A verdade sobre 'A Sociedade da Neve': quem realmente salvou os sobreviventes?

A história por trás de 'A Sociedade da Neve' tem momentos intensos e emocionantes, mas há um personagem crucial que o filme deixou nas sombras.

No início de janeiro, a Netflix lançou ‘A Sociedade da Neve‘, um filme que mergulha nos eventos reais de um trágico acidente aéreo ocorrido em 13 de outubro de 1972 nos Andes argentinos.

Baseado no livro homônimo de Pablo Vierci, amigo de infância dos passageiros, o filme tem provocado grande comoção nos últimos dias.

A narrativa se desenrola em torno de 16 sobreviventes que, após a queda do avião, enfrentaram dois meses de isolamento nas gélidas montanhas.

O herói cuidador de mulas

Cena de ‘A Sociedade da Neve’ – Imagem: Netflix/Reprodução

Uma pergunta que ecoa é: quem foi a pessoa que primeiro encontrou os dois passageiros, Roberto Canessa e Fernando ‘Nando’ Parrado? Segundo relatos verídicos, o chileno Sergio Catalán desempenhou esse papel crucial.

Na época, ele era um condutor de mulas, ocupado apascentando seu rebanho quando se deparou com os dois homens que haviam passado cerca de 10 dias em busca de ajuda.

No entanto, para Sergio Catalán, a situação parecia ser apenas a de pessoas fazendo uma caminhada. Ele não tinha noção da tragédia que havia ocorrido.

Canessa e Parrado decidiram se separar dos demais sobreviventes para aumentar suas chances de encontrar ajuda.

Enquanto os outros aguardavam por socorro no local da queda do avião, Canessa e Parrado alcançaram o pico da montanha, atravessaram-na e finalmente encontraram vegetação.

Esses relatos foram compartilhados por Canessa em uma entrevista ao programa uruguaio Informal Breakfasts.

O homem que desempenhou um papel fundamental nesse encontro, Sergio Catalán, infelizmente faleceu em fevereiro de 2020, mas sua contribuição para a história desses 16 sobreviventes permanece viva.

Um pedido de ajuda em um bilhete

Sergio Catalán, dividido por um riacho com corredeiras intensas e sem qualquer meio de comunicação, lançou um papel e uma caneta para Parrado. Nesse bilhete, ele escreveu a terrível situação:

“Venho de um avião que caiu nas montanhas, sou uruguaio, estamos caminhando há 10 dias, tenho um amigo ferido lá em cima [Canessa], que não desceu para a margem do riacho por um ferimento e por estar muito fraco.”

Sergio Catalán empreendeu uma jornada heroica de 120 quilômetros a cavalo para levar essa mensagem às autoridades.

Apesar de ter mostrado o bilhete, a ajuda só foi enviada dois dias depois, devido às adversidades climáticas.

Assim, a história de ‘A Sociedade da Neve’ destaca não apenas a resiliência dos sobreviventes, mas também a coragem de pessoas como Sergio Catalán, cuja ação rápida desempenhou um papel crucial na busca por socorro.

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