A hora de comprar é agora! Preço dos carros elétricos vai subir em 2024

Alíquota de imposto sobre veículos elétricos será restabelecida no país a partir de janeiro, e a tendência é de forte impacto no preço final.

O mercado de carros elétricos sofrerá uma mudança significativa a partir do dia 1º de janeiro de 2024. Entrará em vigor a alíquota de impostos que vai taxar esse tipo de veículo no Brasil. A regra prevista vale tanto para carros híbridos quanto totalmente elétricos.

A previsão é que a alíquota seja implementada gradualmente até atingir 35%. Ou seja: se você deseja comprar um modelo elétrico, saiba que no próximo ano eles estarão mais caros.

A cobrança será adotada como forma de proteger a indústria nacional e foi aprovada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), mas gerou um grande debate no setor automobilístico.

Atenção às cotas!

Proposta de cobrança dividiu o setor automobilístico no Brasil – Foto: Internet/Reprodução

Para suavizar o impacto da retomada das alíquotas, a medida prevê cotas de importação durante o período de isenção.

De modo geral, as montadoras têm até julho de 2026 para importar sem taxa de imposto, até atingir um certo limite de valor. Confira como essa divisão ficou.

Híbridos:

  • US$ 130 milhões até junho de 2024;

  • US$ 97 milhões até julho de 2025;

  • US$ 43 milhões até 30 de junho de 2026.

Híbridos plug-in:

  • US$ 226 milhões até julho de 2024;

  • US$ 169 milhões até julho de 2025;

  • US$ 75 milhões até 30 de junho de 2026.

Elétricos:

  • US$ 283 milhões até julho de 2024;

  • US$ 226 milhões até julho de 2025;

  • US$ 141 milhões até 30 de junho de 2026.

Caminhões elétricos:

  • US$ 20 milhões;

  • US$ 13 milhões;

  • US$ 6 milhões.

Em contrapartida, a aplicação das taxas de impostos será concomitante e o consumidor sentirá o impacto imediato. Veja como ficará a distribuição!

Carros elétricos:

  • 10% em janeiro de 2024;

  • 18% em julho de 2024;

  • 25% em julho de 2025;

  • 35% em julho de 2026.

Carros híbridos:

  • 12% em janeiro de 2024;

  • 25% em julho de 2024;

  • 30% em julho de 2025;

  • 35% em julho de 2026.

Carros híbridos plug-in:

  • 12% em janeiro de 2024;

  • 20% em julho de 2024;

  • 28% em julho de 2025;

  • 35% em julho de 2026.

Racha no setor

A aprovação da medida dividiu o setor. Enquanto a Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) se mostrou favorável à aplicação do imposto para proteger a indústria, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) definiu a medida como inconsequente e abrupta.

De acordo com as concessionárias, a previsão é que os carros fiquem até R$ 40 mil mais caros em um primeiro momento.

A corrida para tentar convencer os clientes interessados a efetuar compras já começou. A BYD, por exemplo, alerta que o lote atual é o último disponível antes do aumento de preços.

O mesmo ocorre em outras marcas e concessionárias. Na GWM, os vendedores estão com a tabela de preço de janeiro.

O grande medo do setor é encarecer demais o produto, a ponto de aumentar as compras de carros à combustão em detrimento dos elétricos e dificultar mais a venda dos modelos elétricos.

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