogo da Netflix – Foto: Reprodução/NBC

Concorrência ou parcerias com plataformas?

Outra questão é a concorrência. A Netflix não pode disponibilizar determinados títulos e já perdeu produções porque as detentoras dos direitos optaram por lançar suas próprias plataformas de streaming.

Um exemplo disso é a Disney, que retirou filmes e séries da Marvel e produções da Pixar do catálogo da Netflix para distribuí-los exclusivamente no Disney+.

Recentemente, entretanto, o cenário oposto também se desenhou: a Netflix tem adquirido filmes e séries da Warner Bros. Discovery, incluindo selos como HBO e DC Comics, por meio de acordos.

A popularidade da Netflix é um atrativo para algumas empresas que optam por estabelecer parcerias, buscando beneficiar-se do licenciamento e impulsionar suas produções.

A plataforma também faz alterações frequentes em seu próprio acervo, inclusive para promover a rotação do catálogo.

Em outras palavras, a empresa precisa constantemente introduzir novos conteúdos para proporcionar uma sensação de novidade e, ao mesmo tempo, evita que o acervo se torne excessivamente extenso.

Sempre que a plataforma está prestes a remover filmes e séries do acervo, ela notifica os usuários com antecedência.

Essas notificações ocorrem por meio de mensagens enviadas aos usuários que adicionaram esses conteúdos à sua lista, uma linha de texto na página de cada título (na seção “Detalhes”) e no topo da tela durante os primeiros segundos da reprodução do conteúdo.

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