A Escada é uma versão mais dramatizada do caso de Kathleen Peterson

Toni Collete tece elogios ao diretor da série, que também dirigiu o adorado filme O Diabo de Cada Dia, Antonio Campos

A Escada é a nova minissérie da HBO Max, que configura-se como uma adaptação dramatizada da história de Kathleen Peterson, uma executiva que foi encontrada morta na mansão que vivia com o marido, Michael Peterson no início dos anos 2000.

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O caso real levou o marido – que na série é interpretado por Colin Firth – a ser condenado, mas teve sua sentença suavizada posteriormente. Um documentário sobre o ocorrido foi lançado entre 2004 e 2018, com o mesmo nome, inclusive, fez um enorme sucesso, recebendo até prêmios. Porém, a série traz uma pegada diferente, Toni Collete falou um pouco sobre essa diferença em entrevista.

O documentário é muito ensaiado, de certa forma. Todo mundo sabe que a câmera está lá. Enquanto isso, a nossa série, mesmo sendo em parte ficcional, tem mais aquele sentimento de você ser uma ‘mosca na parede’, observando tudo aquilo. Talvez isso te dê uma ideia melhor do que pode ou não ter acontecido”, comenta ela.

Antonio Campos mergulhou de cabeça na história para produzir a série e não é de hoje que ele tem interesse pelo caso. No documentário que está disponível na Netflix, o diretor aparece assistindo a um dos julgamentos nos bancos do tribunal.

Ela também dá o crédito por ele se interessar em fazer uma versão tão bonita de algo que já foi feito. “Nós conseguimos capturar algo muito verdadeiro aqui. Mesmo que não tenhamos todas as ‘respostas’, as próprias perguntas são muito interessantes, e feitas com muita honestidade”, diz ela.

A principal diferença da série é como é retratada Kathleen Peterson, que vai além da vítima enlutada, com isso, se mostra uma pessoa muito interessante e com uma vida expansiva. Além disso, a série mostra mais a ruína do casamento do casal, e não apenas o que aconteceu na morte e pós-morte dela.

Collete falou um pouco como via a Kathleen Peterson: “Ela estava saindo de casa todos os dias para trabalhar duro, e ainda desempenhava o papel de matriarca, envolvida na vida de todos os filhos, emocionalmente disponível para eles. Kathleen estava em um ciclo de stress infindável, e estava exausta”.

Ela ainda teve a liberdade de criar uma versão própria da executiva, através de vídeos caseiros, mesmo que tivessem pessoas que conheciam Katheleen e estavam dispostas a ajudá-la a compor a personagem, ela achou melhor criar por si só e com a ajuda do roteiro.

Toni Collete é uma renomada atriz, que já participou de diversos filmes com altas cargas dramáticas, como Hereditário e O Sexto Sentido, mas disse que sentiu um alívio por não ter que viver uma personagem enlutada na série.

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