Aceleração misteriosa na rotação de Marte intriga cientistas
Dados obtidos pela sonda da NASA revelam que o planeta vermelho parece estar acelerando sua rotação; entenda o caso.
As descobertas astronômicas resultantes do trabalho árduo dos cientistas não param de surpreender a humanidade, revelando uma quantidade de informações tão ilimitadas quanto o Universo que habitamos.
Embora a evolução tecnológica tenha permitido um avanço na exploração espacial, muitos mistérios ainda permanecem ocultos em nosso próprio Sistema Solar. Mesmo os planetas mais próximos da Terra abrigam segredos intrigantes.
Um dos grandes focos dos pesquisadores, atualmente, é o nosso vizinho vermelho, Marte, planeta escalado como o próximo destino humano. O astro está chamando a atenção da comunidade científica após uma nova descoberta acerca de sua rotação: uma aceleração anual de sua velocidade rotacional.
Cientistas estão intrigados com aceleração da rotação de Marte
Foto: Cobalt88/iStock/Reprodução
Os olhos da ciência estão mais uma vez voltados para Marte, mesmo após notícias impactantes sobre imagens reveladas pelo telescópio espacial James Webb de outros corpos celestes.
Esse destaque surgiu com a descoberta recente de pesquisadores dos Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e França. Em seu estudo, publicado na revista Nature, eles revelaram um aumento na aceleração rotacional de Marte.
Segundo os dados analisados e obtidos a partir do trabalho da sonda da NASA, InSight, o planeta aumenta sua velocidade em cerca de quatro milissegundos de arco por ano.
Com os dados do equipamento, que funcionou até o final do ano passado, os cientistas pretendem compreender um pouco mais acerca da história do planeta vermelho.
Por que o planeta acelerou sua rotação?
Mesmo com a descoberta, concluída após a análise de oscilações na frequência de transmissão de rádio entre a sonda a rede de receptores da NASA num período de novecentos dias, os pesquisadores ainda não descobriram o motivo para tal impulsionamento.
Até o momento, a teoria mais aceita é que a distribuição de massa nas calotas polares de Marte pode estar causando essa aceleração.
Para tentar explicar, o site Science Alert utilizou uma comparação inversa com o planeta Terra, onde há uma desaceleração causada pela força gravitacional da Lua, especialmente em nossos oceanos.
Além dos dados surpreendentes, os dados obtidos nos quatro anos de atuação da sonda possibilitaram uma noção ainda melhor sobre o raio do gigante vermelho, que deve ter entre 1.780 e 1.830 quilômetros.
O estudo sugere que a densidade do núcleo, de cerca de 6.3 gramas por centímetro cúbico, pode não estar uniformemente distribuída, o que resultaria em um movimento mais complexo e, consequentemente, poderia explicar a velocidade de rotação.
Enquanto isso, a humanidade se prepara para um salto enorme até Marte, que deve ocorrer nas próximas décadas.